Lisboa, a
capital de Portugal, é uma cidade que abriga diferentes culturas e paragens
multifacetadas para diferentes gostos. Andando pelas ruas da Baixa Pombalina,
nos deparamos com o rio Tejo, na imponente Praça do Comércio. E seguindo o rio,
em direção ao norte, pode-se conhecer vários pontos turísticos, como o Distrito
de Belém, e sua Torre, o Monumento aos Descobrimentos, bairros medievais, o
Monastério dos Jerônimos, sentar e saborear o famoso pastel de Belém na
confeitaria original onde nasceu.
Gustavo Pinheiro fotografando no Castelo de São Jorge |
Se você for mais para o norte,
encontrará a lúdica Sintra e seu castelo colorido, como que retirado de um
livro de histórias de contos de fadas, em meio a nuvens e clima etéreo de serra.
Poderá ir até o lugar mais ao oeste da Europa, o Cabo das Rocas, e extasiar-se
com suas falésias, seus ventos e imensidão. Na parte sul, encontram-se as áreas
mais modernas e contemporâneas, como o Parque das Nações ou as Docas. Se mais
ao sul, poderá ir de trem até o Cassino de Estoril, almoçar um belo peixe com
receita portuguesa e seguir até o balneário de Cascais – elegante e charmoso,
como só os mais simples conseguem ser. Enfim, Lisboa tem para todos os gostos,
bolsos e climas.
No centro de Lisboa há várias opções
de hotéis maravilhosos com ótimos preços. No centro histórico há possibilidade
de se percorrer os bairros provincianos e medievais de Alfama, Bairro da Baixa,
Bairro Alto, Chiado e o Cais de Sodré, sem cansaço. Nesses bairros você
encontrará as famosas igrejas de Santo Antônio – onde o famoso Santo foi
batizado. Poderá fazer um tour pelo imenso Castelo de São Jorge com suas
muralhas do século I, e apreciar a maravilhosa vista lá de cima.
A rua Augusta |
Pegar um bonde e rodar pelas ruazinhas
com suas casas coloridas, almoçar ou jantar em uma de suas várias tabernas
tomando um delicioso vinho português, e quem sabe, comendo um belo bacalhau.
Desfrutar de suas ladeiras com vistas surpreendentes, suas praças e encantos,
seus jardins e sua gente. Se der tempo vá ao Miradouro da Porta do Sol com seus
azulejos azuis, suas parreiras sempre cheias e sua vista do cais do porto. Para
quem gosta de museus, conheça o Museu do Fado e aproveite para jantar em um
típico restaurante onde se apresentam cantores de fado. Geralmente os pratos, a
bebida e o show já estão incluídos. Tudo à luz de velas.
A Torre de Belém cujo início da construção data do ano de 1514 |
A cidade é ao mesmo tempo cosmopolita
e histórica; moderna e medieval; ensolarada e outonal. Não é uma cidade cara.
Seus preços são bem acessíveis. Talvez, os mais acessíveis da parte ocidental
da Europa. Sua gente gosta de se vestir de forma moderna e elegante, além de
ser hospitaleira, engraçada e solícita. A Rua Augusta que desemboca na Praça do
Comércio, possui várias lojas com preços ótimos, uma boa opção para compras.
Poucos programas podem ser mais
interessantes do que se perder pelas ruelas e becos de Alfama, com suas
quitandas com cara de antigamente e seus varais recheados de roupas coloridas
nas janelas. As terças e sábados vale dar uma espiada na Feira da Ladra, no
Campo de Santa Clara, para vasculhar quinquilharias antigas.
Entre as atrações imperdíveis da
região está o recém-reformado Campo das Cebolas, onde fica a incrível Casa dos
Bicos, uma construção medieval que hoje abriga a Fundação José Saramago, além
de vários restaurantes com mesinhas ao ar livre; o Panteão Nacional, onde está
enterrada a fadista Amália Rodrigues; e o Castelo de São Jorge, erguido pelos
mouros nos idos do século 11.
A arquitetura contemporânea da Praça das Nações |
Alfama é o melhor lugar para se ouvir
fado em Lisboa. Enquanto ainda houver subida ainda há Alfama – e no fim
chega-se no bairro da Graça, que mais parece uma cidadezinha do interior.
Procure pelo Miradouro da Graça, no largo de mesmo nome, peça uma imperial (o
chope português) e deixe o fim de tarde passar sem pressa.
A instância balnear de Cascais |
Durante séculos e séculos, o bairro de
Belém concentrou o legado da vertente mais gloriosa do passado português. Estão
na região monumentos grandiosos como o Mosteiro dos Jerónimos, uma joia de
arquitetura manuelina que começou a ser erguida em 1501, e em cuja igreja (onde
hoje estão as criptas de Vasco da Gama e Camões) eram rezadas as missas antes
de os navegadores se aventurarem em alto-mar, e a Torre de Belém, que exercia a
função de defesa e controle das embarcações que adentravam o estuário do Rio
Tejo carregadas com as riquezas provenientes do Novo Mundo.
Linda é a vista do Miradouro |
Do outro lado da ponte que foi
inspirada na Golden Gate da cidade americana de São Francisco, há a cidade de
Almada com praias, seu castelo e o Santuário Nacional do Santo Rei.
O Parque das Nações, bairro mais
afastado do centro, já nos limites da cidade, cresceu e se desenvolveu por
ocasião da Expo 98 – por isso é, também, conhecido apenas como Expo. A Expo
está para Lisboa assim como a Barra está para o Rio de Janeiro: não tem nada da
personalidade da cidade, mas pode ser interessante para interesses específicos.
Ficam lá três atrações que as crianças adoram: o Oceanário, um dos maiores
aquários do mundo; a Telecabine Lisboa, um teleférico que percorre a beira-rio;
e o Pavilhão do Conhecimento, um museu interativo de ciências. Uma vez lá, vale
ver de perto os traços ousados do arquiteto espanhol Santiago Calatrava na Gare
do Oriente.
O Castelo da Pena em Sintra |
Se você tiver tempo, há a
possibilidade de fazer vários bate-voltas, como a cidade de Fátima, para
visitar o Santuário, onde em 1917, três crianças portuguesas disseram ter visto
Nossa Senhora; ou a cidade de Óbidos, uma pérola da Idade Média ainda muito bem
preservada; ou ainda a Évora, onde você poderá ver o mais antigo templo romano
do país, o Templo de Diana. Enfim, há muitas opções a partir de Lisboa. E ainda
há a facilidade do idioma para aqueles que não possuem tanta segurança no
inglês.
O famoso cassino de Estoril |
Quando lá estive, em 2016, fiquei cinco
dias para conhecer a cidade e realizar bate-voltas: um dia fui a Cascais,
Estoril e visitei o Parque das Nações; em outro dia fui a Óbidos de manhã e à
Fátima à tarde; em um terceiro dia uni Sintra e Cabo das Rocas, e permaneci
dois dias inteiros em Lisboa. Achei pouco, pois depois que sabemos do quanto há
para ser visitado, percebemos que um mês ainda será pouco. Mas é assim que as
viagens se tornam especiais: ter a certeza e esperança de que voltaremos para
ver o que deixamos nos esperando.
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