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terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Dr. Pedro Afonso (filho do Dr. Cristiano e neto do Dr. Nelson) se formou em Medicina e planeja vir para Itaocara

Nova Voz ONLINE – Conte para os nossos leitores sobre a emoção da formatura, depois de um período de anos desgastantes de estudos. Como sentiu essa vitória?

Dr. Pedro Afonso - Receber o diploma é uma satisfação imensa, especialmente após ter dedicado mais de um quarto da minha vida a alcançar esse momento. Mesmo enfrentando todas as dificuldades ao longo dos anos, a sensação agora é de grande responsabilidade. Este é apenas o início de uma nova trajetória, como médico. Sinto que o meu maior objetivo é fazer a diferença na vida das pessoas, cuidando não apenas das doenças, mas, acima de tudo, das pessoas em sua totalidade.

Nova Voz ONLINE - Você é a quarta geração de médicos da família Freitas Rodrigues. Seu bisavô, seu avô e seu pai, todos médicos. Que importância tem dar seguimento a essa história?

Dr. Pedro Afonso - É uma responsabilidade imensa. Em todos os hospitais por onde passo, ouço elogios sobre meus avós e meu pai, tanto como pessoas quanto como médicos. Sinto um grande prazer em fazer parte dessa história e, de alguma forma, dar continuidade ao trabalho que eles começaram. Isso faz parte do meu sonho e da minha missão como profissional.

Nova Voz ONLINE – Na hora de escolher a faculdade, houve alguma dúvida entre medicina e outra carreira? Por que?

Dr. Pedro Afonso - Costumo brincar dizendo que 'não tive opção', mas isso é apenas uma brincadeira. Sempre soube que queria ser médico; nunca considerei outra carreira. Se pudesse escolher 100 vezes, em todas as 100 ocasiões escolheria ser médico. Tenho uma verdadeira paixão pela interação interpessoal, pelo contato com as pessoas, ouvir, conversar e cuidar delas.

Nova Voz ONLINE – O seu avô e seu pai, ambos optaram pela cardiologia, como especialização. Você já definiu qual será a sua?

Dr. Pedro Afonso - Eu vou seguir a cardiologia! Embora algumas pessoas possam acreditar que meu pai e meu avô tenham influenciado minha escolha, desde as primeiras aulas sempre demonstrei grande interesse por essa área. Meu padrinho, Dr. Alexandre Daibes, também cardiologista, teve uma forte influência nessa decisão, me orientando e ajudando a trilhar esse caminho ao longo dos últimos anos.

Nova Voz ONLINE – Óbvio que a medicina é uma profissão e os médicos precisam ganhar a vida com a carreira que escolheram. Mesmo assim, tanto seu avô, quanto seu pai, diversas vezes atenderam pacientes e até fizeram exames sem cobrar nada. Ambos tinham preocupação genuína pelo bem estar dos pacientes. Que importância esse elo, esse carinho, essa preocupação têm, para que o médico possa fazer um bom trabalho?

Dr. Pedro Afonso - Sempre que somos questionados, afirmamos que nossa prioridade é a saúde. Como médicos, temos a oportunidade de contribuir com o que é mais importante para as pessoas. Estar prontos para ajudar é o que nos torna humanos. Ajudar quem precisa faz parte da nossa missão, dada por Deus. Jamais permitirei que o dinheiro se sobreponha aos meus valores como ser humano e cristão. Devo ressaltar que meu pai e meu avô me ensinaram a virtude da generosidade, que é essencial e faz parte de quem sou.

Nova Voz ONLINE – Após terminar a residência médica e fazer sua especialização, o seu futuro será voltar para Itaocara ou por enquanto ainda não pensou sobre isso?

Dr. Pedro Afonso - Com certeza, após me especializar, espero dar continuidade ao trabalho que meu bisavô e meu avô iniciaram na Casa de Saúde João XXIII, e que foi tão bem sucedido por meu pai e meu padrinho. Por enquanto, pretendo atuar na região, inclusive em Itaocara, como médico plantonista, nos hospitais e postos de saúde municipais.

Nova Voz ONLINE – Sei que é difícil, mas gostaria que falasse um pouco sobre o seu Pai, como era a relação de vocês dois e quanta falta faz em sua vida.

Dr. Pedro Afonso - A minha relação com meu pai ia além da de pai e filho, era uma verdadeira amizade, com muito companheirismo. Eu morava com ele desde os meus 11 anos, já que ele nunca se casou novamente, e éramos apenas nós dois. Mesmo com a carga de trabalho pesada, ele nunca deixou de ser um pai presente. Sempre foi muito atencioso e carinhoso comigo. Não há palavras que possam expressar o que meu pai significou para mim, foi literalmente, um superpai. Tenho orgulho em dizer que ele nunca me deu, sequer, um mal exemplo ou se mostrou distante. Mesmo quando eu morava com a minha mãe, a mais de 200 km de Itaocara, meu pai fazia questão de saber como eu estava na escola, perdia dias de trabalho para conversar com os professores e sempre estava presente nas festas comemorativas, como a festa de São João e o Dia dos Pais. A falta que ele me faz ainda é algo que me machuca todos os dias. Sinto saudade de conversar com ele diariamente, de receber seus conselhos e da sua companhia.

Nova Voz ONLINE – Imagino que o período após o falecimento do seu Pai deve ter sido o mais difícil que já passou. Como conseguiu superar?.

Dr. Pedro Afonso - Após o falecimento do meu pai, fui muito acolhido por toda a minha família, em especial pela minha mãe Sharla, meus padrinhos Maria Cecília e Alexandre, e meus primos João Pedro e Arthur José. Eu já namorava minha esposa Carolliny cerca de dois anos antes de meu pai falecer. Após isso, passei os próximos dias ao lado dela e pude ter ainda mais certeza de que ela era o amor da minha vida. Com o tempo, decidimos nos casar. A partir daí, ganhei mais uma família: meus sogros Carlos Wagner e Clícia, e meu cunhado Gabriel, que, desde então, têm nos dado imenso apoio. Minha esposa Carolliny e eu tivemos a nossa filha Júlia, que já tem mais de dois anos, e foi nesse momento que descobri um novo significado para o amor. Minha esposa, filha e carinho pelas pessoas são os motivos da minha dedicação diária.

Nova Voz ONLINE – E sobre o seu avô, Dr. Nelson e sua avó Maria Márcia?

Dr. Pedro Afonso - Meus avós foram fundamentais na minha criação. Quando fui morar com meu pai, devido à idade, meu avô Nelson havia reduzido bastante a carga de trabalho, e minha avó, professora aposentada. Durante o dia, na ausência do meu pai, eles desempenhavam um papel fundamental, não só como avós que 'estragam' os netos, mas como verdadeiros pais, educando e cobrando muito. Meu avô, mesmo após os 70 anos, estudava matérias como química, física e matemática comigo, e se mostrava até mais preparado que alguns professores particulares. Minha avó ligava para as professoras e até me vigiava na saída da escola.



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