Com
a chegada do verão e das férias, altas temperaturas e vacinação em
massa, os alemães e os estrangeiros residentes no país viram a oportunidade de
voltar a viajar, devendo apresentar o passaporte de vacinação e o teste
negativo em hotéis e nos aeroportos.
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| Ana Luíza e o marido Vanderson, com o Castelo de Schwerin ao fundo. Moradora de Berlim, ele teve que fazer teste para sair e voltar para sua cidade. A regra é essa: se viajar para certas localidades, passa por testagem, antes de retornar ao lar |
Não foi diferente com os berlinenses assim como com minha família, obviamente seguindo e observando as regras vigentes contra o Coronavírus.
Entretanto, com o clima de "já ganhou" ocorrendo na Europa, a nova variante Delta se alastrava em Portugal, Israel e Inglaterra. Mesmo assim ocorreu a Eurocopa e as várias medidas sanitárias desrespeitadas, o que facilitou a circulação da variante no continente.
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| A alegria da segunda dose da vacina |
Por isso, algumas regiões da Europa foram consideradas “Zonas de variantes” pelo governo alemão, devendo o indivíduo que nelas viajassem em determinadas datas, fizessem em seu retorno ao país, à quarentena de 14 dias imposta pelo Órgão da Saúde alemão (Gesundheitsamt), mesmo apresentando teste negativo.
Infelizmente eu e minha família vivenciamos momentos de tensão por falta de respeito alheia, a qual uma pessoa próxima entrou em contato pessoal conosco e revelou o seu retorno da Zona de variante e que também não respeitou a quarentena supracitada.
Com isso, além de termos que fazer uma quarentena obrigatória, tivemos que comunicar a situação ocorrida às pessoas às quais tivemos contato, assim como aguardar cinco dias para fazermos o exame PCR, o que custou um bom valor em Euros…
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| Jardins do Castelo Schwerin |
Felizmente tivemos apoio de vários membros da Comunidade brasileira e, por sorte, três dias após o exame, recebemos o resultado negativo, o que possibilitou a minha segunda dose de vacinação que já estava agendada.
Não adianta tomarmos o devido cuidado se as pessoas ao nosso redor não fizerem o mesmo. A banalização do “nada vai acontecer”, o deboche de “só uma gripezinha'' e do “eu posso tudo por ter duplo passaporte”, infelizmente também está presente aqui, inclusive, com alguns de nossos conterrâneos, o que foi o caso. Falta de respeito existe em várias nacionalidades...
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| Estatísticas da COVID 19 |
A nova variante é muito séria! Ela infectou e matou pessoas jovens que receberam as duas doses da vacina Astrazeneca principalmente na Inglaterra. Apesar da alta incidência, a Inglaterra relaxou as medidas sanitárias contra o coronavírus. Cientistas alertam que, com essa decisão, podem surgir mais variantes e se espalhar pelo continente, assim como pelo mundo.
Devido a isso, o governo alemão recomenda que a população que recebeu a primeira dose da Astrazeneca, receba a segunda dose da Pfizer. Tal combinação, segundo cientistas alemães, é a mais resistente contra a variante Delta. Vale ressaltar que, já se cogita a possibilidade do reforço com a terceira dose da Pfizer.
Mesmo assim, os números continuam a crescer e atualmente estamos em “fase amarela” o que provavelmente poderá acarretar um novo Lockdown ou medidas mais restritivas no Outono/Inverno.
Devemos observar que o Coronavírus não escolhe passaporte nem classe social. Portanto, independente de onde estivermos, se não largarmos o egoísmo, a falta de respeito ao próximo e não tivermos consciência coletiva, jamais venceremos o Coronavírus e suas variantes.
Frases como “Fé em Deus” e “pensamento positivo” de nada adiantam se cada um não fizer sua parte.
Fontes utilizadas para este artigo:
- https://www.rki.de/DE/Content/InfAZ/N/Neuartiges_Coronavirus/Risikogebiete_neu.html
- https://www.berlin.de/corona/lagebericht/
- https://www.tagesschau.de/ausland/europa/england-ende-corona-restriktionen-101.html
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