Hoje é o Dia do Aniversário do nosso colunista, Carlinhos Ferraz. Além de enviar um forte e fraterno abraço, da família do Blog Nova Voz, desejando saúde e longevidade, respostamos sua linda história de amor, com sua companheira da vida, a esposa Carmem. Happy Birthday!!!
Carlinhos e Carmem: Um Amor Escrito nas Estrelas |
Nova
Voz On Line
– Quer dizer que tudo começou numa paquera em Santo Antônio de Pádua?
Carmem - Sim,
precisamente no dia 10 de maio de 1981, há 34 anos.
Carlinhos - Foi amor à
primeira vista, nos olhamos e nos gostamos. Engraçado que não iria sair naquele
dia. Morava em Miracema. Mas um amigo, felizmente, me convidou para ir passear.
Quando fui chegando perto do clube de Pádua, vi a Carmem sentada com amigos e
ali, já me agradou bastante.
Carmem - Lembro-me
como se fosse hoje. Foi um domingo dia das mães. Ele veio conversar comigo.
Relembrando assim, parece que ‘nosso amor estava escrito nas estrelas’, como
diz a letra de uma música famosa.
Nova Voz On Line – O que vocês acham que os fez continuar juntos até hoje?
Carmem - Foi algo
que acho que tinha que acontecer. Depois desse primeiro encontro, nossas vidas
mudaram. Até hoje, quando estamos em lugares diferentes, falta à outra metade.
Carlinhos
-
A Carmem resumiu bem. Sentimos, um pelo outro, o desejo de estar sempre juntos.
Como se fossemos apenas metade, quando estamos em lugares diferentes, por algum
motivo. E essa necessidade de estar juntos, que nos faz continuar casados.
Nova Voz On Line – Como foi o início do casamento de vocês?
Carmem – Nós fomos
morar num apartamento novo, porém alugado. Lutamos bastante para fugir do
aluguel. Conseguimos comprar uma casinha boa, mas modesta. Neste bairro, na
época, não havia água encanada, nem energia elétrica, o que tornava o dia a dia
muito difícil.
Carlinhos - A luta era
grande. Eu trabalhava no bar do meu pai. Tinha que acordar de madrugada, para
encher um tambor de 200 litros, usado como caixa d’água. Quando chegava, já à
noite, cansado, fazia a mesma coisa, pois a caixa havia esvaziado, durante o
dia e precisava ser recarregada para podermos tomar banho, fazer o jantar e etc.
Não era fácil.
Carlinhos com a família, no trabalho e com amigos |
Carmem - Uma amiga
nos convidou para conhecermos o apartamento dela, no BNH. Achamos o máximo!
Afinal de contas, tinha água encanada, luz, piso frio, coisa que em nossa casa
não possuía.
Carlinhos - Fora que
também não tinha a quantidade de pernilongos da nossa casa, pois morávamos
perto de uma lagoa. Enfim o apartamento era ótimo.
Carmem - Através desta
amiga, ficamos sabendo que havia um apartamento a venda.
Carlinhos – Eu fiquei
doido para comprar o imóvel, mas como? Conversei com meu pai, que comprou a
casa que morávamos, pelo valor da entrada no apartamento do BNH, e ainda
consegui ficar com um carro, sua Brasília usada. Foi maravilhoso.
Carmem – Quero só
dizer, que mesmo enfrentando tudo isso, sempre fomos muito felizes. É claro que
queríamos ter conforto. Mas nunca deixamos as adversidades nos tornar
amargurados. Pelo contrário. Tínhamos sempre motivo para rir um pouco.
Nova Voz On Line – Houve um período que o Carlinhos precisou ficar mais tempo fora de casa, trabalhando, e a senhora assumiu de perto, a criação dos filhos. Como foi esse momento?
Carmem - Outra fase
que superamos numa boa. Ele saia cedo para trabalhar, e eu ficava com a
responsabilidade da casa, dos filhos, da escola. Por isso, realmente quase não
participou da infância dos dois primeiros filhos. Cedo, quando ia trabalhar, as
crianças ainda não tinham acordado, e quando voltava já era muito tarde, e elas
estavam dormindo. Isso de segunda a segunda, sem folga, sem sábados, domingos
ou feriados. Foi muito difícil para ele.
Carlinhos - Meu
sentimento era de querer ficar mais em casa, porém minha responsabilidade era
manter a família. Sonhava em deixar o ramo de bar e restaurantes. Quando nossa
caçula fez um ano, mudei meu ramo de trabalho, e pude fazer o que faço até
hoje. Agradeço a Deus por permitir ficar mais próximo da minha família, que amo
tanto.
Carlinhos e Carmem pelas lentes da fotógrafa Paula Erthal |
Carmem - Se não
existir amor, no sentido total da palavra, o casamento não perdura. Porque o
amor é como uma planta, que precisa se regada todos os dias.
Carlinhos - O amor se
rega com afeto, carinho, cumplicidade, respeito, admiração, fraternidade,
harmonia, gentileza e tantos outros adjetivos que fazem parte do conjunto. Amor
é estar feliz com a felicidade do outro.
Nova Voz On Line – O Dia dos namorados está chegando. Então temos dois pedidos a fazer:
Primeiro: O que diriam para quem está
sozinho e ainda não encontrou a cara metade?
Carmem - Não
desista! Porque existe. Esteja atento (a). Ele ou ela pode nem estar tão longe,
só falta você prestar mais atenção.
Carlinhos – Lembrem:
naqueles 10 de maio, eu não ia sair de casa. Graças a um amigo, fui parar em
Pádua, conheci a Carmem e descobri o que realmente é ser feliz.
Segundo – O que diriam um ao outro, nesta data especial do ano?
Carmem - Amor, eu te
amo! Você será meu eterno namorado. Obrigada pela família linda que nós temos.
Carlinhos - Se pudesse
voltar no tempo, faria tudo de novo, me casando com você. Todas as dificuldades
que passamos, superamos juntos, fazendo valer à pena. Temos uma família linda,
fruto do nosso amor. Deus continue nos abençoando. Te amo!
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