Dr. Alexandre e Maria Cecília prestam homenagem no dia que completa Um Ano do falecimento do Dr. Cristiano

Dr. Cristiano era um dos melhores profissionais de medicina de toda região. Ao mesmo tempo, um ser humano ímpar, que tratava a cada paciente, com total amor e dedicação. Leiam abaixo, o que nos contam o cunhado, Dr. Alexandre, e a irmã, Maria Cecília, nessa data que lembramos um ano sem esse ser humano insubstituível.

Dr. Cristiano num momento que a família guarda para sempre

Dr. Alexandre: "perdi um irmão, um cunhado, um sócio e um amigo Insubstituível"

Nova Voz ONLINE – Como era a parceria entre o senhor e o Dr. Cristiano, na Cardiologia na Casa de Saúde?

Dr. Alexandre - Falar do Cristiano como medico é muito fácil, pois além de ser muito competente no que fazia, ele tinha uma dedicação especial a todos seus pacientes. Por ser muito prestativo, simples e humano tinha um carinho especial dos pacientes com ele.

Nova Voz ONLINE - Ele era um médico muito dedicado. Procurava sempre estar se aprimorando. Como o senhor disse, principalmente, tinha muito carinho pelos pacientes. Essas são características que podemos guardar do Dr. Cristiano?

Dr. Alexandre – Correto. O Cristiano busca ao máximo se aprimorar, com cursos e reciclagem, na área da cardiologia e exames vasculares. Por isso, tornou-se um dos maiores especialistas no diagnóstico vascular da região.

O trabalho do Dr. Cristiano o tornou um dos cardiologistas mais conceituados de toda região, fruto do continuo esforço de aperfeiçoamento e do carinho com os pacientes

Nova Voz ONLINE – E no dia a dia? Como ele era?

Dr. Alexandre – Como amigo e cunhado, se tornou um irmão que a vida me deu. Sempre fomos parceiros em tudo, sem competição, querendo sempre o melhor para nosso serviço e com muita dedicação aos nossos pacientes.

Nova Voz ONLINE – Neste dia 09, completa um ano, sem o Dr. Cristiano. Que falta ele faz na cardiologia da Casa de Saúde João XXIII?

Dr. Alexandre – Hoje, na Casa de Saúde, especialmente na Cardiologia, sentimos muito sua falta. Tivemos que nos adaptar a sua ausência e sua amizade que sempre será lembrado por todos nós. Não dá para descrever em palavras nossos sentimentos. De todos os médicos, dos Enfermeiros, dos Auxiliares, do pessoal de atendimento, do pessoal administrativo. Todos sentimos imensa falta do Cristiano.

Maria Cecília: "a perda do Cristiano abalou toda família, mas a fé em Deus nos faz continuar"

Nova Voz ONLINE – Imagino que 2020 tenha sido um dos anos mais difíceis que já enfrentou. Teve seu marido, Dr. Alexandre, por várias semanas internado, em estado grave, e perdeu o irmão, vítima da mesma enfermidade. Como foi suportar todo este período, tendo que dar apoio ao seu pai, a sua mãe, aos seus filhos, aos sobrinhos?

Maria Cecília - Me senti numa verdadeira guerra. Separei os que estavam contaminados dos que não estavam contaminados. Procurei dar apoio a todo mundo. Eu que tinha comorbidade maior, por ter problema respiratório, não me contaminei.

Maria Cecília, Pedro Afonso e Cristiano

Nova Voz ONLINE – Você conta e nós imaginamos a sua dor.

Maria Cecília – Ao mesmo tempo foi um período de muita fé. Foi um período que, sem Deus, eu não teria conseguido nada. Deus foi meu suporte. Contei com vários apoios de amigos. Quero aproveitar e agradecer ao Doutor Fábio Gomes e a Danusa; Doutor João Gabriel Daher e sua esposa; a equipe do hospital Copa Star, que foi maravilhosa, como amigos muito próximos, sempre perguntando se eu queria alguma coisa.

Nova Voz ONLINE – Realmente ter esse apoio, nesse momento, deve ter sido muito importante.

Maria Cecília – Esses anjos foram essenciais na minha vida para que eu pudesse passar essa etapa. Deus coloca as pessoas certas, nos momentos certos. Eu perdi meu irmão e isso foi uma perda irreparável, mas com fé a gente supera tudo.

Nova Voz ONLINE – Pode contar alguma particularidade do Dr. Cristiano em família? Alguma coisa que tenha marcado a história de vocês, como irmãos?

Maria Cecília – Muito difícil falar do meu irmão. Ser humano tão especial e querido, sem me emocionar. Ele era um irmão, ele era meu pai, meu amigo, meu confidente; era uma pessoa insubstituível na minha vida. Era padrinho dos meus dois filhos e eu era madrinha do único filho dele. A gente tinha uma ligação de almas muito grande. Ele era meu braço esquerdo, meu braço direito e até hoje eu não imagino a minha vida sem ele. Mas eu aceito o que Deus me mandou. Eu tenho certeza que a missão dele acabou e a única coisa que eu peço pra Deus é para que eu possa reencontra-lo, porque ele é um pedaço de mim, do meu coração, da minha história e uma pessoa insubstituível na minha vida.

Os irmãos Cecília, João Ricardo e Cristiano

Nova Voz ONLINE – Sei que a pergunta nem deveria ser feita, mas você sabe que seu pai é uma pessoa Hiper querida pelos itaocarenses. Como ele está? Como sua mãe está?

Maria Cecília – Meu pai e minha mãe são pessoas de muita fé. Mas perder um filho, especialmente um filho como era o meu irmão, é uma perda dura, irreparável e insubstituível. Ele era a continuidade do meu pai, na medicina. Era um exemplo de pai, de filho, de irmão.

Nova Voz ONLINE – Dá para imaginar.

Maria Cecília – Meu pai adoeceu nesse último ano. Perdeu a vontade de continuar a vida, mesmo com o todo o amor e um avô excelente e um pai magnífico a dor é irreparável e imensurável. Minha mãe também teve problemas de saúde sérios. Mas eles estão superando com muita fé e muita aceitação na vontade de Deus. Deus sabe todas as coisas e cabe aceitar e acabar a nossa missão na Terra, que nos foi dada por ele. Mas o amor nunca acaba. Ele é infinito. A saudade aumenta, e a fé é oque nos mantém em pé.

Nova Voz ONLINE – E o Pedro Afonso, filho do Dr. Cristiano, como ele está?

Maria Cecília – O Cristiano cumpriu a missão dele como pai com o Pedro Afonso. Era um pai maravilhoso. Criou o filho com a ajuda dos meus pais, com a minha ajuda. Desde os 11 anos o Pedro veio morar conosco. Quando ele faleceu, o Pedro tinha 19 anos. Durante todo esse tempo, o Cristiano se dedicou integralmente ao filho. O Pedro amadureceu muito nesse tempo. É um menino guerreiro, exemplar. Sempre foi meu filho também, meu afilhado. Está muito bem. Continuando a medicina. Agora entrando no sétimo período. É um menino com muita fé em Deus. Ele segue o exemplo do pai, do avô. O amor que ele tem pelo pai nunca acabará, e o bom exemplo, o modelo, ficará para sempre no coração de todos nós. O Pedro está se tornando um grande homem. Tenho certeza que meu irmão, onde quer que esteja, tem com muito orgulho dele.

Cristiano com o filho Pedro Afonso

Nova Voz ONLINE - Qual Reflexão faria aos leitores, para marcar a data de um ano do falecimento do Dr. Cristiano?

Maria Cecília - A vida é um sopro. Estamos num barco. E quem nos leva, quem nos orienta, é Deus. Meu irmão deixou um exemplo muito grande de caráter, de amor ao próximo, de profissionalismo e todos nós devemos seguir os exemplos dele. Um homem cristão, um homem do bem, sempre procurando o melhor ao próximo, um grande pai, um grande homem que se contaminou enquanto estava trabalhando e curando o próximo. Então foi vontade de Deus. Aconteceu o que Deus determinou e sua vida chegou ao final, conforme ele determinou. Então, vivamos nossas vidas com bastante paz, fé e muito amor ao próximo.

Eu, Ronald Thompson, continua vivo hoje, graças ao cuidado médico que meu amigo, Dr. Cristiano, dedicou a minha vida, no ano de 2020.

Em março, quando tive uma crise de hipertensão, ele veio num domingo, no horário das 13:30 horas de Pádua e abriu a Cardiologia só para me atender. A partir dali, foram quatro meses de consultas duas vezes por semana. Exames.

Ele ligava para minha casa, para saber como eu estava. Nunca tive plano de saúde. E nunca paguei qualquer consulta ou exame. E o ano passado foi só uma das vezes, pois durante todos os anos que foi médico, Dr. Cristiano me atendeu e atendeu minha família, com máximo carinho e zelo, sem jamais cobrar um único centavo. O interesse era apenas a amizade. E a amizade que ele sabia que seu pai sempre teve comigo e minha família, que continuou nele (e com o Dr. Alexandre).

A notícia do falecimento do Cristiano me quebrou por dentro. Só retornei a Cardiologia em Janeiro de 2021, para tentar encontrar o Dr. Alexandre, saber com ele estava. Mas não consegui ficar. Uma emoção tomou conta de mim e chorei copiosamente. Fui embora e não mais consegui voltar.

Ao meu amigo, que sempre foi um Pai para mim, Dr. Nelson, segue um abraço muito apertado. Queria ter palavras para consolá-lo. Sei que elas não existem. Enquanto esteve aqui, especialmente após seu amadurecimento, o Dr. Cristiano cada dia era mais parecido com o senhor. Dedicou a cada paciente o melhor que podia, além de muito amor e carinho.

Segue aqui de casa, meu, da Cristiane e da Giovanna, um forte e fraterno abraço.