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sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Maycon Rohen Defende o fortalecimento das Instituições para melhorar a eficácia das políticas públicas no Brasil


O Itaocarense Maycon Rohen apresentou sua Dissertação de Mestrado a Universidade Federal Norte Fluminense Darcy Ribeiro. O trabalho, cujo título é  MÁQUINA POLÍTICA NOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS: UMA ANÁLISE DO EMPREGO E DO GASTO PÚBLICO DE 2.000 A 2.016, fala sobre políticas públicas e a relação com os partidos políticos, identificando com dados, o que falta transformar e o que foi transformado no Brasil, para criar um Estado mais próximo ao desejo do cidadão.



Nova Voz On Line - Do que Trata sua dissertação de Mestrado?
Maycon Rohen - Analisa a atuação das máquinas políticas nos municípios brasileiros, investigando a diferença entre as estratégias partidárias nos últimos quatro pleitos eleitorais. Dito de outra maneira: o partido do Prefeito importa na hora da execução do gasto público e na contratação de funcionários?

Nova Voz On Line - Qual é a conclusão? O Partido do Prefeito importa na hora da execução do gasto público e na contratação de funcionários?
Maycon Rohen - Nos gastos onde a legislação impõe gastos mínimos, ou limites, os partidos se comportam de forma bastante parecida. A variação é mínima. Nos gastos considerados na dissertação como discricionários, há uma variação, porém os achados mais interessantes são justamente os inesperados, como por exemplo, o PSDB apresentar maiores médias de gasto per capita, em áreas sociais, do que o PT. No que diz respeito à contratação de pessoal, eles também se comportam de forma bastante parecida, mantendo o mesmo percentual de funcionários discricionários.

Nova Voz On Line – Muitas legislações, ao longo do tempo, engessaram a execução do orçamento, determinando (inclusive) os percentuais que devem ser gastos com os itens A, B ou C. A partir da pesquisa feita, concluiu que isso é positivo ou negativo? Ou seja, os municípios deveriam ter maior discricionariedade para gastar os impostos, a partir das decisões do grupo político local?
Maycon Rohen - Essa talvez seja a principal crítica dos pesquisadores que advogam em favor do município como laboratório para o surgimento de boas práticas e políticas públicas inovadoras. Porém não estabelecer regras é um risco muito grande. Teríamos 5.570 maneiras diferentes de aplicar os recursos públicos o que deixaria a população muito vulnerável. Eu concordo que por vezes a legislação não é adequada devido à grande heterogeneidade dos municípios brasileiros. Acredito que o mais correto seriam faixas de gasto levando em consideração a população do município e indicadores de desenvolvimento como o IDHM.

Nova Voz On Line – O Brasil é uma República desde 1889. Ou seja, faz 129 anos. No entanto, tanto a classe política, quanto a população, não consegue entender bem o que é res (coisa) pública (de todos). Quem governa pensa que faz favores e quem é governando, pensa que recebe benevolência em troca. Na sua pesquisa é possível identificar a falta de políticas públicas feitas a transformar situações, ao invés de ser o mero resolver de circunstâncias?
Maycon Rohen - A dissertação mostra exatamente o tipo de relação entre os governantes e os eleitores, desde o Coronelismo (na República Velha) até os dias atuais. Fica claro como as estratégias se alteram no decorrer do tempo, mas o clientelismo continua sendo a sustentação de muitas carreiras políticas. No que tange às políticas públicas, elas evoluíram bastante, mas o acesso a elas ainda é um entrave. A lógica da máquina política é patrocinar (como favor) o acesso a bens públicos, mesmo que esses sejam legalmente um direito do cidadão.

Nova Voz On Line - A pesquisa aponta alguma iniciativa para mudar essa lógica? Ou seja, o cidadão entender que é direito dele desfrutar de boa saúde, boa educação ... E a classe política (igualmente) entender que foi eleita para administrar os impostos e oferecer boa saúde, boa educação (...)?
Maycon Rohen - O trabalho é essencialmente quantitativo, são analisados dados de todos os 5.570 municípios, em um recorte de 16 anos. Porém questões de ordem qualitativa, como a percepção do cidadão / eleitor, não foram incluídas. Mas pelos dados é possível constatar, por exemplo, o grande número de funcionários concursados nos últimos anos, o que indica procedimentos universalistas, para acesso a cargos públicos. Isso é uma transformação, se consideramos 50 anos passados.

Nova Voz On Line – E o que mais pode ser feito para por fim ao clientelismo?
Maycon Rohen - O fortalecimento da burocracia é indispensável para transformar o favor político em direito via universalismo de procedimentos. A burocracia forte, com critérios bem definidos e de fácil acesso a população, diminuirá essa percepção de favor, pois o cidadão não precisará de um mediador entre suas demandas e a administração pública. Políticas Públicas que atendem a esses requisitos tendem a funcionar sem necessidade de patrocínio político. Por exemplo, um cidadão que queira comprar uma casa pelo programa Minha Casa Minha Vida, desde que ele se enquadre nas exigências de renda e o imóvel no valor e características estipulados pelo programa, pode se dirigir a Caixa Econômica Federal e dar entrada no seu financiamento sem precisar de um mediador político. Essa é uma mudança significativa na forma de fazer política institucional no Brasil.

Nova Voz On Line - Comparando as gestões dos Partidos Políticos, me parece que apesar dos discursos serem diferentes, a governança é muito parecida. A socióloga Guatemalteca, Glória Alvarez, diz que na América Latina, o que reina é o populismo, não diferindo muito as gestões feitas pelos partidos (ditos) de esquerda e os ditos de direita. Sua pesquisa corrobora esse raciocínio?
Maycon Rohen - O populismo é um fenômeno um pouco mais complexo, que envolve, além das práticas, o discurso. O que parece claro na dissertação, é que os partidos políticos querem vencer eleições, e para isso utilizarão o que estiver a sua disposição para aumentarem suas chances de sucesso eleitoral. Mesmo que isso vá contra seus posicionamentos programáticos.

Nova Voz On Line – Estamos no meio do processo eleitoral. Em poucos dias vamos eleger Presidente, Governadores, Senadores, Deputados Estaduais e Federais. O eleitor parece escolher seus candidatos, muito mais voltados à emoção, que levam a calorosas discussões (inclusive), do que racionalmente, pensando sobre as propostas desses candidatos. O quanto essa atitude atrapalha o país a ter eficiência na gestão da máquina?
Maycon Rohen – Particularmente não acredito na irracionalidade do voto. Acredito que os fatores econômicos possuem grande influência na decisão do voto. Quando o eleitor tem a percepção que sua vida melhorou, recompensa o governante com o voto. Quando a percepção é inversa, pune o governante, escolhendo outro candidato.

Nova Voz On Line – Como analisa o atual momento eleitoral?
Maycon Rohen – Inquietante. Tão delicado, que minhas maiores preocupações são com os candidatos que colocam em dúvida a capacidade da democracia em resolver os conflitos. O governante eleito terá a legitimidade em comandar as políticas públicas no país pelos próximos quatro anos. Por pior que o eleito seja, acredito que as instituições são capazes de frear alguns abusos, até as próximas eleições. Mas a partir do momento, que qualquer candidato, não reconhece o resultado das urnas, cria uma instabilidade institucional, o que é muito grave para o país.

Nova Voz – Como a pesquisa produzida pelas Universidades, como seu trabalho de dissertação de Mestrado (na UENF), pode melhorar a gestão pública no Brasil?
Maycon Rohen – As universidades possuem um papel estratégico no desenvolvimento nacional. As pesquisas fornecem a base para avanços em todas as áreas do conhecimento. No caso específico da gestão pública, podemos aprimorar a formulação e implementação de políticas, que irão impactar diretamente na vida do cidadão. Apesar dos parcos recursos destinados a pesquisa no Brasil, as universidades ainda conseguem se destacar como centros de excelência, muitas vezes subutilizada pelos governantes, que poderiam utilizar a expertise das universidades, para melhorar a qualidade de vida da população.


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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Q-Pão padaria e lanchonete

Quer fazer seu lanche da tarde ou tomar seu café da manhã em um  lugar agradável e famíliar? Venha nos fazer uma visita. Trabalhamos com uma grande variedade de produtos e apenas com matéria prima de qualidade. 



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Casa do Peixe

   
O Restaurante Casa do Peixe no centro de Itaocara, na Beira Rio (antigo Recanto) está com uma promoção imperdível do chopp as terças, quartas e quintas.
Além do tradicional Buffet de comida a kilo com grande variedade de pratos da comida tradicional brasileira como carnes, frangos, peixes, frutos do mar, saladas, arroz a piamontese. Agora trás para seu conjunto de variedade a Comida Japonesa, as quintas, sextas, sábado e domingo venha comer o que já de melhor e diferente na cidade.
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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Iludidos e Ilusões


Texto: Hélio Sales – Presidente da CDL Itaocara, Aperibé e Cambuci

Tem um conto que a maioria de nós conhece cujo nome é O Flautista de Hamelin. Narra à história de uma peste de ratos que invadiu a localidade alemã de Hamelin. Desesperados, os moradores ofereceram alta recompensa, a quem conseguisse livrar a cidade daquele problema. Um flautista mágico aparece e com o doce som da sua flauta, leva os bichos para o campo. Os ratos o seguem hipnotizado. Terminam dentro de um lago, aonde vão alegres e felizes, morrer afogados.

Apesar de não me manifestar pelas redes sociais, leio bastante às postagens. Noto o tom apaixonado do debate político. Chegando muitas vezes a fazer pessoas que se conhecem, trocar ofensas, desfazendo amizades. Existe o lado positivo. Estamos participando mais das eleições. Antes as brigas eram por inúteis partidas de futebol. Agora, pelo menos, é sobre o futuro do Brasil.

Contudo, precisamos refletir sobre alguns aspectos. Será que alguém que não conhecemos pessoalmente, que não conhecemos a família e os amigos, que nunca olhou nos nossos olhos, merece defesa tão apaixonada? Será que seu candidato é mesmo uma pessoa tão maravilhosa, que vale a pena brigar com amigos e familiares, defendendo a bandeira que ele diz levantar? Já pensou que pode estar investindo muito das suas crenças, sem nenhuma razão concreta, usando o tipo de fé que só devemos ter em Deus? Que tal pelo menos pensar sobre isso?

Mesmo com os amigos mais próximos, me relaciono convicto de que a minha frente está uma pessoa, que tem a capacidade de me decepcionar. Afinal de contas, somos humanos. A grande maioria das vezes, os desapontamentos acontecem, por criarmos expectativas maiores do que devemos. Quando se trata da classe política, que disputa o poder de instituições do Estado, tão distantes de nós, acho que devemos usar outros critérios, para escolher. Quando ficamos apaixonados, agindo como fanáticos, nos tornamos iguais os ratinhos da história do Flautista de Hamelin. E os ratinhos morreram afogados. Espero que o mesmo destino não esteja a nós reservado.

Amigos e amigas, eleição é coisa muito séria. Achar, por exemplo, que existe um complô contra os candidatos que apoio, envolvendo os Estados Unidos, a mídia, a elite branca, e todos aqueles que já conhecemos, é pura fantasia. Essas crenças são usadas para nos manipular, assim como o doce som tocado pelo flautista. Ficamos hipnotizados, começamos a brigar, parando de pensar. E sem pensar. Sem pensamento crítico, somos levados às urnas, elegendo os governantes. Algo de bom surge quando nos comportamos assim? NÃO! Pelo menos eu não acredito. Afinal de contas, por mais bonita que seja a história do Papai Noel, sou um homem adulto. Sei que não passa de fantasia.

É tempo de refletir. Mesmo quem já escolheu seus candidatos, pense novamente. Não precisa dizer a ninguém. Mas releia as propostas, veja vídeos. Assista inclusive outros candidatos, com o coração aberto a mudar de opinião. Não tenha convicções das quais não admite mudar. Quase sempre a teimosia leva ao sofrimento e o Brasil está sofrendo há muitos anos. Essa é a hora de mudar de verdade, ao invés de mudar só o CPF e o RG de quem nos governa. Chega de ilusões!

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quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Um dia vou estar lá!


Quando o Jornal Nova Voz me convidou para escrever uma postagem, fiquei pensando em sobre o que escrever, precisava ser algo que eu gostasse de fazer, de participar e acima de tudo de compartilhar. 

O que compartilhar com vocês leitores do Nova Voz?

Então ontem recebi um e-mail confirmando minha presença na Embarcadero Conference 2018. Serei mais uma vez palestrante da maior conferência de desenvolvimento Delphi do Mundo.
A Conference é um lugar que eu gosto de estar, lá eu ajudo pessoas e empresas, e, lá eu compartilho parte do conhecimento adquirido ao longo de minha jornada profissional. Então está aí meu tema para a primeira postagem aqui com vocês leitores do Jornal Nova Voz.

Nessa postagem, trago a recordação da canção "Meu Guri", de Chico Buarque de Holanda...
"ainda na sua meninice, ele me disse que chegava lá"

Minha primeira Embarcadero Conference 

Certamente você já teve aquelas ocasiões em que disse: "um dia eu vou estar lá!". Pois é minha história com a Embarcadero Conference narra uma dessas ocasiões.

Para quem não me conhece eu sou Landerson Gomes dos Santos, Itaocarense, anlista de sistemas. Desde os tempos de faculdade tive contato com uma ferramenta de desenvolvimento de softwares (programas de computador) chamada Delphi, e mantive essa como sendo umas das minhas paixões profissionais.

Para quem não conhece, a Embarcadero Conference é um congresso de desenvolvedores Delphi e ocorre em diversos lugares mundo a fora. A Embarcadero Conference Brasil é a maior do mundo.


Acompanho desde a época em que se chamava BorCon e não existia a versão brasileira, sempre lia sobre ela na internet e assim chegava aquele momento em que eu abrir a nossa conversa: "um dia eu vou estar lá!"

O tempo passou, com eles muitas mudanças em minha vida, entretando a paixão pelo Delphi ainda se mantinha. Num repente do destino em 2014 perdi meu pai numa batalha rápida, mas avassaladora contra um câncer no pâncreas. E ali percebi que a vida pode passar muito rápido se você realmente não correr atrás de realizar algumas de suas aspirações.

Embarcadero Conference já possuía uma versão aqui no Brasil, e eu decidi que naquele mesmo ano de 2014 eu iria na Embarcadero Conference
Eu possuo um site, landersongomes.com.br,  no qual compartilho como hobby parte do conhecimento que adquiri em trabalhos ao longo da vida, esse site atraía em média 200 acessos por dia, de pessoas tirando dúvidas de Delphi e programação com esses meus artigos.

Então submeti um tema para palestrar na Embarcadero Conference 2014. Confesso que não tinha muita pretensão, afinal um cara de um lugar pequeno, sem tanta formação técnica... passado alguns dias recebi um e-mail dizendo que minha palestra havia sido aprovada.
Foram muitos ensaios, pois não queria decepcionar as pessoas que confiaram em meu potencial sem nunca terem me conhecido pessoalmente, abro aqui um enorme espaço para agradecer, principalmente a Fernando Rizatto (Software Consultant, Latim America na Embarcadero Technologies).
Naquele mesmo ano veio ao Brasil para se apresentar na Embarcadero Conference, Marco Cantù, o maior escritor de livros sobre Delphi, autor série best seller "Mastering Delphi" (Dominando o Delphi) que teve diversas versões de Delphi e foi traduzida para diversos idiomas em todo o mundo.
Cito a presença de Marco Cantù por que lá atrás, quando entrei para a faculdade e me apaixonei pelo Delphi, meu pai comprou pra mim uma edição do livro "Dominando o Delphi 5", cujo autor é Marco Cantu. Ao saber da vinda dele fiz questão de levar esse livro para que Cantù autografasse pra mim.
 

Assim encerrei minha primeira Embarcadero Conference, confesso que achei que seria a única, mas esse ano chego para palestrar pela 5a vez na Embarcadero Conference, que este ano está comemorando 10 anos de Brasil.


E você, tem algo que gostaria muito de realizar??? Que um dia você também possa realizar algo que quis muito, é uma sensação incrível!

Grande abraço e até uma próxima oportunidade.
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quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Não é favor. São direitos




Texto: Carlos Alberto Moreira da Silva

Além de militar, sou estudioso, apaixonado em história. Uma das mais terríveis tradições brasileiras são os Coronéis, que se enxergam como donos do país. Para eles não vale a Lei, mas apenas suas vontades. Gostam de distribuir “favores”, sentindo-se poderosos. Assim mantém em torno de si, seus currais eleitorais, dizendo nos momentos em que temos eleições, em quem o povo deve votar.
A tecnologia “modernizou” os currais. Antes dominavam os que habitavam suas fazendas. O povo honesto que trabalhava de sol a sol, boa parte das vezes em troca de comida e moradia. Povo cujo coração bom e puro, considerava favor, essa exaustiva labuta. Por isso, eram reunidos e iam votar em quem os Coronéis mandavam. Agora os currais estão instituídos nos cartões eletrônicos dos programas sociais. Uma gente ruim chantageia o povo, dizendo que se seu candidato não vencer, não vai mais ter programa social. Ou seja, fingem ser favor, o que é um direito juridicamente constituído.
Pior ainda: dizem que seus candidatos são os candidatos dos pobres, os candidatos do povo. E quem não votar neles, quer prejudicar os pobres e o povo. Precisam manter os eleitores ignorantes, para venderem a mentira deslavada do favor em troca do voto.
Não existe essa história de gratuidade no serviço público. Nenhum atendimento vindo do Estado é favor. Não importa se o ente for Federal, Estadual ou Municipal; ou se o serviço é de Educação, Saúde, Segurança, Infraestrutura, Previdenciário ou etc. Tudo o que recebe do governo, você paga – e muito caro – para receber. Quando toma uma coca cola, faz compras no mercado, paga a conta de luz, a passagem de ônibus, faz um lanche, parte do que está pagando, vai para o Estado. E o Estado tem obrigação de devolver em bens e serviços públicos.
Não se sinta grato, quando for atendido. Fique feliz e reconheça o atendimento bem feito, as boas politicas públicas. Lute e de seu apoio político, para quem governa bem. Mas (REPITO): não se sinta grato. É OBRIGAÇÃO fazer o melhor possível. Eu sou militar. Sou servidor público. Trabalho todos os dias com seriedade. O que faço não é favor para ninguém. Meus patrões são os milhões de brasileiros, que pagam impostos e através desses, recebo meu salário. Eu sirvo a nação, com honestidade e muito zelo, como é minha obrigação.
Por fim a maldita cultura do Coronelismo, do favorzinho, da tapinha nas costas, é muito importante para termos um país melhor. Chega de sermos enganados. Se o governante recapeia estradas, não faz favor, apenas cumpre sua obrigação. Não vá agradecê-lo por isso. Mas se não faz, então é péssimo, e você deve demiti-lo na primeira eleição que houver. O patrão somos nós. Vamos aprender a exercer com autoridade nosso poder de cidadão.


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segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Para onde vai o Brasil? Texto: Carlinhos Ferraz


Faz muitos anos estamos colhendo frutos de decisões erradas que tomamos. Volta e meia leio reportagens sobre o Chile, falando de crescimento, prosperidade, um ambiente seguro e capaz de proporcionar aos nacionais daquele país, uma vida feliz. Mais distante, vejo países que quarenta anos passados, eram muito mais pobres do que o Brasil, como a Coréia do Sul e Cingapura, tornarem-se nações com Alto Índice de Desenvolvimento Humano. Mesmo desertos, como os Emirados Árabes, mostram ao Mundo a prosperidade de cidades como Dubai e Abu Dhabi. Onde erramos?
Antes de tudo, o erro foi nosso. Acho ridículo responsabilizar os outros, pelos erros que nós, brasileiros cometemos. Não estamos pobres por culpa dos Estados Unidos, ou da elite, nem do Papai Noel. Estamos pobres por escolher gente completamente despreparada para nos governar. E quem governa gerencia Trilhões de Reais em impostos. Sem competência e bom caráter, mesmo a arrecadação batendo recorde, ano após ano, o que sentimos é o país ir para o buraco. Que impressionante, não é mesmo? Mesmo na crise dos últimos seis anos, o Brasil nunca arrecadou tanto. Porém os serviços públicos são péssimos. Fruto da desastrosa escolha que temos feito.
Lógico que a classe política é ruim. Os candidatos a Presidente e Governador do RJ são a prova disso. E quem parece ter qualidade, não tem voto. E por que não tem voto? Pelo fato dos preferidos serem pessoas toscas, ignorantes, que jamais contrataria para trabalhar na minha empresa. E são estes que vão Presidir a República e Governar o RJ, a partir do primeiro dia do próximo ano. De quem é a culpa? Nossa!
No meu modo de pensar, o Brasil precisa urgente de um novo modelo educacional. Ofertar a crianças, adolescentes e jovens, uma formação técnica de qualidade, mas que, além disso, ensine ética, humanismo e coragem para superar os desafios da vida. 
Ética para aprendermos a não colar na prova, não pular o muro na relação amorosa, não furar fila, não sermos corruptos; humanismo, para entendermos que o sucesso precisa incluir todos, caso contrário, seremos eternamente uma nação de bem sucedidos, que morrem de medo de sofrerem com a criminalidade, graças ao sucesso que fizeram. E pessoas pobres, que não são levadas em consideração, nem pelo Estado, nem pela sociedade, tendo uma existência sem dignidade alguma; e coragem para entender que isso não acontece em quatro anos, nem em oito anos. É obra de décadas, que só acontecerá ao mudarmos a cultura atual.
O Papa Francisco ensina: “quantos desertos tem o ser humano de atravessar ainda hoje! Sobretudo o deserto que existe dentro dele, quando falta o amor a Deus e ao próximo, quando falta a consciência de ser guardião de tudo o que o Criador nos deu e continua a dar”. Passou da hora de assumirmos nossa responsabilidade, de passarmos a amar ao próximo, como Deus nos ama e entender que somos punidos, não pelos céus, mas pela irresponsabilidade das más escolhas que fazemos.


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sexta-feira, 7 de setembro de 2018

PARA REFLETIR DURANTE O FERIADO


- Texto Ronald Thompson -


O Brasil vive um momento tenso. Tivemos nesse ano o atentado que tirou a vida da Vereadora Marielle Franco. Ontem o lamentável atentado contra a vida do Deputado Jair Bolsonaro. Só em 2018 podemos contabilizar na casa das centenas, o número de policiais e civis assassinados na cidade do Rio de Janeiro. Eu não sei até onde vamos precisar ir, para entendermos que existe uma profunda relação de causa e efeito em tudo o que está acontecendo. Dessa forma, enquanto não mudarmos a resposta, adotando um novo paradigma, continuaremos a contabilizar tragédias.

Eu gostaria que aprendêssemos a conviver além das ideologias, das crenças, da cor da pele, da nacionalidade, que nos diferenciam. Aprendêssemos que na outra ponta da discussão existe outro ser humano. Se prestar atenção, vai notar que essa pessoa está com muito medo, aprisionada em crenças que renegam a bondade e o bem de verdade.

Lógico que indivíduos perigosos, como os assassinos de Marielle, o autor do crime contra Bolsonaro e quem tirou as vidas dos policias e civis, precisam ser levados a Justiça. E essa deve sentenciá-los, na forma da lei, para que respondam pelos atos que praticaram. Mas precisamos nos libertar desse ciclo. Não permitir que nossos corações endureçam. Se não, vamos nos tornar os monstros que combatemos.

Charles Chaplin escreveu:

- O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio ... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

Se quisermos realmente ser livres da violência, só existe um caminho: o da fraternidade. Sei que não é simples, afinal de contas, é muito mais fácil odiar do que amar. Precisamos de MUITA CORAGEM para amar ao próximo. Para deixar de lado as diferenças e nos vermos pela igualdade na fragilidade da alma humana. Vermo-nos pelos olhos das nossas mães, que mesmo que sejamos os maiores facínoras, ainda conseguem enxergar o bem que existe em nós. Assim (e só assim), iremos derrotar a violência. Nunca pela força das armas. Apenas pela força do amadurecimento, capaz de gerar o valor da empatia, vamos influenciar toda sociedade, construindo o Mundo aonde queremos viver.

Pense nisso e tenha um EXCELENTE Feriado.


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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

O Museu e a Cultura pegaram fogo


Texto: Ronald Thompson

O incêndio no Museu Nacional repercutiu na imprensa dos países mais importantes do Mundo. O tom é que foi uma perda para humanidade. A notícia publicada em jornais como o The New York Times, o Francês Le Monde, e que está nas redes de TV Americana, CBS, CNN, e outros meios de comunicação de diversos países, fala que enquanto o país gastava bilhões de dólares, com a Copa do Mundo e com as Olimpíadas, o Museu Nacional definhava por falta de investimentos.

É uma pena. Porém, verdade seja dita, em plena campanha eleitoral, alguém já viu algum candidato a Presidente ou Governador, falar sobre Cultura? Ou mesmo sobre Ciências? Eu não vi. Esse tema não dá votos. Nem entra no radar de milhões de eleitores. Por isso, essa gente brega que pleiteia o poder, prefere discutir descriminalizar o uso de armas de fogo. Para eles, cada um com seu revólver, e se alguém lhe aporrinhar, é só apertar o gatinho e pronto: está resolvido o problema da violência.

Eu não me importo em ser simpático ou antipático. Nem que desfaçam amizade, no Facebook ou na vida real. Mas não consigo ficar quieto, sem dizer que nem tudo o que acontece no Brasil é responsabilidade da classe política. É nossa. Me incluo também. Primeiro por preferirmos destilar veneno, comemorando a desgraça dos nossos adversários, do que melhorarmos como seres humanos. Nossa ruindade chega ao ponto de acharmos que a solução para a violência são mais mortes. E quando escrevemos em defesa dos Direitos Humanos, algum imbecil posta pra levarmos um bandido pra dentro da nossa casa (que estupidez).

Pior do que o Museu queimar. Pior do que 20 milhões de itens estarem perdidos para sempre. Pior do que algumas das minhas mais maravilhosas lembranças da infância e início da adolescência terem pegado fogo, é não conseguir mais acreditar que o Brasil se torne uma nação civilizada, enquanto eu for vivo.

Como escreveu Roberto Campos: “No Brasil, a burrice tem um passado glorioso e um futuro promissor”. Nunca vi plantar abacate e colher abacaxi, nem vice-versa. No caminhar que vamos, estamos longe de chegar ao fundo do poço. O incêndio do Museu é um ótimo símbolo da ignomínia que tomou conta dos brasileiros.

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