Meu avô Benedicto Ferreira Berriel, que em Itaocara ficou conhecido como Biga, nasceu em São Fidelis, mas foi aqui, em nossa Aldeia da Pedra que escolheu viver, criou seus laços pessoais e constituiu família.
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| Itaocara tem uma enorme dívida com o Sr. Biga e outros grandes nomes. Falta reconhecer devidamente a importância histórica para o Município, como bem disse a Advogada, Drª Richella, nesse pequeno panegírico |
Casou-se com minha linda avó, Dagmar Maia Berriel, com quem teve duas filhas, Teresa Cristina (minha mãe) e Denise. Foi professor do Colégio Itaocara, ajudou trazer os correios para o município, inaugurou o primeiro cinema da cidade, foi um dos fundadores do Itaocara Campestre Clube e Presidente do União Esportivo Itaocarense.
Formou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1964, tornando-se um dos pioneiros da advocacia no município. Respeitado pelos poderes constituídos, Executivo, Legislativo, Judiciário. Era comum ser ouvido por Prefeitos, Vereadores e mesmo por Juízes, antes de tomarem decisões.
É uma pena seu legado estar esquecido, porque ao longo da vida tudo o que fez foi defender os direitos de quem precisava e lutar para que Itaocara pudesse ter entretenimento, lazer e nosso povo fosse feliz. O único reconhecimento que teve até hoje, foi o Titulo de Cidadão em 28 de Outubro de 1988. Penso que é pouco, não por ele, mas porque dessa forma o tempo apaga a nossa história.
Fica meu agradecimento ao Blog Nova Voz ONLINE pela oportunidade de deixar registrado nos 133 anos de Itaocara essa homenagem ao meu avô Biga.
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