Hoje, 11 de
setembro, completamos 11 anos do atentado contra o World Trade Center (em 2019
são 18 anos desde esse infame dia), um dos atos mais covardes perpetrados
contra uma população civil. Comparação histórica pode ser feita com o
bombardeio da cidade espanhola de Guernica, no ano de 1937, quando nazistas e
fascistas uniram forças e massacraram milhares de inocentes. O azedume que
habita a alma humana está retratado no quadro do
pintor Pablo Picasso, que ficou famoso mundialmente e leva o nome da cidade.
A Tela Guernica do pintor Pablo Picasso |
É inacreditável saber que existem
pessoas que justificam o ataque ao WTC, dizendo que ‘os americanos merecem’.
Merecem por quê? Por ser o primeiro país do mundo, cujo povo derrubou um
Império (britânico) e escreveu sua própria Constituição? Por ser a nação cujo
principal monumento, a Estátua da Liberdade, traz escrito:
- Dai-me os seus fatigados, os seus
pobres, as suas massas encurraladas ansiosas por respirar liberdade. O
miserável refugo das suas costas apinhadas. Mandai-me os sem abrigo, os
arremessados pelas tempestades, Pois eu ergo o meu farol junto ao portal
dourado.
E esses miseráveis, famintos,
perseguidos e desabrigados, em duas ou três gerações transformarem
completamente a própria situação, passando a ser a classe dominante, criando o
exemplo do self made man (o homem que vence pelo próprio esforço)? Ou será por
ser o país que mais produziu ciência, tecnologia, artes, medicina e talentos em
todos os campos, para o mundo, DURANTE TODA HISTÓRIA HUMANA?
Se George W. Bush demonizou a América
com sua cretinice e barbárie, Ann Dunhan, jovem branca, nascida no Kansas,
Estado rural dos Estados Unidos, casou-se
com um africano, no pior momento da segregação racial, quando em muitos
Estados tal união era inclusive crime, previsto na legislação penal. Hoje, o
filho nascido dessa união, chama-se Barack Obama e governa o País. Isto não é admirável?
É triste ver pessoas aplaudirem os
radicais islâmicos, que envergonham a própria religião, cuja filosofia é
notadamente pacífica, só por serem antiamericanos. Justificar o ataque às
torres gêmeas é tão estúpido, quanto justificar o holocausto.
Nova Iorque é a cidade símbolo do que
há de melhor na cultura humana. Lá estão os melhores teatros, as maiores
bibliotecas, os museus, as principais salas de música, de cinema, os
restaurantes e principalmente a rebeldia, contida em versos geniais, como os de
Walt Whitman: EU SOU O SENHOR DO MEU NAVIO; O MESTRE DO MEU DESTINO.
Por isso, naquela manhã do dia 11 de
setembro de 2001, assisti horrorizado pela TV, o choque dos aviões contra o
World Trade Center. Senti profunda tristeza, imaginando a morte dos que foram
carbonizadas ou sufocadas pelo fogo, a fumaça e o ódio de uma ideologia.
Em nome da liberdade, vamos
respeitar essa memória, ao invés de atacar uma nação, sem conhecermos sua
história, só por ser simpático falar mal dos Estados Unidos.
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