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quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

As enchentes de Portela – Texto: Dr. Almir Pinto de Azevedo

A enchente é um fenômeno típico que atinge as áreas urbanas, por causa das chuvas constantes e temporais, acompanhados de relâmpagos e trovões.

Cheia do ano de 2007

O ar fica eletrizado de faíscas com estampidos terríveis, que atingem estas regiões ocasionando deslizamentos de encostas e fechando as rodovias. As árvores inclinam-se, algumas perdem as copas e às vezes um raio as fulminam, partindo-as em duas.

A natureza com sua fúria apavora a todos, as águas continuam a subir e começam a descer na correnteza do rio rumo a foz, troncos, galhos, cobras, pedaços de ilhas flutuantes, etc. Os habitantes ficam alarmados com o pressentimento da inundação e a consequente destruição.

As ruas, casas e os lugares mais baixos são rapidamente inundados, falta luz elétrica, os moradores abandonam suas casas em barcos, salvando os utensílios possíveis.

As águas sobem pelas paredes das casas, algumas são destruídas ou danificadas. As chuvas prolongadas fazem o rio Paraíba tornar-se um assustador “Mar de Água Doce”, que não pára de crescer ...

Com uma força impetuosa cobre as áreas habitualmente secas, angústia e prejuízos para toda gente. A noite é interminável, são momentos de medo e de terror.

A Prefeitura decreta Estado de Emergência e executa um trabalho humanitário aos desabrigados.  Surge uma enorme solidariedade entre os moradores, nasce uma corrente de irmãos e um povo forte e corajoso ressurge em meio a tanta tristeza.

As pessoas andam pelas ruas submersas com água na cintura e em canoas, quase ninguém consegue dormir, porque o rio continua subindo e transbordando.

As famílias desabrigadas recebem os recursos necessários.

Até que vem a bonança, as águas começam a “descer”, vem a contagem das “perdas”, e o medo da lama que pode transmitir várias doenças. Os portelenses retornam para suas casas, a fé se agiganta e o sacrifício é aceito pelas vítimas como fatalidade:

Sobem as águas na enchente,

invadem as casas e o espaço vazio,

prejuízo e tristeza para toda a gente.

Sossegado, refaz-se no leito, o rio ...

Em 1966, Portela sofreu uma grande enchente, talvez a maior de todas, mas a que deu maiores prejuízos, foi a de janeiro de 2007, devido às novas construções e represálias no escoamento, pois a população não esperava que as águas tomassem tamanha proporção e foram surpreendidos.

O período das grandes enchentes tem sido entre os meses de dezembro a março, assim, todas as cidades situadas às margens dos rios, sofrem com as terríveis enchentes nas estações chuvosas.

TRANSCRITO DO LIVRO “PORTELA, QUANTA SAUDADE ...” – Cujo autor é o Dr. ALMIR PINTO DE AZEVEDO.




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