Vaduz é a
capital do Principado de Liechtenstein, um dos menores países do mundo. Na
Europa é o quarto menor país, juntamente
com Sam Marino, Vaticano e Mônaco. Ele fica situado nos alpes entre a Suíça e a
Áustria. O minúsculo país não possui uma população nem de 35 mil pessoas.
Parece um município brasileiro numa serra, com a diferença que é um dos países
mais ricos do mundo. Sua capital, Vaduz, possui cerca de 5 mil pessoas.
Gustavo Pinheiro em Vaduz |
Liechtenstein é o sobrenome de uma
nobre família austríaca. O Estado tornou-se soberano em 1806 e em 1990 foi
aceito na ONU.
A cidade remonta ao século XII, mas a
região era povoada na pré-história, de acordo com recentes achados em
escavações. Sua primeira construção foi a Casa Vermelha, que está de pé até
hoje, juntamente com o Castelo, principal atração turística, com registro de menção
no ano de 1322 e 1499, quando foi saqueado pelos suíços. Mas foi durante
a renascença que a região viveu a grande virada econômica e cultural.
Atualmente, grande parte de sua economia depende de Bancos. Vaduz é um dos
paraísos fiscais mais prósperos do mundo. Sim, lá não existe imposto. Mas isso
não quer dizer que seus produtos sejam baratos. Pelo contrário. O povo é rico e
os produtos acompanham a média aquisitiva de sua população. Surpreendentemente,
Vaduz não é a cidade mais populosa do país. Schaan, sua vizinha, ostenta esse
título.
A mulher deitada, obra de Botero |
Suas fronteiras são abertas e não há controle
de passaportes. Porém, não faz parte da União Europeia, e, por isso, sua moeda
é o Franco Suíço, mas o Euro é amplamente aceito.
A primeira vez que estive por lá foi
em um domingo de tarde. Uma decepção, pois não encontramos uma única alma a
assombrar suas ruas. Lojas fechadas, restaurantes idem e com o cair da noite,
parecia que visitávamos uma cidade fantasma. Depois fiquei sabendo que seus moradores
aproveitam os fins de semana para passearem pelos arredores da Áustria e Suíça.
E a cidade fica vazia. A única loja que encontramos aberta transformou-se em
festa para os turistas. Mas deu para conhecer suas ruas culturais. Nelas há
várias obras de arte de variados artistas, o que contribui para embelezar e
enriquecer a capital.
Monumento em Homenagem aos 300 anos de Liechtenstein |
Na segunda vez que lá estive - porque
fiz questão de voltar - era um sábado ensolarado (coisa rara) e acontecia um
evento de bicicletas e jogos de computador. A cidade estava cheia. Lojas e
restaurantes abertos, museus esperando seus visitantes e um vai e vem frenético
nas ruas. As duas sensações foram boas de vivenciar. Por isso, gosto tanto de
voltar a certos lugares. Nossa impressão muda. Algumas vezes para melhor.
A principal atração do país é o
Castelo de Vaduz, como mencionei, onde o príncipe reside, e por isso, não é aberto
à visitação. Mas é possível subir a encosta caminhando e tirar fotos em seu
redor. No final da trilha há um mirante.
É o ponto mais alto da cidade. Há relatos de que a família real pode ser
vista caminhando pelas ruas da capital e em eventos. A família possui a fama de
ser a família real mais receptiva da Europa.
Na principal rua da cidade – Städtle –
que não é difícil de encontrar, você poderá visitar todas as atrações
turísticas: o Museu Nacional, o Museu de Arte Contemporânea, e em seu entorno, várias
esculturas espalhadas - sendo a mais famosa a mulher deitada, de Fernando
Botero -, o Museu do Selo, e a Catedral de Liechtenstein, de 1874, onde estão
sepultados alguns príncipes. Para você que gosta de colecionar carimbos no
passaporte, no Centro Turístico você poderá obtê-lo por 5 euros.
O imponente Castelo, residência do Príncipe de Liechtenstein |
No início da rua principal há a
Prefeitura com 3 magníficos cavalos negros em bronze. É em frente a ela que se
inicia a trilha para a subida ao castelo.
Nesse ponto da cidade tudo pode ser
feito a pé e com calma, pois todas as atrações estão perto umas das outras. Há,
entretanto, uma atração mais distante – a casa Vermelha –são apenas 600 metros
de distância, mas para os mais cansados, há um trenzinho que faz o percurso.
Dizem que essa Casa foi a primeira construção da cidade.
Enfim, um lugar muito pitoresco e
muito pouco procurado por turistas, mas que tem seu charme.
Campo em torno da cidade de Schaan |
Em meus desejos de viagem, sempre quis
visitar esses principados e em minha lista sempre esteve os menores países
europeus. Entre todos, agora só me falta visitar Mônaco. Quem sabe um dia!
Até a próxima, e boa viagem!
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