Faz muitos anos estamos colhendo frutos
de decisões erradas que tomamos. Volta e meia leio reportagens sobre o Chile,
falando de crescimento, prosperidade, um ambiente seguro e capaz de
proporcionar aos nacionais daquele país, uma vida feliz. Mais distante, vejo
países que quarenta anos passados, eram muito mais pobres do que o Brasil, como
a Coréia do Sul e Cingapura, tornarem-se nações com Alto Índice de Desenvolvimento
Humano. Mesmo desertos, como os Emirados Árabes, mostram ao Mundo a prosperidade de
cidades como Dubai e Abu Dhabi. Onde erramos?
Antes de tudo, o erro foi nosso. Acho
ridículo responsabilizar os outros, pelos erros que nós, brasileiros cometemos.
Não estamos pobres por culpa dos Estados Unidos, ou da elite, nem do Papai
Noel. Estamos pobres por escolher gente completamente despreparada para nos
governar. E quem governa gerencia Trilhões de Reais em impostos. Sem
competência e bom caráter, mesmo a arrecadação batendo recorde, ano após ano, o
que sentimos é o país ir para o buraco. Que impressionante, não é mesmo? Mesmo
na crise dos últimos seis anos, o Brasil nunca arrecadou tanto. Porém os
serviços públicos são péssimos. Fruto da desastrosa escolha que temos feito.
Lógico que a classe política é ruim. Os
candidatos a Presidente e Governador do RJ são a prova disso. E quem parece ter
qualidade, não tem voto. E por que não tem voto? Pelo fato dos preferidos serem
pessoas toscas, ignorantes, que jamais contrataria para trabalhar na minha empresa.
E são estes que vão Presidir a República e Governar o RJ, a partir do primeiro
dia do próximo ano. De quem é a culpa? Nossa!
No meu modo de pensar, o Brasil precisa
urgente de um novo modelo educacional. Ofertar a crianças, adolescentes e
jovens, uma formação técnica de qualidade, mas que, além disso, ensine ética,
humanismo e coragem para superar os desafios da vida.
Ética para aprendermos a
não colar na prova, não pular o muro na relação amorosa, não furar fila, não
sermos corruptos; humanismo, para entendermos que o sucesso precisa incluir
todos, caso contrário, seremos eternamente uma nação de bem sucedidos, que
morrem de medo de sofrerem com a criminalidade, graças ao sucesso que fizeram.
E pessoas pobres, que não são levadas em consideração, nem pelo Estado, nem
pela sociedade, tendo uma existência sem dignidade alguma; e coragem para
entender que isso não acontece em quatro anos, nem em oito anos. É obra de
décadas, que só acontecerá ao mudarmos a cultura atual.
O Papa Francisco ensina: “quantos
desertos tem o ser humano de atravessar ainda hoje! Sobretudo o deserto que
existe dentro dele, quando falta o amor a Deus e ao próximo, quando falta a
consciência de ser guardião de tudo o que o Criador nos deu e continua a dar”.
Passou da hora de assumirmos nossa responsabilidade, de passarmos a amar ao
próximo, como Deus nos ama e entender que somos punidos, não pelos céus, mas
pela irresponsabilidade das más escolhas que fazemos.
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