3G,
4G, 4.5G, 5G…
Existem muitas siglas por trás da internet que você usa no seu celular. Além
das tradicionais redes 2G, 3G e 4G, surgiram nos últimos tempos as siglas
de 4,5G e já começamos a falar bastante
sobre 5G. Cada geração representa avanços em alguma característica; aprenda as
diferenças de cada uma delas.
O 3G foi a primeira tecnologia celular que nasceu para levar internet rápida para os celulares. No seu primeiro padrão (WCDMA), a velocidade máxima teórica era de 384 kbits por segundo. Parece pouco, mas entenda que a primeira rede surgiu em 2002, onde a banda larga fixa mal chegava na casa dos megabits. Outra grande aposta do 3G eram as videochamadas via rede celular, mas o serviço não se popularizou.
A situação melhorou com a chegada do padrão HSDPA, com velocidades máximas teóricas de 3,6 Mb/s e 7,2 Mb/s. As Alguns países chamam o HSDPA de 3,5G. Quando as operadoras começaram a construir suas redes 3G no Brasil, o padrão adotado já era o HSDPA. Com o tempo, as operadoras brasileiras adotaram o HSPA+, que atinge velocidades máximas teóricas de até 42 Mb/s dependendo da construção da rede.
O 3G foi (e ainda é) muito importante para democratizar o acesso à internet no Brasil. Por se tratar de uma rede móvel, um modem 3G foi a salvação para pessoas que moravam onde não há presença de banda larga fixa. A tecnologia está presente em mais de 5 mil municípios brasileiros.
O que é 4G ou LTE?
A rede 4G já é conhecida por mais da metade dos celulares brasileiros e está presente em mais de três mil cidades. Através da tecnologia LTE, ela permite tráfego de dados em velocidades superiores a de redes 2G e 3G, bem como maior eficiência de espectro (mais dispositivos conectados sem prejudicar a rede) e latência significativamente mais baixa que nas gerações anteriores.
É importante ressaltar que, no Brasil, 4G é sinônimo de LTE. Nos Estados Unidos, as operadoras optaram por utilizar o nome 4G para designar redes HSPA+, que no Brasil são conhecidas como 3G+ ou 3G Plus. Por lá, o nosso 4G é chamado de 4G LTE. Ou seja, aqui 4G e LTE são a mesma coisa — a diferença se dá fora do país.
O que é 4.5G?
O 4.5G nada mais é do que o 4G+ em suas melhores condições. O nome 4.5G é um nome comercial para a tecnologia LTE-Advanced-Pro, utilizado para diferenciar o 4G tradicional da versão com o melhor cenário.
No Brasil, quem atualmente utiliza essa nomenclatura é a Claro. única operadora com suporte a LTE-Advanced-Pro. A tecnologia permite maior velocidade de acesso à internet, que pode ultrapassar centenas de megabits por segundo. Para a operadora, o 4.5G representa três características técnicas na rede:
* Agregação de portadora: combinar três diferentes faixas de frequência, chegando ao mínimo de 30 MHz de espectro;
* MIMO 4×4: a tecnologia MIMO significa “multiple-input multiple-output”, ou seja, múltiplas entradas e múltiplas saídas. O recurso permite que a comunicação entre o dispositivo do cliente e operadora seja feita utilizando 4 antenas de transmissão e outras 4 antenas de recepção;
* Modulação 256QAM: esquema de modulação que permite maior eficiência espectral, transmitindo mais bits de dados a cada tempo. Permite que os dispositivos conectados transmitam um volume muito maior de dados simultaneamente.
É importante lembrar que a cobertura em 4.5G não está presente em todos os lugares onde o 4G existe. Além disso, são pouquíssimos os dispositivos compatíveis com 4.5G; quando o aparelho não é compatível, utiliza o 4G convencional ou 4G+. A cobertura em 4,5G é restrita a poucas cidades.
O que é 5G?
O 4G e suas variantes já permitem velocidades incríveis para acesso à internet móvel, desde que as operadoras façam seu próprio trabalho. Sendo assim, não faz sentido nesse momento criar uma tecnologia para melhorar a internet do celular, e o 5G tem um foco diferente das últimas evoluções.
A tecnologia traz maiores velocidades (acima de 10 gigabits por segundo), permite maior número de dispositivos conectados (um milhão de devices a cada quilômetro quadrado) e menor latência. A rede também permite diferenciar aplicações por camada, permitindo priorizar aplicações críticas (cirurgias remotas, por exemplo) dentro do fluxo de dados.
O 5G ainda está distante da realidade, sobretudo dos brasileiros: a tecnologia só foi padronizada em dezembro de 2017 e as primeiras aplicações com a tecnologia devem surgir a partir de 2022.
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