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sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Viajando com Gustavo Pinheiro: VADUZ, a Capital do Principado de Liechtenstein

Vaduz é a capital do Principado de Liechtenstein, um dos menores países do mundo. Na Europa é o quarto menor país,  juntamente com Sam Marino, Vaticano e Mônaco. Ele fica situado nos alpes entre a Suíça e a Áustria. O minúsculo país não possui uma população nem de 35 mil pessoas. Parece um município brasileiro numa serra, com a diferença que é um dos países mais ricos do mundo. Sua capital, Vaduz, possui cerca de 5 mil pessoas.
Gustavo Pinheiro em Vaduz
Liechtenstein é o sobrenome de uma nobre família austríaca. O Estado tornou-se soberano em 1806 e em 1990 foi aceito na ONU.

A cidade remonta ao século XII, mas a região era povoada na pré-história, de acordo com recentes achados em escavações. Sua primeira construção foi a Casa Vermelha, que está de pé até hoje, juntamente com o Castelo, principal atração turística, com registro de menção no ano de 1322 e  1499,  quando foi saqueado pelos suíços. Mas foi durante a renascença que a região viveu a grande virada econômica e cultural. Atualmente, grande parte de sua economia depende de Bancos. Vaduz é um dos paraísos fiscais mais prósperos do mundo. Sim, lá não existe imposto. Mas isso não quer dizer que seus produtos sejam baratos. Pelo contrário. O povo é rico e os produtos acompanham a média aquisitiva de sua população. Surpreendentemente, Vaduz não é a cidade mais populosa do país. Schaan, sua vizinha, ostenta esse título.
A mulher deitada, obra de Botero
Suas fronteiras são abertas e não há controle de passaportes. Porém, não faz parte da União Europeia, e, por isso, sua moeda é o Franco Suíço, mas o Euro é amplamente aceito.

A primeira vez que estive por lá foi em um domingo de tarde. Uma decepção, pois não encontramos uma única alma a assombrar suas ruas. Lojas fechadas, restaurantes idem e com o cair da noite, parecia que visitávamos uma cidade fantasma. Depois fiquei sabendo que seus moradores aproveitam os fins de semana para passearem pelos arredores da Áustria e Suíça. E a cidade fica vazia. A única loja que encontramos aberta transformou-se em festa para os turistas. Mas deu para conhecer suas ruas culturais. Nelas há várias obras de arte de variados artistas, o que contribui para embelezar e enriquecer a capital.
Monumento em Homenagem aos 300 anos de Liechtenstein
Na segunda vez que lá estive - porque fiz questão de voltar - era um sábado ensolarado (coisa rara) e acontecia um evento de bicicletas e jogos de computador. A cidade estava cheia. Lojas e restaurantes abertos, museus esperando seus visitantes e um vai e vem frenético nas ruas. As duas sensações foram boas de vivenciar. Por isso, gosto tanto de voltar a certos lugares. Nossa impressão muda. Algumas vezes para melhor.

A principal atração do país é o Castelo de Vaduz, como mencionei, onde o príncipe reside, e por isso, não é aberto à visitação. Mas é possível subir a encosta caminhando e tirar fotos em seu redor. No final da trilha há um mirante.  É o ponto mais alto da cidade. Há relatos de que a família real pode ser vista caminhando pelas ruas da capital e em eventos. A família possui a fama de ser a família real mais receptiva da Europa.

Na principal rua da cidade – Städtle – que não é difícil de encontrar, você poderá visitar todas as atrações turísticas: o Museu Nacional, o Museu de Arte Contemporânea, e em seu entorno, várias esculturas espalhadas - sendo a mais famosa a mulher deitada, de Fernando Botero -, o Museu do Selo, e a Catedral de Liechtenstein, de 1874, onde estão sepultados alguns príncipes. Para você que gosta de colecionar carimbos no passaporte, no Centro Turístico você poderá obtê-lo por 5 euros.
O imponente Castelo, residência do Príncipe de Liechtenstein
No início da rua principal há a Prefeitura com 3 magníficos cavalos negros em bronze. É em frente a ela que se inicia a trilha para a subida ao castelo.

Nesse ponto da cidade tudo pode ser feito a pé e com calma, pois todas as atrações estão perto umas das outras. Há, entretanto, uma atração mais distante – a casa Vermelha –são apenas 600 metros de distância, mas para os mais cansados, há um trenzinho que faz o percurso. Dizem que essa Casa foi a primeira construção da cidade.

Enfim, um lugar muito pitoresco e muito pouco procurado por turistas, mas que tem seu charme.
Campo em torno da cidade de Schaan
Em meus desejos de viagem, sempre quis visitar esses principados e em minha lista sempre esteve os menores países europeus. Entre todos, agora só me falta visitar Mônaco. Quem sabe um dia!

Até a próxima, e boa viagem!
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