O ano de 2020
surpreendeu a todos com a pandemia do coronavírus que deixou todo o planeta num
tipo de alerta que nenhuma geração jamais enfrentou. Abaixo, a psicóloga,
Susane Ferreira Sias, fala sobre o Medo e a Ansiedade, duas sensações que
praticamente fazem parte do dia a dia de todos nós, já que estamos na pandemia.
A Psicóloga Susane Ferreira Sias |
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Voz ONLINE
- Com a pandemia cresce os casos de medo e ansiedade durante o isolamento
social?
Susane
Ferreira Sias
– Sim. Este foi um dos motivos para criação do e-book, que deixei disponível no
link do Instagram, no dia 4 de abril. Seria bom que mais psicólogos tivessem
esta iniciativa, pois ampliaria o acesso às informações sobre o tema. A
ansiedade e o medo são presentes no nosso dia a dia e com o isolamento social
expandiu os casos de pessoas com os sintomas. O mais importante é não criar
pânico, buscar informações confiáveis, já é um bom caminho.
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- Como surgiu a ideia do e-book ‘Como driblar a ansiedade’?
Susane
Ferreira Sias
- Surgiu da clínica, pois a ansiedade é um tema recorrente nas consulta e tratamentos
psicoterápico e com a pandemia tem aumentado a demanda de pessoas com sinais
angústia. Pensei em fazer um e-book bem didático sem termos técnicos, fácil de
ler, onde o leitor possa se identificar e amenizar seus sintomas. Nas primeiras
páginas esclareço o que é a ansiedade, depois falo se é normal ou patológico, explico
a distinção entre sintomas físicos e psicológicos, e no final algumas sugestões
de como driblar a ansiedade.
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- O que fazer para evitar a ansiedade?
Susane
Ferreira Sias
- Períodos intensos de isolamento costumam ter seus impactos; é normal que
nosso corpo e mente se desequilibrem, ainda, mas agora, nesse contexto de
quarentena, a tendência de crises de ansiedade aumenta. Para driblar a
ansiedade é preciso, primeiramente, reconhecer os sintomas, identificar os
sinais do seu corpo, para poder entender o que está acontecendo. Outro ponto
importante é verbalizar, compartilhar, falar com seus parentes e amigos, sobre
o que está sentindo buscando desta forma um acolhimento emocional.
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– E se a ansiedade persistir?
Susane
Ferreira Sias
- Caso não melhore, busque ajuda psicológica. Neste momento não podemos deixar
a ansiedade nos paralisar, precisamos superar dando continuidade às atividades
laborais, físicas, passeios virtuais, canais abertos de filmes e séries, cursos
on-line, ideias de organização da casa, dicas de culinária, exercícios físicos
no domicílio, há muito que fazer, basta usar a criatividade.
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Ansiedade é doença?
Susane
Ferreira Sias
- A ansiedade é normal quando o organismo reage a estímulos que são percebidos
como perigosos. Agora quando essas sensações ultrapassam a normalidade elas se
tornam patológicas.
Nova
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- Como assim?
Susane
Ferreira Sias
- O problema surge quando a ansiedade não está relacionada a uma causa justificável.
É quando aparece o transtorno de ansiedade que é muito mais grave do que estar
sujeito às preocupações do cotidiano. As pessoas que sofrem desse transtorno
frequentemente se descobrem incapazes de trabalhar, de ter uma vida social, de
viajar ou ter relações estáveis.
Nova
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- Ansiedade e medo estão sempre associados?
Susane
Ferreira Sias
- Ansiedade e medo são a mesma coisa. Como a diz a Drª. Ana Beatriz (psiquiatra):
‘são primas irmãs, pois estão sempre juntas’. A diferença vem nas seguintes
situações: o medo está ligado a pensamentos de perigo, como por exemplo, medo
de um animal feroz. Já a ansiedade é um pensamento vago, geralmente
preocupações excessivas com o futuro. A pessoa não localiza o medo. O medo e
ansiedade em doses pequenas são necessários para nossa sobrevivência para a
gente ter cuidados.
Nova
Voz ONLINE
– Pode nos dar alguma dica para vencer o medo e a ansiedade?
Susane
Ferreira Sias
- Uma dica para vencer o medo e ansiedade é a seguinte: comece respirando
lentamente, contando de 1 a 3, e segurando o ar. Depois solte bem lentamente,
pela boca. Faça isso sempre que sentir medo e ansiedade. Pratique a respiração
lenta por umas 3 ou 4 vezes por dia, sempre percebendo e sentindo o ar entrando
nos pulmões.
Comentário enviado por Larissa Azevedo
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