Neste tempo tão
difícil, cheio de problemas e desafios, muitos esperavam que diferenças de
opinião, de ideologias políticas, de visões religiosas, fossem postas de lado e
nós, humanos, tivéssemos a sabedoria de nos unir. Ao invés de seguir os
líderes, compreendêssemos o papel que nos cabe, de pelo menos ser uma pessoa
que não cria problemas; que busca não polemizar à toa, magoando os outros.
Eu concordo plenamente com quem no seu
próprio Facebook expressa sua opinião. Mesmo que ela seja muito diferente da
minha. Mas acho detestável o patrulhamento das opiniões alheias. Às vezes, quem
escreveu algo, está vivendo um drama pessoal. Precisar dizer aquilo. Se não lhe
diz respeito diretamente, deixe pra lá. Não procure uma batalha que apenas vai
irritar, tanto a você, quanto ao outro.
Muita gente está sofrendo. Estressados pelo isolamento social. Muita gente está com dificuldades financeiras, pois a
movimentação econômica sofre um gravíssimo revés neste ano. Muita gente perdeu
entes queridos ou está com pessoas da família ou amigos, internado. Se não pode
ajudar diretamente, de forma material (se puder faça isso) ou com uma palavra
de apoio, não seja alguém que intensifica mais ainda a dor dos outros.
Seja por Covid-19 ou por outro motivo
qualquer, nossa própria vida vai chegar ao fim (algum dia). Nossos familiares e
amigos vão chorar e sofrer por nós. Então, se está vivo hoje, busque dar mais ênfase
ao que posta ou ao que diz diretamente aos outros, para deixá-los felizes.
Torne-se quem espalha amor e fraternidade. Alguém que quando se vê uma
postagem na rede social, logo se procura saber o que está escrito, pois vai ser
alguma coisa que fará bem.
O Mestre Budista, Daisaku Ikeda
escreveu:
- Nas horas de aflição os problemas
parecem intermináveis. Porém, não é assim. O inverno sempre se transforma em
primavera, sem falta. Não há inverno que seja eterno. Por ter sofrido muito
mais do que os outros, você compreenderá muito mais os sentimentos das pessoas.
Por ter passado por grandes aflições, será mais sensível à cordialidade das
pessoas.
Vamos então aproveitar esse derradeiro
momento por qual a humanidade passa, para nos tornarmos pessoas mais sensíveis à
cordialidade. Especialmente, partindo de nós, a cordialidade. O desejo genuíno de
ajudar o outro a sentir-se melhor, a ter esperança e a ser feliz.
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