Com se observa, o Mundo Ocidental vai
progredindo, mas não no passo almejado pelas MULHERES engajadas. Falta muito.
Principalmente no nosso BRASIL. Convém ressaltar que muitas, milhares, quiçá
milhões, não têm consciência de como seus DIREITOS não são respeitados.
O Movimento Feminista pelo Mundo foi de
suma importância, para que ocorressem transformações. No Brasil cabem serem
enaltecidas as advogadas Romy Medeiros e Orminda Bastos, que em 1952,
apresentaram à VIII Assembleia da Comissão Interamericana de Mulheres da
Organização dos Estados Americanos (OEA), o anteprojeto por elas elaborado, que
mais tarde modificaria a condição jurídica da mulher no país; em 1962, através
do ESTATUTO DA MULHER CASADA, Lei nº 4.121 (Projeto de Lei nº 29/52), alterando
vários artigos do Código Civil Brasileiro de 1916, concedendo às mulheres o
direito de trabalhar fora do lar, sem a autorização do marido ou paterna. E, em
caso de separação do casal, o direito à guarda dos filhos.
Nos anos 60 e 70, o desbravamento das
MULHERES torna-se de suma importância, seja em suas famílias, seja nas universidades.
Sepultou-se o mito da virgindade, com o advento da pílula anticoncepcional. A
MULHER descobre a LIBERDADE, mas deve ter RESPONSABILIDADE. Busca então o
aprimoramento educacional/profissional, visando o mercado de trabalho.
Quanto ao número inexpressivo de
MULHERES no Executivo e Legislativo, sem qualquer pesquisa a respeito, ouso
elucubrar que o desinteresse deve se ao ingresso tardio no mundo dos eleitores,
eis que a conquista do voto feminino somente ocorreu em 1932. Ademais, e
precipuamente, a dificuldade em conciliar a vida política, com o SER MÃE. Ser
JUÍZA ou PROMOTORA facilita a VIDA DA FAMÍLIA, com o convívio diário. Mas a
vida política envolve campanhas políticas e viagens. Um complicador.
Infelizmente, o combate à violência
contra a mulher no BRASIL, ainda engatinha. Possuímos a quinta maior taxa de
feminicídio do mundo. Em síntese, uma realidade cruel. Há muito a ser feito. O
melhor caminho é o da EDUCAÇÃO. A conscientização dos problemas pelas
autoridades constituídas, com trabalhos sérios, desenvolvidos através de
assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras, médicos.
Não posso encerrar, sem falar das
minhas lembranças de ITAOCARA. Amava o meu dia a dia. Aprendi a usar um
computador com a TIA LÊ, a quem gostaria de ter homenageio como uma das grandes
mulheres que conheci, a quem dedico toda a minha ADMIRAÇÃO (me desculpem mas só
em digitar, choro pelas boas lembranças).
Fui muuuuuito FELIZ em ITAOCARA,
muuuuuuito mesmo. Não posso deixar de mencionar a MARGARETE MONTEIRO CORRÊA
MARQUIOTI, minha fiel AMIGA / FILHA. SINTAM-SE TODAS AS MULHERES DE ITAOCARA
HOMENAGEADAS ATRAVÉS DA TIA LÊ. Um abraço fraterno ao povo do município.
* A
autora do texto, Drª Maria Luiza Obino Niederauer, foi uma das melhores Juízas
Titulares da Comarca de Itaocara. Durante seu tempo como Magistrada, conquistou
o respeito da população, graças ao senso de Justiça e participação na vida
social do Município.
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