Caros Conterrâneos, Amigos e Leitores
Setembro é o mês dedicado à prevenção do suicídio. A campanha Setembro Amarelo desperta a nossa atenção para esse tema especialmente doloroso. Principalmente, em tempos de crise, precisamos estar atentos aos nossos próprios sentimentos e aos sentimentos dos que nos cercam.
Valéria pede solidariedade e empatia no Setembro Amarelo |
O interior do próximo é terra desconhecida para nós; nunca poderemos avaliar com precisão o que se passa na cabeça e no coração do outro. Por vezes, são tantas as pressões e angústias, tantos os sonhos desfeitos e projetos frustrados; questões familiares, inadequação ao grupo social, sentimentos sufocando a alma, enfim, há que se ter fé e coragem para enfrentar as lutas dessa vida.
Nesse período conturbado, em que a humanidade atravessa momentos difíceis, muitos de nós estamos sobrecarregados, cansados e, até mesmo, depressivos.
É natural que alguma tristeza nos apanhe pela contramão em alguma hora do dia. É humano sentir um certo desânimo e, até mesmo, medo do futuro incerto. Mas é fundamental estarmos alertas a esses sinais.
Conversar com alguém de nossa confiança, um familiar, um amigo, um líder espiritual e, dependendo da situação, um profissional da área da saúde mental nos ajuda a superar muitas das nossas questões pessoais. Não precisamos passar por tudo isso sozinhos.
Sejamos solidários e empáticos. As doenças da alma, como as do corpo, precisam ser tratadas sem preconceito. Psicólogos, psiquiatras e os demais profissionais da saúde são essenciais diante de certas situações.
Somos humanos e não super heróis da ficção. Cuidem-se!!! Fiquem bem. Se precisarem sair usem máscara.
Até a próxima.
CHEGAR E PARTIR (Editado)
Algumas pessoas carregam consigo uma dor profunda na alma, e por não conseguirem mais suportar esse sofrimento, decidem antecipar sua partida.
Aos que ficam, resta a saudade, a lembrança dos momentos compartilhados e uma infinidade de perguntas sem respostas. Tudo agora habita no espaço do "nunca mais...".
Cada um de nós sabe de suas próprias angústias, aflições, desejos, realizações, frustrações, medos e valentias.
Não nos cabe julgar. Afinal, "cada um de nós conhece a dor e a delícia de ser o que é". Na intimidade de cada família existe um universo desconhecido, íntimo, particular.
Algumas pessoas trazem consigo uma enorme paixão pela vida e, por isso, enfrentam batalhas indescritíveis para nela permanecer. Os que conseguem sobreviver, depois de longos períodos de tratamentos dolorosos, medos, angústias e esperança, com a gratidão renovada, potencializam seu apreço pela maravilha que é viver.
Tudo é mistério. Não sabemos o que nos aguarda, cabe a cada um de nós escolhermos de que maneira vamos enfrentar as surpresas e adversidades dessa fantástica jornada que chama-se vida. Essa é uma questão de foro íntimo.
Valéria faz parte da manada dos inquietos |
Não sei o que é coragem ou covardia, nem cabe a mim esse julgamento. O que sei é que todos merecem respeito. Entre a nossa chegada e nossa partida dessa Terra, nossas decisões são exatamente isso - são nossas, muito embora algumas escolhas possam trazer muito sofrimento aos que nos amam verdadeiramente.
Desejo que todos nós tenhamos sabedoria e paz para lidarmos com as tempestades que, por vezes, chegam até as nossas vidas.
De minha parte, como mulher de fé que sou, acho que viver é um milagre. Que a vida nos é dada para grandes coisas e sou grata por toda a força e a resiliência que trago comigo.
Sabendo de toda a diversidade que habita na Criação Divina e na profundeza de cada espírito, especialmente nesses dias, peço ao Criador, Aquele que tudo sabe, que conforte os corações aflitos.
(In memoriam daqueles que anteciparam
a sua partida)
* CHEGAR E PARTIR - Compartilhando
Sentimentos para não sufocar com as palavras, P. 105, Valéria Faria Leão -
Editora Autografia/2019
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