A data foi
escolhida pela Organização das Nações Unidas (ONU), tem como objetivo levar
informação à população em relação ao Transtorno do Espectro Autista, a fim de
reduzir a discriminação e o preconceito contra os indivíduos que apresentam o
transtorno. O símbolo do autismo é o quebra-cabeça, que denota sua diversidade
e complexidade.
A psicóloga e psicanalista Drª Susane Sias |
Mais,
o que é o Autismo?
É um transtorno complexo do desenvolvimento que envolve atrasos e comprometimento nas áreas de interação social e linguagem, incluindo uma ampla gama de sintomas, cognitivos, emocionais, motores e sensoriais (Greenpen;Winder,2006).
No momento, as avaliações diagnósticas
utilizam frequentemente o sistema de classificação de doenças como o DSM e o
CID, que tem sido periodicamente revisado de modo a permitir que um grande
número de clínicos possa dar um diagnóstico segundo critérios comuns.
O transtorno é tão abrangente que se
usa o termo “espectro”, pelos vários níveis de comprometimento apresentando
outras doenças, como deficiência intelectual e epilepsia. Algumas pessoas
independentes, com vida comum, outras nem sabem que são autistas, pois jamais
tiveram diagnóstico.
No DSM-V, o autismo é chamado de
Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). O transtorno é referido como espectro
por conta da diversidade da qual as características do transtorno aparecem em
cada pessoa, assim como o nível de comprometimento. As características estão
descritas em dois grupos:
(1) Déficits de interações sociais e
de comunicação;
(2) Comportamentos repetitivos e
interesses restritos e podem variar em três níveis, classificados conforme o
grau de severidade aumenta: Grau 1 ou leve, grau 2 ou moderado e grau 3 ou
severo.
Já o CID-11, que foi apresentado para
legitimação dos Estados Membros em maio de 2019 (durante a Assembleia Mundial
da Saúde), entrará em vigor em 1º de janeiro de 2022 que acompanhará os dados
classificatórios do DSM-V.
As
causas do autismo:
No I Congresso on line da Revista
Autismo que foi realizado no dia 02 de abril de 2020, vários profissionais de
diversas áreas concluíram para as evidências científicas disponíveis indicam a
existência de múltiplos fatores, incluindo fatores genéticos e ambientais, que
tornam mais provável que uma criança possa sofrer um TEA.
A cada vez mais apontam para a
genética. Confirmando estudos recentes anteriores, um trabalho científico de
2019 demonstrou que fatores genéticos são os mais importantes na determinação
das causas (estimados entre 97% e 99%, sendo 81% hereditário — e ligados a mais
de 900 genes), além de fatores ambientais (de 1% a 3%) ainda controversos,
também possam estar associados, como, por exemplo, a idade paterna avançada ou
o uso de ácido valpróico na gravidez. Existem atualmente 913 genes já mapeados e
implicados como fatores de risco para o transtorno — sendo 102 genes os
principais.
SINTOMAS:
Nos primeiros meses de vida podem ser
identificados alguns sinais, como: não estabelece contato visual com as pessoas
que o cercam, não reage aos sons, não sorri e não tem expressões faciais, não
gosta de abraços e beijos, não responde quando é chamado, tem movimentos
repetitivos, pode apresentar deficiência mental, consegue falar, mas não usa a
fala como ferramenta de comunicação e tem comprometimento da compreensão.
Algumas crianças autistas tem domínio da linguagem, inteligência normal ou até
superior com menor dificuldade de interação social que permite aos portadores
levar vida próxima do normal. Existe uma predominância em meninos e acomete pessoas
de todas as classes.
Precisando de ajuda, faça contato com a Drª Susane Sias |
Orientação
aos pais:
A informação ainda é a melhor opção,
pois através dela levará os melhores meios para a intervenção adequada do
espectro.
Os primeiros sinais podem ser
observados, logo nos primeiros anos de vida, então a família deve ficar atenta
sempre que algo fugir do desenvolvimento esperado, como o atraso na fala,
ausência de contato ocular, a criança permanecer isolada, não brincar, não
responder quando chamada, girar objetos o tempo todo, repetir movimentos com as
mãos e tiver interesses específicos. Quando for detectado algum atraso no
desenvolvimento é necessário procurar um especialista o quanto antes para
começar a intervenção precoce que faz muita diferença neste momento. O profissional com o
diagnóstico vai estimular a aprendizagem de forma adequada e orientará os pais.
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