- Texto Ronald Thompson -
O Brasil vive
um momento tenso. Tivemos nesse ano o atentado que tirou a vida da Vereadora
Marielle Franco. Ontem o lamentável atentado contra a vida do Deputado Jair
Bolsonaro. Só em 2018 podemos contabilizar na casa das centenas, o número de
policiais e civis assassinados na cidade do Rio de Janeiro. Eu não sei até onde
vamos precisar ir, para entendermos que existe uma profunda relação de causa e
efeito em tudo o que está acontecendo. Dessa forma, enquanto não mudarmos a
resposta, adotando um novo paradigma, continuaremos a contabilizar tragédias.
Eu gostaria que
aprendêssemos a conviver além das ideologias, das crenças, da cor da pele, da
nacionalidade, que nos diferenciam. Aprendêssemos que na outra ponta da
discussão existe outro ser humano. Se prestar atenção, vai notar que essa
pessoa está com muito medo, aprisionada em crenças que renegam a bondade e o
bem de verdade.
Lógico que
indivíduos perigosos, como os assassinos de Marielle, o autor do crime contra
Bolsonaro e quem tirou as vidas dos policias e civis, precisam ser levados a
Justiça. E essa deve sentenciá-los, na forma da lei, para que respondam pelos
atos que praticaram. Mas precisamos nos libertar desse ciclo. Não permitir que
nossos corações endureçam. Se não, vamos nos tornar os monstros que combatemos.
Charles
Chaplin escreveu:
- O caminho
da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça
envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio ... e
tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos
a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina,
que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos
fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em
demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de
humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem
essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
Se quisermos
realmente ser livres da violência, só existe um caminho: o da fraternidade. Sei
que não é simples, afinal de contas, é muito mais fácil odiar do que amar.
Precisamos de MUITA CORAGEM para amar ao próximo. Para deixar de lado as
diferenças e nos vermos pela igualdade na fragilidade da alma humana. Vermo-nos
pelos olhos das nossas mães, que mesmo que sejamos os maiores facínoras, ainda
conseguem enxergar o bem que existe em nós. Assim (e só assim), iremos derrotar
a violência. Nunca pela força das armas. Apenas pela força do amadurecimento,
capaz de gerar o valor da empatia, vamos influenciar toda
sociedade, construindo o Mundo aonde queremos viver.
Pense nisso e
tenha um EXCELENTE Feriado.
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