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segunda-feira, 20 de maio de 2019

Renata Lourosa fala Sobre Ser Mãe da Georgia e do Eduardo, e Sobre ser filha da Marlene

A Mamãe Renata com Eduardo e Georgia
A Professora Renata Lourosa é daquelas pessoas que marcam pela educação e gentileza que trata igualmente a todos. No bate papo abaixo, nos conta um pouco sobre a maternidade, sobre o sentido da palavra Família, da importância da religião e sobre o papel de sua Mãe, Marlene, que está próxima a completar 80 anos, em sua vida.

Nova Voz On Line - O que significa ser Mãe para você?
Renata Lourosa - É um universo mágico, onde a cada dia me surpreendo com atitudes, gestos, gracinhas, temperamentos distintos e de muito amor, porém não ficando apenas na poesia... Existe neste misto, inúmeras renúncias e muito trabalho. Parafraseando o educador e filósofo Mário Sergio Cortella, o educar é no lar, a escolarização é na escola e isto não é fácil nos dias de hoje, onde saímos para trabalhar e voltamos ao fim do dia, estamos tentando suprir esta falta, sendo permissivos, contribuindo com esta geração sem afeto e educação atualmente.

Nova Voz On Line - Você tem dois filhos, Geórgia e Eduardo. Teve diferença da primeira gestação, do primeiro parto, para o segundo? Pode nos contar?
Renata Lourosa - A primeira gestação é algo novo, ainda não vivemos nada, um turbilhão de emoções vem ao seu encontro e a “ficha” não cai, ela realmente se torna real, quando aquele pacotinho está em seus braços e depende somente de você para se alimentar e sobreviver e este primeiro momento não tem a troca, você dá e não recebe nada, é um pouco estranho; frustrante eu digo, mas depois é uma delícia, as primeiras gracinhas e sorrisos. Na segunda gestação, já sabemos muita coisa, ficamos mais seguros e segue naturalmente. A minha no caso, parece por ser menino, tive mais vontade de me alimentar... rsrsrs (Fome mesmo) de levantar de madrugada e assaltar a geladeira e não ficar saciada e na dele também apesar de ter marcado a cesárea,  veio antes e de madrugada. Eduardo nasceu às quatro da manhã.

Nova Voz On Line - Apesar do Eduardo, seu filho mais novo ser ainda pequeno, é possível responder se ele e a Geórgia têm temperamentos diferentes?
Renata Lourosa - Observamos estes temperamentos, ainda no berço; enquanto um tem a calma de esperar, o outro não tem nenhuma. Georgia, hoje com cinco anos, sempre foi uma criança tranquila, muito boa, tímida, obediente não respondona e de umas “tiradas” geniais, esperta e ao mesmo tempo de uma doçura ímpar. Eduardo de Um Ano e Meio, “nota-se já é uma figuraça”. Super engraçado em algumas atitudes. Porém não pode ver um cabelo comprido que “Puxa” com vontade. É dengoso e não desgruda de mim, se estou por perto... Resumindo: não consigo fazer nada quando estou com ele.

Nova Voz On Line - O que aprendeu com a sua Mãe, Marlene, que lhe serve de base agora para sua maternidade?
Renata Lourosa - Mamãe sempre foi uma pessoa muito calma e serena e ao mesmo tempo muito sábia. Os filhos para ela sempre estiveram em primeiro plano. Ela, professora, cuidou de nós quatro com muito amor. Sempre nos deu a responsabilidade com nossos estudos. Eu, como temporona, cobrava minhas notas e religiosidade, indo às missas e de frequentar a catequese. Hoje, quando estou muito atarefada ela sempre diz “Filhos em primeiro lugar”, o resto resolve depois...  Ela é assim conosco até hoje.
Renata com seu grande modelo de vida, a Mãe Marlene
Nova Voz On Line - E também quais são os ensinamentos que aprendeu com sua mãe, que vai fazer questão de transmitir aos seus filhos?
Renata Lourosa - De sermos pessoas íntegras, obedientes e tementes a Deus. Respeitar o próximo, sem querer tirar vantagens. E conseguir o que deseja com os próprios méritos e esforço. De sermos cercados de pessoas do bem e fazer o bem, sempre com uma palavra doce, sem denegrir o outro ou desagradar sem necessidade. Esta é Marlene, minha mãe uma “figura”... Para quem a conhece, adorável! Está prestes a completar seus 80 belos anos de vida!

Nova Voz On Line - O fato de ser professora, lidar com crianças, também ajuda nos cuidados com seus filhos?
Renata Lourosa - Trabalho com crianças há 17 anos, sendo dez deles na creche. Lá aprendi a entender o choro, a acalentar, a dar afeto e muitas trocas de fraldas... Este tempo foi na Tia Norma em Laranjais e Vovó Werber, em Aperibé. Atualmente não estou em sala de aula, mas sempre em contato com as crianças, seja para uma conversa, ou ajudá-las de alguma forma. Com certeza, estes cuidados que adquiri e adquiro no trabalho me ajudou e ajuda bastante quando me tornei mãe.
Renata, o marido Eduardo, segurando o filho Eduardo e Georgia
Nova Voz On Line - Você e o Eduardo, seu marido, são pessoas religiosas. Que importância tem a religião na formação de adultos saudáveis, pessoas de bom coração, capazes de ajudar na construção de um Mundo Melhor?
Renata Lourosa - A espiritualidade é importante. Para mim, imprescindível na vida de qualquer ser humano. Precisamos crer em algo, para cultivarmos a mente e o corpo sãos. A religião nos propicia sermos altruístas, empáticos e olhar o outro com compaixão. Desde que conheci Eduardo, sempre fomos à missa juntos e tentamos participar dos movimentos e pastorais da igreja. Agora, com as crianças pequenas, fica mais difícil estarmos presente em tudo, mas sempre que podemos vamos todos juntos. Sabe, Deus é tão presente e importante para nós, que foi lá, no Santíssimo que perto de conhecê-lo (ao Eduardo) pedi a Deus uma pessoa bacana e especial em minha vida e aí Ele mandou o Eduardo ... rsrsrs. Dei este testemunho em nosso casamento. E para as crianças, desejo que siga este caminho, pois tendo Deus, crendo, a vida se torna mais fácil e seguirão os caminhos retos e Santos que rogo para eles.

Nova Voz On Line - Para encerrar, que recadinho deixaria para as mamães, no mês de maio, justamente o Mês das Mamães?
Renata Lourosa - Para as mamães, desfrutarem o tempo que tiverem com seus filhos da melhor maneira. Não importa a quantidade, mas sim a qualidade. E que seja prazeroso, cheios de afeto ... Estes momentos, seus filhos não irão esquecer jamais. Nós aqui em casa, não almoçamos juntos, em função da vida profissional que temos. Mas fazemos questão de no jantar, estarmos todos à mesa, para a refeição. Nesta hora até o Dudu, na cadeirinha, mesmo já tendo feito a sua alimentação mais cedo, fica ali por perto, beliscando algo. Nesta hora, conversamos sobre o dia e estamos ali juntos. Isto é ser família. No mais, beijos no coração a todas as mamães de barriga, de coração e as tias, avós ou quem cuida com amor do seu filho, quando você “mãe” não está por perto.
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