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sábado, 13 de novembro de 2021

Leia Novamente: Profª Jennifer cita Eric Hobsbawm e destaca a importância de divulgar a história de Itaocara

No dia 28 de outubro comemoraremos 129 anos de emancipação política de Itaocara (NOTA o presente artigo foi publicado originalmente no ano de 2019). Sim, “comemoraremos”, no plural, pois também faço parte da história deste município. Sou nascida e criada nesta cidade e posso afirmar que é forte em mim a noção de pertencimento a este lugar.

A Professora Jennifer Silva Melo, no Engenho Central

Amo Itaocara porque reconheço o seu valor em detalhes que podem não ser percebidos por alguns, entre os quais estão as belas paisagens naturais formadas pelo Rio Paraíba do Sul e suas ilhas, os riachos, campos e as montanhas que, ao pôr do sol, tornam-se um cenário exuberante e harmonioso, ideais para os que, como eu, amam fotografar.

Há ainda outra coisa que me encanta: os lugares e construções históricas, como o Engenho Central Laranjeiras e, em nossa sede, os monumentos presentes nas praças, em especial o “Moisés”, que, embora depredado atualmente, fora ponto turístico de muitas famílias – tenho o privilégio de guardar uma foto tirada no Moisés, num dia de desfile cívico em 1997 e, de me lembrar da vista para a cidade e do rio ali do alto.

Rua Coronel Pita de Castro em 1958

Escrever sobre Itaocara me remete ao passado: às lembranças de infância, aos passeios, às histórias ouvidas sobre este lugar e aulas que nos ensinavam acerca dos primeiros habitantes que aqui viveram (as tribos indígenas dos Coroados, Puris e Botocudos). Como graduada em História, é difícil não pensar na nossa cidade a partir da ótica do historiador. Apropriando-me do conceito de Pierre Nora, é possível questionar de quais “lugares da memória” ocupa-se aquela que um dia fora chamada “Aldeia da Pedra”.

As memórias estão presentes nas ações humanas. Não estão dissociadas da própria história, mas constituem-se, ambas, importantes no processo de formação da identidade de um povo. Itaocara tem memórias e história! É nosso dever perpetuá-las, pois corremos o risco sobre o qual afirmou o historiador Eric Hobsbawm de permitirmos “a destruição do passado”. Segundo ele, “quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem”.

A estação Ferroviária de Itaocara

Como cidadã itaocarense e percebendo que nossa história ainda é em partes desconhecida entre o próprio povo e entre as nossas crianças, proponho o resgate do nosso passado, das histórias esquecidas e memórias perdidas, pois nossa identidade não se formou no hoje, mas em um processo contínuo que começou há mais de cem anos e que de modo algum, podemos deixar se apagar.







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