A pandemia,
com todos os seus efeitos nefastos, tem tirado a paz dos nossos dias. A COVID
19 e a política nacional, em razão da gravidade e dos reflexos de ambas em
nossas vidas, são os temas centrais das conversas na atualidade.
Valéria participando da Bienal Internacional do Livro no ano de 2019 |
Em meio a
tudo isso, ainda, temos que assistir, chocados, cenas de racismo explícito. Como já é
de conhecimento de muitos de vocês, durante esse período de recolhimento
social, eu tenho me dedicado à poesia.
Valéria e Luiz durante o Festival Gastronômico de Itaocara |
Escrever me
conecta com o Divino e me faz lembrar que há beleza e poesia na vida. Aceitei,
entre comovida e lisonjeada, o convite para participar de uma antologia
poética, cujo o tema é o racismo.
Leitores e fãs especiais da nossa escritora, Valéria Leão |
Compartilho
com vocês nesse domingo o poema de minha autoria, RACISMO NÃO! Uma honra
participar da obra EU CRIOULO, Editora MWG, um belo trabalho do editor Marcos
Nascimento.
Não basta
não ser racista é preciso lutar contra o racismo.
RACISMO NÃO!
Ela pode ser passista,
jornalista, cientista, ministra.
Mulher negra, decidida,
pode ser o que quiser.
Ele pode ser atleta,
poeta, astronauta, desembargador.
Homem negro, destemido,
pode chegar onde quiser.
Eles podem escolher qualquer caminho, seja ele, o caminho que for.
Sabem, bem, por experiência,
não há caminhada sem dor.
Ambos sabem que vivem
a triste realidade de um mundo absurdo
que separa as pessoas
pelo seu gênero e cor.
Ambos sabem que suas escolhas enfrentarão barreiras invisíveis,
disfarçadas, dissimuladas ou não.
Barreiras de segregação.
Barreiras, por vezes, escancaradas
que envergonham os cidadãos
de bem de uma nação.
Herança de um período cruel
em que irmão escravizou irmão.
Discriminação racial,
social, cultural.
Discriminação ancestral.
Racismo estrutural.
Enraizado em mentes estúpidas.
Continua semeando o mal.
Mesmo que não seja esse,
exatamente, o meu "lugar de fala"
deixo aqui e agora a minha posição.
Racismo não!
Que no
mundo pós-pandemia a humanidade, enfim, compreenda que somos todos viajantes
desse tempo. Somos todos feitos da mesma matéria.
Os leitores moram no coração de quem tem o dom da arte de escrever |
Somos todos iguais. Que o Sagrado nos abençoe.
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