Amigos
e amigas, os seres humanos são diferentes. E justamente essa diferença, é a
responsável pelo progresso da humanidade. Se fôssemos todos iguais, estaríamos
estagnados. Provavelmente teríamos nos extinguido há milhares de anos.
Não
tenha medo do outro, nem o discrimine, principalmente não o odeie, por ele ser
diferente de ti. Pelo contrário. Se aproxime. Dialogue. Aprenda com ele.
Descubra uma nova forma de ver o mundo. Sem dúvida alguma isto vai lhe tornar
melhor. E também vai fazer quem dialogar contigo, melhor.
Sem
gritos, sem ignorância, sem grosseria. Na história humana, nada se edificou com
o obscurantismo que surge dos donos da verdade. Volta e meia alguém tem o poder
de impor seus valores, e o resultado é o atraso civilizatório. A idade média,
não é chamada de idade das trevas à toa.
E
também não é à toa que o que põe fim a idade média, é chamado de ILUMINISMO.
Foi a luz das ideias de gente como Montesquieu e Rousseau, que vieram para
iluminar o mundo. Criaram conceitos da sociedade laica, do Poder do Estado
limitado pela Lei. Princípios como os Direitos Humanos. E também o progresso de
muitas ciências, que foram desenvolvidas ao longo dos séculos.
Veja
o que a ciência nos trouxe nos trezentos anos que se passaram a partir da
Revolução Francesa: uma medicina radicalmente nova, capaz de curar boa parte
das doenças; cidades modernas, dinâmicas, onde milhões de seres humanos habitam
de forma pacífica, com índices de violência ridiculamente baixos; pessoas
livres para serem quem são, religiosas, não religiosas, heterossexuais,
homossexuais, enfim ... Em todas as nações, cujos índices de qualidade de vida
são altos, tanto o IDH, quanto o GINI, essa é a realidade.
Por outro lado, no Brasil e noutros lugares atrasados do mundo, ou onde meramente se
enriqueceu financeiramente, mas continua atrasado no pensamento, como os EUA,
ainda temos altos índices de violência, com pessoas vivendo de forma miserável, sem
acesso a qualidade de vida, que no final das contas, é o mais importante.
Existe uma luta entre as trevas medievais, representadas pelas pessoas que se julgam
donas da única e derradeira verdade, e os seres humanos que querem apenas ser
livres para viver suas vidas, sem mandar em ninguém. Sem querer impor valores,
que não seja o valor do respeito a dignidade humana. Defensores da máxima: ‘viver e deixar viver, com
limite na ética e no bom senso’.
John
Lennon deixou como legado, a ideia de não termos medo de sonhar com um mundo
pacífico, percebendo que acumular coisas, possuir coisas, não é o mesmo que
desfrutá-las. O Papa Francisco disse, logo no início de seu pontificado, que ‘apenas
os que dialogam podem construir pontes e vínculos’. Meu amigo, Pastor da Igreja
Presbiteriana, Balnires Jr., ensinou numa memorável entrevista que publicamos,
que ‘só venceremos os conflitos, se insistirmos na busca do diálogo. Dialogar é
resistir à lógica do confronto’. E o grande herói da humanidade, Nelson
Mandela, disse num memorável discurso: “Ninguém
nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por
sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a
odiar, elas podem ser ensinadas a amar’.
Que
tal aprendermos estes ensinamentos e trocarmos os insultos, os gritos e os
dedos em riste, por uma atitude mais solidária, compreensiva e amiga? Sei que
não é fácil. Muito mais fácil é ser ignorante. Mas, eu acredito que a alma
humana seja de luz e não de trevas, por isto creio que nosso caminho para o
futuro é o da fraternidade.
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