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segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Para onde vai o Brasil? Texto: Carlinhos Ferraz


Faz muitos anos estamos colhendo frutos de decisões erradas que tomamos. Volta e meia leio reportagens sobre o Chile, falando de crescimento, prosperidade, um ambiente seguro e capaz de proporcionar aos nacionais daquele país, uma vida feliz. Mais distante, vejo países que quarenta anos passados, eram muito mais pobres do que o Brasil, como a Coréia do Sul e Cingapura, tornarem-se nações com Alto Índice de Desenvolvimento Humano. Mesmo desertos, como os Emirados Árabes, mostram ao Mundo a prosperidade de cidades como Dubai e Abu Dhabi. Onde erramos?
Antes de tudo, o erro foi nosso. Acho ridículo responsabilizar os outros, pelos erros que nós, brasileiros cometemos. Não estamos pobres por culpa dos Estados Unidos, ou da elite, nem do Papai Noel. Estamos pobres por escolher gente completamente despreparada para nos governar. E quem governa gerencia Trilhões de Reais em impostos. Sem competência e bom caráter, mesmo a arrecadação batendo recorde, ano após ano, o que sentimos é o país ir para o buraco. Que impressionante, não é mesmo? Mesmo na crise dos últimos seis anos, o Brasil nunca arrecadou tanto. Porém os serviços públicos são péssimos. Fruto da desastrosa escolha que temos feito.
Lógico que a classe política é ruim. Os candidatos a Presidente e Governador do RJ são a prova disso. E quem parece ter qualidade, não tem voto. E por que não tem voto? Pelo fato dos preferidos serem pessoas toscas, ignorantes, que jamais contrataria para trabalhar na minha empresa. E são estes que vão Presidir a República e Governar o RJ, a partir do primeiro dia do próximo ano. De quem é a culpa? Nossa!
No meu modo de pensar, o Brasil precisa urgente de um novo modelo educacional. Ofertar a crianças, adolescentes e jovens, uma formação técnica de qualidade, mas que, além disso, ensine ética, humanismo e coragem para superar os desafios da vida. 
Ética para aprendermos a não colar na prova, não pular o muro na relação amorosa, não furar fila, não sermos corruptos; humanismo, para entendermos que o sucesso precisa incluir todos, caso contrário, seremos eternamente uma nação de bem sucedidos, que morrem de medo de sofrerem com a criminalidade, graças ao sucesso que fizeram. E pessoas pobres, que não são levadas em consideração, nem pelo Estado, nem pela sociedade, tendo uma existência sem dignidade alguma; e coragem para entender que isso não acontece em quatro anos, nem em oito anos. É obra de décadas, que só acontecerá ao mudarmos a cultura atual.
O Papa Francisco ensina: “quantos desertos tem o ser humano de atravessar ainda hoje! Sobretudo o deserto que existe dentro dele, quando falta o amor a Deus e ao próximo, quando falta a consciência de ser guardião de tudo o que o Criador nos deu e continua a dar”. Passou da hora de assumirmos nossa responsabilidade, de passarmos a amar ao próximo, como Deus nos ama e entender que somos punidos, não pelos céus, mas pela irresponsabilidade das más escolhas que fazemos.


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