Ronald Thompson: “no dia que minha mãe faria 81 anos, algumas palavras sobre o exemplo que ela nos deixou”

Hoje é um dia muito emocionante e emocional. Nossa mãezinha, avó da Giovanna, Irenice Fernandes de Azevedo, se estivesse conosco, estaria comemorando 81 anos.

Minha família no ano de 2014, no estúdio da rádio 87.7 FM

São tantas boas lembranças. Tantos ensinamentos. Minha mãe nos orientou a tratar todas as pessoas, até as pessoas que para nós não são boas, de forma respeitosa. Para ela, o amor era sempre a resposta. Até para as ofensas.

Honestamente, nos 76 anos que esteve na Terra, eu não consigo me lembrar de momentos em que falasse mal de alguém. Pelo contrário. Pensava que quando as pessoas são más e amargas, é por serem infelizes.

Não se enganem. Era corajosa. Uma vez foi atropelada no bairro de Bonsucesso, na cidade do Rio de Janeiro. A motorista tentou fugir. Com a perna quebrada, levantou-se e conseguiu segurar o carro. Foi levada então para um Hospital no Centro da Cidade e lá descartada pela motorista.

Ficou engessada, em cima de uma cama, por vários meses. Mas não deixou passar. Ao recuperar-se, lembrou que havia conseguido anotar parcialmente a placa do carro e procurou até encontrar a mulher, que havia lhe atropelado e levá-la a Justiça, não para obter indenização. Mas para que a motorista aprendesse a lição.

Meus três amores: Irenice, Giovanna e Cristiane

Estamos numa época em que muitos confundem grosseria com coragem. Amabilidade com fraqueza. Minha mãe era hiper corajosa e muito forte. Mas tinha como princípio de vida, a gentileza, a cortesia, a educação.

Sua frase preferida era: NADA COMO UM DIA ATRÁS DO OUTRO, COM UMA NOITE NO MEIO.

Ela faz ENORME FALTA. Mas está conosco, na educação que nos deixou. O mais importante é que a Giovanna entenda e aprenda, com o exemplo de vida que a Dona Irenice deixou.

Encerro estas palavras com sentimento de gratidão, por ter nascido filho da Dona Irenice Fernandes de Azevedo. Se tiver mais mil vidas, quero nascer sempre filho dela.