Márcia Malhano falar das recordações dos antigos Carnavais de Itaocara, nos 132 anos do Município

Uma das recordações de Itaocara, que guardo em minha memória, são os carnavais. Quando eu e meus irmãos, juntamente com amigos, participávamos dos blocos de rua e nos clubes.

Ana Maria e Luiz Carlos (primos), Márcia e Marlúsia (irmã) 

Aqui em Itaocara, temos dois clubes: Nacional Esportiva Itaocarense e União Esportiva Itaocarense (grande rivalidade, na época!).

Desde pequenos, com 3 anos de idade, minha mãe nos colocava para participar dos desfiles infantis no União. Crescemos e cultivamos esse amor pelo carnaval, momento de nossa juventude quando éramos convidadas a sair sempre como destaque. Minha irmã Valéria era escolhida pelo Paulinho Bucker para abrilhantar o carro alegórico que ele brilhantemente ornamentava!

Nesta imagem, Márcia pula o carnaval, com intensa alegria, no União (Vermelho e Branco). Uma curiosidade, é que de costas, fantasiado de palhaço, o GIGANTE ITAOCARENSE, agora saudoso, José Luiz Guimarães, empresário, fundador do Lual e ex-secretario Municipal de Agricultura no Gov. Dr. Robério

Saíamos na comissão de frente da escola de samba que tinha como cores, o vermelho e branco (G.R.E.S ACADEMICOS DA ALDEIA), seus fundadores: Alexandre, Amós, Célio, Cesar Cabral Cesar, Luiz Augusto, Luiz Cesar, Mozart, Renato Sarruf Sidney e Sylvio Emílio. 

O primeiro samba enredo foi “Aldeia da Pedra”.

Refrão da música Aldeia da Pedra:

Aldeia da Pedra que foi fundada por Frei Tomás.

Itaocara hoje existe, que linda!

Ninguém a esquece jamais.

Letra: Ayrton Caldeira, José Leonissa e Maiatto.

Música: Osvaldo Soares e Sinval Falante.

A música foi cantada por Luizinho delegado, que teve que cortar as pernas da calça para diminuir o tamanho do uniforme, pois quem ia cantar era Cesar Cabral, que era maior que ele. Cesar foi tocar na bateria.

Toda alegria da lindíssima foliã, Valéria, irmã da nossa querida amiga, leitora, artista plástica e professora Márcia Malhano, num dos grandes carnavais de Itaocara

Durante o dia, participávamos dos blocos de rua, como por exemplo, o bloco dos Anjos onde criamos os capetinhas.

Carnaval em Itaocara era pura fantasia, considerado o melhor da região. As famílias levavam seus filhos para os clubes e ali nos divertíamos, sem excessos!

No último dia, pura tristeza por estar acabando, os clubes saíam na rua contando a música “Cidade Maravilhosa”, algumas vezes, encontravam-se no meio do caminho. Meu pai era Nacional, minha mãe União! Que confusão!

Os dois clubes participavam de forma brilhante, mostrando toda a beleza do carnaval de Itaocara.

Não posso deixar de falar das paqueras! Amores do carnaval!

Algumas continuaram depois do carnaval! Outras ficaram no carnaval!

Isso faz parte da juventude! Que pena que passou!