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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Viajando com Gustavo Pinheiro: Lisboa, a Capital de Portugal

Lisboa, a capital de Portugal, é uma cidade que abriga diferentes culturas e paragens multifacetadas para diferentes gostos. Andando pelas ruas da Baixa Pombalina, nos deparamos com o rio Tejo, na imponente Praça do Comércio. E seguindo o rio, em direção ao norte, pode-se conhecer vários pontos turísticos, como o Distrito de Belém, e sua Torre, o Monumento aos Descobrimentos, bairros medievais, o Monastério dos Jerônimos, sentar e saborear o famoso pastel de Belém na confeitaria original onde nasceu.
Gustavo Pinheiro fotografando no Castelo de São Jorge
Se você for mais para o norte, encontrará a lúdica Sintra e seu castelo colorido, como que retirado de um livro de histórias de contos de fadas, em meio a nuvens e clima etéreo de serra. Poderá ir até o lugar mais ao oeste da Europa, o Cabo das Rocas, e extasiar-se com suas falésias, seus ventos e imensidão. Na parte sul, encontram-se as áreas mais modernas e contemporâneas, como o Parque das Nações ou as Docas. Se mais ao sul, poderá ir de trem até o Cassino de Estoril, almoçar um belo peixe com receita portuguesa e seguir até o balneário de Cascais – elegante e charmoso, como só os mais simples conseguem ser. Enfim, Lisboa tem para todos os gostos, bolsos e climas.

No centro de Lisboa há várias opções de hotéis maravilhosos com ótimos preços. No centro histórico há possibilidade de se percorrer os bairros provincianos e medievais de Alfama, Bairro da Baixa, Bairro Alto, Chiado e o Cais de Sodré, sem cansaço. Nesses bairros você encontrará as famosas igrejas de Santo Antônio – onde o famoso Santo foi batizado. Poderá fazer um tour pelo imenso Castelo de São Jorge com suas muralhas do século I, e apreciar a maravilhosa vista lá de cima.
A rua Augusta
Pegar um bonde e rodar pelas ruazinhas com suas casas coloridas, almoçar ou jantar em uma de suas várias tabernas tomando um delicioso vinho português, e quem sabe, comendo um belo bacalhau. Desfrutar de suas ladeiras com vistas surpreendentes, suas praças e encantos, seus jardins e sua gente. Se der tempo vá ao Miradouro da Porta do Sol com seus azulejos azuis, suas parreiras sempre cheias e sua vista do cais do porto. Para quem gosta de museus, conheça o Museu do Fado e aproveite para jantar em um típico restaurante onde se apresentam cantores de fado. Geralmente os pratos, a bebida e o show já estão incluídos. Tudo à luz de velas.
A Torre de Belém cujo início da construção data do ano de 1514
A cidade é ao mesmo tempo cosmopolita e histórica; moderna e medieval; ensolarada e outonal. Não é uma cidade cara. Seus preços são bem acessíveis. Talvez, os mais acessíveis da parte ocidental da Europa. Sua gente gosta de se vestir de forma moderna e elegante, além de ser hospitaleira, engraçada e solícita. A Rua Augusta que desemboca na Praça do Comércio, possui várias lojas com preços ótimos, uma boa opção para compras.

Poucos programas podem ser mais interessantes do que se perder pelas ruelas e becos de Alfama, com suas quitandas com cara de antigamente e seus varais recheados de roupas coloridas nas janelas. As terças e sábados vale dar uma espiada na Feira da Ladra, no Campo de Santa Clara, para vasculhar quinquilharias antigas.

Entre as atrações imperdíveis da região está o recém-reformado Campo das Cebolas, onde fica a incrível Casa dos Bicos, uma construção medieval que hoje abriga a Fundação José Saramago, além de vários restaurantes com mesinhas ao ar livre; o Panteão Nacional, onde está enterrada a fadista Amália Rodrigues; e o Castelo de São Jorge, erguido pelos mouros nos idos do século 11.
A arquitetura contemporânea da Praça das Nações
Alfama é o melhor lugar para se ouvir fado em Lisboa. Enquanto ainda houver subida ainda há Alfama – e no fim chega-se no bairro da Graça, que mais parece uma cidadezinha do interior. Procure pelo Miradouro da Graça, no largo de mesmo nome, peça uma imperial (o chope português) e deixe o fim de tarde passar sem pressa.
A instância balnear de Cascais
Durante séculos e séculos, o bairro de Belém concentrou o legado da vertente mais gloriosa do passado português. Estão na região monumentos grandiosos como o Mosteiro dos Jerónimos, uma joia de arquitetura manuelina que começou a ser erguida em 1501, e em cuja igreja (onde hoje estão as criptas de Vasco da Gama e Camões) eram rezadas as missas antes de os navegadores se aventurarem em alto-mar, e a Torre de Belém, que exercia a função de defesa e controle das embarcações que adentravam o estuário do Rio Tejo carregadas com as riquezas provenientes do Novo Mundo.
Linda é a vista do Miradouro
Do outro lado da ponte que foi inspirada na Golden Gate da cidade americana de São Francisco, há a cidade de Almada com praias, seu castelo e o Santuário Nacional do Santo Rei.

O Parque das Nações, bairro mais afastado do centro, já nos limites da cidade, cresceu e se desenvolveu por ocasião da Expo 98 – por isso é, também, conhecido apenas como Expo. A Expo está para Lisboa assim como a Barra está para o Rio de Janeiro: não tem nada da personalidade da cidade, mas pode ser interessante para interesses específicos. Ficam lá três atrações que as crianças adoram: o Oceanário, um dos maiores aquários do mundo; a Telecabine Lisboa, um teleférico que percorre a beira-rio; e o Pavilhão do Conhecimento, um museu interativo de ciências. Uma vez lá, vale ver de perto os traços ousados do arquiteto espanhol Santiago Calatrava na Gare do Oriente.
O Castelo da Pena em Sintra
Se você tiver tempo, há a possibilidade de fazer vários bate-voltas, como a cidade de Fátima, para visitar o Santuário, onde em 1917, três crianças portuguesas disseram ter visto Nossa Senhora; ou a cidade de Óbidos, uma pérola da Idade Média ainda muito bem preservada; ou ainda a Évora, onde você poderá ver o mais antigo templo romano do país, o Templo de Diana. Enfim, há muitas opções a partir de Lisboa. E ainda há a facilidade do idioma para aqueles que não possuem tanta segurança no inglês.
O famoso cassino de Estoril
Quando lá estive, em 2016, fiquei cinco dias para conhecer a cidade e realizar bate-voltas: um dia fui a Cascais, Estoril e visitei o Parque das Nações; em outro dia fui a Óbidos de manhã e à Fátima à tarde; em um terceiro dia uni Sintra e Cabo das Rocas, e permaneci dois dias inteiros em Lisboa. Achei pouco, pois depois que sabemos do quanto há para ser visitado, percebemos que um mês ainda será pouco. Mas é assim que as viagens se tornam especiais: ter a certeza e esperança de que voltaremos para ver o que deixamos nos esperando.

Existem voos diretos para Lisboa saindo do Rio de Janeiro e São Paulo. Boa viagem!


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