Ronald Thompson: “como dói saber da perda de um amigo/irmão. Faleceu o médico Dr. Adalberto Caveari Albino”

Eu sou uma pessoa de muita sorte. Conheci em vida um ser humano ILUMINADO. De generosidade ímpar. Com este amigo, passei alguns dos momentos mais divertidos e engraçados. Estou falando do médico miracemense, que deve ter atendido muitos dos que leem agora esse panegírico: Dr. Adalberto Caveari Albino. Acabo de receber a notícia de seu falecimento. Segundo li no Facebook do jornal Dois Estados, ele estava em Natal, no Rio Grande do Norte, quando sofreu um infarto.

Tiramos essa foto juntos, faz muitos anos. Adalberto veio a Itaocara, me mostrar a Harley-Davidson, que havia acabado de chegar dos EUA, para ele, que era aficionado em motocicletas, tendo realizado diversos passeios pelo Brasil e exterior

Adalberto era a pessoa menos materialista que conheci. Literalmente, a casa dele, era a casa de quem precisava de um lugar para ficar e dormir. Incontáveis foram às vezes, que fui visita-lo, e lá estavam quantidade infinita de familiares e amigos.

O bom humor do Adalberto alegrava qualquer pessoa. Tinha sempre uma piada, uma história que divertia. Adorava implicar, zoar, brincar. Caia na gargalhada. Fazia todos ficarem com a barriga doendo de rir.

Como médico era profissional dos mais competentes do Brasil. Durante toda existência, incontáveis foram os congressos, simpósios, seminários, no Brasil e no exterior, ao qual participou. Eu estava junto com ele, no dia em que comprou o local que se tornaria sua clínica em Alcântara. Um lugar sombrio que ele transformou num enorme prédio, onde trabalhavam atualmente mais de uma dezena de médicos, fazendo exames e dando consultas. Onde são atendidas milhares de pessoas anualmente.

Dr. Adalberto era dos mais respeitados ortopedistas do Brasil

Ao longo do tempo, conheci diversos de seus pacientes. Um me contou à história que tinha ido até ele, levando o filho, para que amputasse a perna. E o Adalberto virou a noite estudando e ligando para colegas. No dia seguinte, resolveu tentar um tratamento, antes da amputação. No final do dia, já havia resultados e alguns dias depois, o menino recebeu alta, indo para casa, sem perder a perna.

Há poucas semanas liguei para ele. Queria saber como estava. No ano passado, teve COVID 19. Recuperou-se. Mas teve outro problema médico e foi internado novamente. Porém, já recuperado, me disse que no dia seguinte planejava ir até Búzios, com sua esposa Gláucia, passar o final de semana. Riu um pouco. Como sempre, contou uma piada e nós desligamos. Nunca poderia imaginar, que naquele dia, estava falando com meu amigo / irmão, pela última vez.

A esposa Gláucia, os filhos Beto, Tony e Glauciane, aos netos, irmãos e a legião de amigos, manifesto o meu pesar e a imensa tristeza de toda minha família. Aqui em casa, nossos corações estão partidos.