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segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Dr. Jaques Rubinsztajn: "a covardia dos ataques na Austrália é mais um capítulo de ódio contra o povo judeu"

Ontem teve início o Hanukkah, ou Chanucá em português, a festa cujo nome significa “dedicação” ou “inauguração” em hebraico. Trata-se de um feriado judaico de oito dias, também conhecido como a Festa das Luzes, que celebra a rededicação do Templo de Jerusalém após a vitória dos Macabeus sobre os greco-sírios, no século II a.C., e o milagre do óleo que, embora suficiente para apenas um dia, durou oito.

Dói o coração pensar que essa criança inocente foi assassinada. Foi morta numa região sem conflito conflagrado, de forma covarde e injustificado

Eu havia me preparado para escrever uma mensagem falando um pouco sobre essa data tão importante para nós, judeus. Comecei refletindo que a Festa das Luzes representa um momento singular em que toda a fé judaica caminha no sentido de iluminar o mundo.

No entanto, minhas palavras, de certa forma, perderam o sentido diante de mais um ataque — desta vez na Austrália — que resultou na morte de 15 judeus. Não há qualquer justificativa para tamanho ódio. Qualquer tentativa de argumentar ou relativizar esses assassinatos covardes é repugnante.

Entre as vítimas estava a menina da imagem, Matilda, de apenas dez anos. Que crime ela cometeu para ser assassinada? Ela foi morta simplesmente por ser judia. Isso é aceitável?

Sei que muitos mencionarão as ações das forças de Israel na Faixa de Gaza. Mas eu pergunto: Matilda e as outras vítimas ordenaram esses ataques?

Sei também que, infelizmente, são inúmeras as baixas resultantes das ações das Forças Armadas de Israel — inclusive muitas crianças. Dezenas, centenas, milhares. Isso é triste. É lamentável.

Mas, novamente, o que Matilda e as outras 14 vitimas, tem a ver com isso? Você realmente acredita que  mereciam morrer? Como é possível pensar assim?

A ex-primeira-ministra de Israel, Golda Meir, disse certa vez:

“Podemos perdoar os árabes por matar nossos filhos. Não podemos perdoá-los por nos obrigar a matar seus filhos. Só teremos paz com os árabes quando eles amarem seus filhos mais do que nos odeiam.”

É apenas isso que eu desejo: que aqueles que odeiam o povo judeu amem seus filhos mais do que nos odeiam, para que possamos, algum dia, judeus e palestinos, viver uma era de paz.

Até lá, a violência continuará gerando mais violência, e as Matildas — meninas e meninos de Israel e da Palestina — seguirão sendo vítimas da covardia de líderes cujos corações são um poço de ódio.


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