Poucas são as
lembranças de meu pai, pois quando faleceu, em dezembro de 1971, aos 42 anos, eu
tinha 8 anos de idade. Dentre minhas memórias, me recordo da exposição de
Cordeiro do ano de 1971, em que fui, junto ele, com minha mãe e irmã, sendo
outras narrativas abaixo também de minha mãe e irmãos.
O Advogado, Dr. Luis Cláudio, com a esposa Tathiana Magalhães, e os filhos José Sabino Caettete Silva Netto e Pedro Elias Magalhães Cattete |
Lembro-me que ele tinha um fusca verde
água, e, na época da copa do mundo de 1970, enfeitou todo o carro com durex,
para festejar a vitória do tricampeonato do Brasil, na carreata que ocorreu em Itaocara.
No dia de seu falecimento, sem nada
saber, eu e minha irmã Sonia Maria, fomos para Fazenda Amizade, de propriedade
do Senhor Mimo (Guilherme) Erthal e Mariazinha Teixeira, de onde, viemos para
Itaocara na parte da tarde, quando de surpresa recebemos a notícia na casa de
amigos do meu avô materno, que na época residia em Teresópolis.
Naquele momento só o que quis fazer
foi ver meu pai, que estava sendo velado na casa onde residia na Praça Rui
Barbosa. Lembro-me de ter pedido alguém para me levantar para que pudesse vê-lo
pela última vez dentro do caixão em que estava, e, após, fiquei sentado por
algum tempo embaixo divagando e sem saber o que eu faria.
Minha mãe sempre nos disse que meu pai
custeou parte final da construção do Colégio João Brasil, pertencente ao CNEC,
onde passou a ser Professor e Diretor.
Desenvolveu diversas atividades no meio
rural, auxiliando os produtores, implementando avanços para aumentar a produção.
Minha família agradece de forma
fraterna a homenagem prestada pelo professor Hêner Nara, quando de sua posse,
na Academia Itaocarense de Letras, cujo panegírico
(elogio
acadêmico) foi feito por ele em referência ao meu pai, já que passou a ocupar a
cadeira que leva o nome de José Sabino Catete Silva.
Dr. José Sabino com a irmã Aparecida |
Meu pai era visionário. Sempre acreditou
nas novas tecnologias e aplicação de técnicas modernas na produção rural,
principalmente na produção de leite. Além de promover de forma técnica, a
criação de cavalos mangalarga marchador, auxiliando seu pai Altevo, na Fazenda
Cachoeira Alegre. Também foi julgador da raça, em algumas Exposições Agropecuárias
da região.
Uma coisa interessante fez com que meu
pai mantivesse um especial carinho pelo terceiro filho, uma característica
genética comum: dois dedos de cada pé são colados até a metade, por tal motivo,
por conta da descendência genética, era motivo de tal carinho.
Além de ser veterinário, era
professor, foi Diretor do Colégio João Brasil, funcionário da PLAMAN, atualmente
Ministério da Agricultura. Além de ser Tenente da Reserva do Exército, local
onde o tornou extremamente disciplinado e disciplinador. UM PATRIÓTA EXEMPLAR,
tendo também muitas atitudes enérgicas. Porém, sempre foi uma pessoa de um
grande coração, socorrendo aqueles que dele necessitassem. Muitas vezes se
oferecendo para ajudar.
Pessoa “gozadora” gostava de brincar
com os amigos, mas jamais gostou de perder uma partida de “buraco”. Torcedor
roxo do Fluminense. Sempre buscou ser correto e honesto, com suas obrigações. Sempre
cobrou isto de sua família. Sempre foi bom pai, empreendedor, visionário, caridoso,
que deixa muitas saudades, onde quer que esteja.
Hoje meu coração se alegra, pois
quando se lembram de José Sabino, sempre destacam suas qualidades, me dizem o
quanto era grandioso, como ser humano. Tenho orgulho de contar aos meus filhos,
que o avô deles, é uma das pessoas mais queridas, que habitaram a nossa Aldeia
da Pedra, ajudando a construir a história, de 129 anos de Itaocara.
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