Em 14 de Dezembro de 2016, o Brasil e o
Mundo, perdiam um daqueles personagens tão fantásticos, que é até difícil
imaginar que realmente tenham existido: Dom Paulo Evaristo Arns.
O Arcebispo Emérito de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, ao lado da imagem de São Francisco, o encanto de sua vida |
Quando as trevas do autoritarismo baixaram sobre o país e as pessoas precisavam se esconder e fugir do Brasil, por discordar do governo, Dom Paulo adotou uma postura de coragem no enfrentamento ao governo tão impressionante, que mesmo fora das terras tupiniquins, seu nome tornou-se sinônimo de coragem.
No dia em que ele faleceu, o mais importante jornal espanhol, El País, escreveu:
- Dom Paulo Evaristo Arns era uma espécie de Dom Quixote de La Mancha. Alguém com coração puro, que lutou contra a opressão e a tirania, defendendo a causa das pessoas perseguidas pelo poder.
CLIQUE AQUI E LEIA ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL ESPANHOL EL PAÍS SOBRE DOM PAULO
Talvez o mais famoso episódio seja o da ocasião da morte do jornalista Vladimir Herzog. Numa época em que as pessoas eram levadas pelas autoridade para serem torturadas e assassinadas, Dom Paulo desafiou a ordem contrária, e no peito e na raça, celebrou missa em homenagem a Herzog.
E não foi a única vez. No início dos anos 1970, foi ao General Médici pedir humanidade no trato com os presos políticos. O General Médici lhe respondeu dizendo para "ir rezar missas", enquanto ele governava o Brasil. Depois Dom Paulo diria: “a graça de Deus não se esquece de ninguém, nem se regular por crachás”.
Mesmo agora, em 2021, o pensamento de Dom Paulo continua atual. Lamentável que após 33 anos de regimes democráticos, ainda haja tanta gente apaixonada pela ditadura e incapaz de compreender quão importante é abraçar causas que deveriam ser comuns, como o combate a miséria, a exclusão social, aos diversos preconceitos e em defesa da preservação ambiental e de tudo que diz respeito ao bem comum.
"O povo que não dá dignidade a suas crianças, não respeita o próprio futuro" - Frase de Dom Paulo Evaristo Arns |
Se há esperança? Quem responde é Dom Paulo:
- Enquanto vivemos, nenhum fracasso será definitivo.
E completa:
- A transformação do mundo começa na hora em que cada cristão assumir responsavelmente o seu papel social, para a construção do bem comum.
Eu só concluiria que dizendo que cada um de nós, independente da religião, deve assumir responsavelmente o papel que precisa desempenhar, para que criemos um mundo melhor e PARA TODOS.
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