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domingo, 19 de janeiro de 2020

Publicando abaixo, a Manifestação da Arquidiocese do Rio, sobre a questão da Qualidade da Água, que recebemos do leitor Carlos Alípio

Irmãos e irmãs A Pastoral do Meio Ambiente da Arquidiocese do Rio de Janeiro vem a público declarar sua posição com relação aos eventos em torno da contaminação da água fornecida pela CEDAE.
Estranhamos que essa empresa que tem prestado serviços de excelência durante tantos anos, seja hoje colocada em uma posição tão fragilizada. Por isso é importante compreendermos em que condições isso se dá.

1) Tentativa de privatização do patrimônio público a preços muito baixos fazendo assim o repasse do esforço da população (através dos impostos) para empresários que não tem absolutamente compromisso com a vida, mas sim com os lucros (o que é absolutamente “normal”, mas não numa área tão estratégica e de segurança nacional);

2) A demissão dos técnicos responsáveis pelo controle de qualidade da água;

3) Absoluta inanição da atual diretoria da empresa na resposta aos problemas que afligem a população, o presidente da empresa desapareceu;

4) A inaceitável atitude criminosa da DIREÇÃO DA CEDAE autorizando o consumo da água;

5) As consequências danosas aos mais necessitados que não tem condições de escapar ao dano a sua saúde e dignidade, provocada pelo Estado.

Por orientação de nossos pastores, estamos a anos acompanhando a performance da CEDAE no sentido de construir espaços populares de controle e monitoramento.

Lamentamos muito o desserviço prestado pela imprensa no sentido de repassar simplesmente as declarações das autoridades sem um mínimo de checagem (expediente que ela, a imprensa, utiliza em casos de seu interesse) e o alinhamento aberto e declarado a privatização.

Nos declaramos em sintonia com as campanhas da fraternidade que trataram do tema e em sintonia com a Encíclica Papal Laudato Si, nossa absoluta contrariedade com a possibilidade de privatização, água é vida e portanto não pode ser tratada como mercadoria.

Nos alinhamos junto a população mais empobrecida, onde foram registradas imagens de crianças pobres bebendo aguas de poças e lembramos os casos de privatização da água que hoje retornam ao controle público, portanto não devemos repetir esse erro!

Por fim, alertamos para responsabilização da raia pequena da instituição CEDAE, livrando os verdadeiros responsáveis de colarinho branco, que inclusive, acumulam em seu curriculum outras tragédias como a de Brumadinho.

Rezamos a Deus pedindo que coloque nas mentes de nossos governantes, responsabilidade pública.

- Comissão Pastoral do Meio Ambiente –
Vicariato Para Caridade Social 
Arquidiocese do Rio de Janeiro

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