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quarta-feira, 11 de setembro de 2019

RESPEITO AOS 11 DE SETEMBRO - Texto: Ronald Thompson

Hoje, 11 de setembro, completamos 11 anos do atentado contra o World Trade Center (em 2019 são 18 anos desde esse infame dia), um dos atos mais covardes perpetrados contra uma população civil. Comparação histórica pode ser feita com o bombardeio da cidade espanhola de Guernica, no ano de 1937, quando nazistas e fascistas uniram forças e massacraram milhares de inocentes. O azedume que habita a alma humana está retratado no quadro do pintor Pablo Picasso, que ficou famoso mundialmente e leva o nome da cidade.
A Tela Guernica do pintor Pablo Picasso
É inacreditável saber que existem pessoas que justificam o ataque ao WTC, dizendo que ‘os americanos merecem’. Merecem por quê? Por ser o primeiro país do mundo, cujo povo derrubou um Império (britânico) e escreveu sua própria Constituição? Por ser a nação cujo principal monumento, a Estátua da Liberdade, traz escrito:
- Dai-me os seus fatigados, os seus pobres, as suas massas encurraladas ansiosas por respirar liberdade. O miserável refugo das suas costas apinhadas. Mandai-me os sem abrigo, os arremessados pelas tempestades, Pois eu ergo o meu farol junto ao portal dourado.

E esses miseráveis, famintos, perseguidos e desabrigados, em duas ou três gerações transformarem completamente a própria situação, passando a ser a classe dominante, criando o exemplo do self made man (o homem que vence pelo próprio esforço)? Ou será por ser o país que mais produziu ciência, tecnologia, artes, medicina e talentos em todos os campos, para o mundo, DURANTE TODA HISTÓRIA HUMANA?

Se George W. Bush demonizou a América com sua cretinice e barbárie, Ann Dunhan, jovem branca, nascida no Kansas, Estado rural dos Estados Unidos, casou-se com um africano, no pior momento da segregação racial, quando em muitos Estados tal união era inclusive crime, previsto na legislação penal. Hoje, o filho nascido dessa união, chama-se Barack Obama e governa o País. Isto não é admirável?

É triste ver pessoas aplaudirem os radicais islâmicos, que envergonham a própria religião, cuja filosofia é notadamente pacífica, só por serem antiamericanos. Justificar o ataque às torres gêmeas é tão estúpido, quanto justificar o holocausto.

Nova Iorque é a cidade símbolo do que há de melhor na cultura humana. Lá estão os melhores teatros, as maiores bibliotecas, os museus, as principais salas de música, de cinema, os restaurantes e principalmente a rebeldia, contida em versos geniais, como os de Walt Whitman: EU SOU O SENHOR DO MEU NAVIO; O MESTRE DO MEU DESTINO.

Por isso, naquela manhã do dia 11 de setembro de 2001, assisti horrorizado pela TV, o choque dos aviões contra o World Trade Center. Senti profunda tristeza, imaginando a morte dos que foram carbonizadas ou sufocadas pelo fogo, a fumaça e o ódio de uma ideologia.

Em nome da liberdade, vamos respeitar essa memória, ao invés de atacar uma nação, sem conhecermos sua história, só por ser simpático falar mal dos Estados Unidos.
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