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segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Viajando com Gustavo Pinheiro: SUÍÇA, Preços, Ferraris, Idiomas e Paisagens de Tirar o Folego

Ultimamente tive muitas oportunidades de viajar para fora do país e viver experiências diferentes das que vivo no Brasil. Em um bate-papo informal com Cristiane Thompson, recebi o convite para escrever sobre essas experiências abarcando turismo, história e aprendizados. Como sempre gostei de escrever e de viajar, aceitei o convite para desbravar lembranças dessas viagens e realizar uma catarse pessoal no papel.
Gustavo Pinheiro estreia sua coluna falando sobre a Suíça
Recentemente tive a oportunidade de conhecer a Suíça. País centro-europeu famoso pelos seus relógios, canivetes e posição neutral nos conflitos mundiais, além de seu comércio bancário.

Fui informado que o país não era um dos estilos de vida mais baratos da Europa. Para se ter uma ideia do custo de vida por lá, em 2016 o povo suíço rejeitou, através de plebiscito, proposta de implementação de um salário mínimo no valor de cerca de 4 mil euros, sob a alegação de que seria constrangedor para uma pessoa viver ‘somente’ com esse valor, tendo em vista que a maioria da população recebe 3 ou 4 vezes isso. Para eles, seria viver abaixo da linha da pobreza (deles). Conclusão: o país não possui salário mínimo.

A impressão que temos é que toda a população é rica, mas não é bem assim. Hoje em dia há muitos imigrantes que não possuem a condição de seus anfitriões, mas trabalham em profissões comuns, como babá, faxineira, porteiro, ascensorista, e recebem até mais que 4 mil euros mensais. Porém, como disse, o custo de vida por lá é muito alto.

O preço de um táxi em Genebra, por exemplo, pode chegar a exorbitantes 100 euros. Uma corrida do centro da cidade até o aeroporto que fiz, chegou a 45 euros. O aeroporto é dentro da cidade. Só para intuito de comparação, uma corrida de táxi de Roma para o aeroporto, que é fora da cidade, e por isso, mais longe, não passa de 30 euros. Um souvenir, que nós, turistas, adoramos, pode chegar fácil a 10 ou 20 euros. E eu estou falando de um imã de geladeira ou um chaveirinho. Enfim, viver na Suíça é caro.

Não à toa, você verá ferraris circulando em algumas cidades suíças como bicicletas por aqui. Deixando esse incômodo para trás, se é que dá, falemos das paisagens. Talvez, a Suíça possua o território mais acidentado da Europa. Em toda cidade há montanhas, alpes, rios, estações de esqui, lagos etc. E talvez, também, seja por isso, um dos países mais lindos do mundo.

Paisagens de Tirar o Fôlego

As cidades de Lugano e Lucerna, perto da fronteira italiana, são bons exemplos de paisagens exuberantes com lagos, montanhas, centro histórico medieval e clima ameno. Para se ter uma ideia, a Suíça possui cerca de 1500 lagos, e o país é menor que o Estado do Espírito Santo.
Gustavo na cidade Suíça de Fribourg
Como o país fica localizado na parte central da Europa, ele faz fronteira com vários países, o que facilita a visitação sem andar muito. Foi o que fiz passeando por cidades da Áustria, como Feldkirch que fica ao lado do Principado de Liechtenstein. Um pouco mais acima ficam as belas e históricas cidades de Saint Gallen e Constança, às margens do Lago Boden. Constança já pertence a Alemanha.

Na parte sul do país, visitei as pequenas cidades de Nyon, do lado suíço, e atravessando o lago Lemán, Yvoire, na França. A travessia dura cerca de 20 minutos. E quando já em Genebra, cidade mais ao sul e uma das principais da Suíça, visitamos Chamonix, na França. Uma estação de esqui muito frequentada no inverno, mas com movimento o ano todo devido ao passeio mais realizado: subida ao Mont Blanc, pico mais alto da Europa.

Os Idiomas da Suíça

A Suíça possui três idiomas oficiais. Na parte leste, fronteira com a Itália, fala-se italiano; na parte norte, fronteira com a Alemanha, o alemão; parte sul, fronteira com a França, o francês. Porém, em todo o país falam-se as três línguas e o inglês.
Centros urbanos que se destacam pela organização e segurança
Enfim, em uma única viagem a um pequeno país da Europa você tem a oportunidade de visitar outros cinco sem necessidade de andar muito, esperar muito em fronteiras – há um acordo entre os países que integram a União Europeia – e gastando pouco, se fizer escolhas acertadas. O tempo variará com a disponibilidade de cada um.

Em outras oportunidades escreverei detidamente sobre cada lugar, dando dicas e colocando as principais informações sobre cada um. Até lá!



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