A historia do
médico, Dr. Nelson Freitas Rodrigues, poderia ser uma Ode a Fazer o Bem. Numa
época em que tudo não passa de status e consumo, ele continua praticando a
medicina, atendendo com carinho aos pacientes, buscando fazer o máximo pelo
próximo, dentro do serviço público. Leia abaixo um pouco sobre a vida deste
grande homem, que ajudou a escrever com a própria vida, a história do nosso
município.
Dr. Nelson e Dona Maria Márcia com os filhos, genro, noras e netos
|
Nova Voz ONLINE – Quais são suas
principais lembranças da infância?
Dr. Nelson – Eu nasci
filho de médico. Naquela época, os hospitais não tinham nenhuma estrutura.
Então, a casa dos médicos eram as emergências. Desde tenra infância via meu pai
atendendo as pessoas, sempre com máxima dedicação, em qualquer hora do dia ou
da noite.
Nova Voz ONLINE – Quais eram os
atendimentos mais comuns?
Dr. Nelson – Literalmente
tudo. Desde os acidentes mais diversos, fraturas, ferimentos e queimaduras, aos
casos clínicos e cirúrgicos urgentes, até mulheres em trabalho de parto ou de
abortamento. Não havia pediatras e outras especialidades. Todos iam até minha
casa procurar socorro.
Nova Voz ONLINE – Isso influenciou
o senhor na escolha da profissão?
Dr. Nelson – Com absoluta
certeza. Ver meu pai ajudando as pessoas com problemas me fez perceber a
nobreza da medicina. Além disso, a família é de médicos. Três tios do meu pai
foram médicos. Um deles, Julio Ollivier, tem um busto em praça púbica em Macaé,
em honra ao trabalho que prestou naquele município. Outro tio se chamava
Nelson, a quem meu pai homenageou me dando o seu nome.
Nova Voz ONLINE– Dos tempos da
faculdade, quais as principais lembranças?
Dr. Nelson – Quando tinha 15
anos, mudei-me para o Rio de Janeiro para cursar o 2° Grau. Prestei depois
vestibular e fui aprovado para a antiga Faculdade Nacional de Medicina da
Universidade do Brasil, hoje chamada Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ) ou Fundão, como é popularmente conhecida.
Nova Voz ONLINE - Isto em que ano?
Dr. Nelson - Entre 1961 e
1966. Desde o terceiro ano comecei a cursar a especialidade de cardiologia, na
época dirigida por um dos vultos da nossa medicina, o Professor Magalhães
Gomes. Além da especialidade, fiz clínica médica, passei pelos setores de
urgências e emergências. Fiz 400 horas de sala de parto. Frequentei o
ambulatório de traumatologia e estudei um ano e meio de psiquiatria. Enfim, os
médicos recebiam uma formação geral realmente completa.
Nova Voz
ONLINE – Tem alguma lembrança especial desse período?
Volta para o
Interior
Nova Voz On Line – Como se dá sua
vinda para Itaocara?
Um dos mais queridos itaocarenses da nossa história, Dr. Nelson Freitas Rodrigues, curtindo a netinha Lara, num momento de grande alegria
Dr. Nelson – É verdade
(risos). Nesse carro diversas vezes sai com o Idemar, para visitar os
pacientes. Um dos primeiros foi o senhor Elpídio Domingues do Santos, pai do
João do Elpídio, lá do Papagaio. Durante muitos anos ele foi meu paciente e meu
amigo. Graças ao Idemar. O meu querido amigo, Monsenhor Saraiva, foi a primeira
pessoa a quem atendi em
Itaocara. Então os laços de amizade
são inúmeros
Nova Voz ONLINE – E as lembranças deste
período?
Dr. Nelson – No dia em que vim pela
primeira vez trabalhar como médico, na porta do hospital, me esperando estavam
dois ilustres itaocarenses: Soter Lannes e Florentino Peçanha. Depois tive o
privilégio de receber as boas vindas de um gigante da terra, o Idemar
Figueiredo. Destes apenas o Idemar está ainda entre nós. Farmacêuticos de que
me recordo, cito o Otílio Pontes, o Waltair, o Joaquim de Portela, mas com
farmácia em Itaocara, o Paulo Brito, o Manoel Melo de Jaguarembé, o Hernandez
de Laranjais, todos bons amigos.
Nova Voz ONLINE – Alias foi mais ou menos nesse
período que o Idemar começou com a farmácia, não é mesmo?
Dr. Nelson – Isso. Durante anos ele foi um
baluarte no atendimento ao povo de Itaocara. Naqueles tempos, primeiro se ia ao
farmacêutico. Só depois se procurava os médicos. O Idemar teve papel
fundamental na saúde do município. Inteligente e caridoso socorria as pessoas
com o seu conhecimento e até com medicamentos, que comumente o paciente não
podia pagar. Não havia o SUS. Somente consultas precárias no Posto de Saúde do
Estado. Homens como o Idemar faziam a diferença, ajudavam, socorriam e traziam
ao médico todos os tipos de pacientes.
Nova Voz ONLINE – Ouvimos que certo
fusca verde do senhor ficou famoso pelos atendimentos nas casas dos
itaocarenses.
Amor de Infância
Nova Voz On Line – Como surgiu a
Dona Maria Márcia em sua vida?
Dr. Nelson – Há coisas que são
muito especiais. Não lembro exatamente à primeira vez que vi a Maria Márcia.
Nossas famílias eram amigas. Crescemos juntos. Fomos colegas de curso primário
e depois no ginasial, no Colégio de Pádua. Lógico que não poderia imaginar que
me casaria com ela e constituiria a família que criamos juntos, durante todos estes
anos. Mas desde aquela época, os colegas diziam que ela era minha namorada.
Para minha felicidade, isso um dia tornou-se verdade.
Dr. Nelson e Dona Maria Márcia: uma linda história de amor
|
Nova Voz ONLINE – Mas quanto tempo demorou até
começarem a namorar?
Dr. Nelson – Aos 15 anos fui para o Rio
estudar. Fazer o segundo grau. Era o mês de março. Voltei somente em
julho. Nesse retorno, propus a ela
que começássemos a namorar. Ela aceitou e até hoje é minha namorada. O amor da
minha vida. Na época eu tinha 15 anos e a Maria Márcia 14. Nós nos casamos
quando eu estava fazendo residência médica.
Nova Voz ONLINE – Desse casamento surgem três
filhos.
Dr. Nelson – O mais velho, o João Ricardo
que é engenheiro civil e recém-aprovado para fazer o curso de mestrado na UFF.
Atualmente trabalha numa firma especializada em controle de qualidade. Depois o
Cristiano, que é médico, sócio da Casa de Saúde, pós-graduado em Cardiologia e
especialista em ecocardiograma e Doppler vascular. E a Maria Cecília, minha
querida filha, que é dentista. Sempre foi inteligente, dedicada e extremamente
afetuosa. Não posso me esquecer dos meus netos, João Pedro e Pedro Afonso. O
primeiro com oito anos e o segundo com nove, que junto com a minha esposa, são
os tesouros de minha vida.
A Casa de Saúde
Nova Voz ONLINE – Como surgiu a ideia de criar
a Casa de Saúde?
Dr. Nelson – O hospital em 1966 tinha
péssimas condições de atendimento. A primeira grande obra desse nosocômio foi
realizada graças a outro grande itaocarense, o Dr. Humberto Soeiro de Carvalho,
quando era Secretário Chefe da Casa Civil do Governador Jeremias de Marcos
Fontes. Ele é o responsável pela construção da nova ala que fica entre o prédio
inicial e o Centro Espírita.
Dr. Nelson - Quando fui o Provedor do
Hospital, tive o prazer de conseguir construir, com recursos próprios da
Associação, um prédio de três pavimentos, onde estão cinco consultórios no
pavimento térreo e no segundo andar, salas com aparelhos de raios-X, e deixei reservadas
salas pensando na futura instalação de uma tomografia, de um ecodoppler com
diversos recursos para ultrassonografia. Este foi por mim adquirido, em
2004/2005. Ou seja, a instalação de um centro de imagens médicas. E ainda o
terceiro andar, com um grande salão de reuniões.
Nova Voz ONLINE – E a Casa de Saúde?
Dr. Nelson – No início dos anos 70,
tínhamos grande parte dos atendimentos feitos pelo FUNRURAL e o INSS, que eram
atendidos no Hospital de Itaocara. Surgiu então a UNIMED, que era um seguro de
saúde voltado para um público que queria conforto na hora de ficar internado.
No Hospital não possuíamos isso, nem tínhamos condições de criar.
Nova Voz ONLINE – Quem são os primeiros sócios?
Dr. Nelson - Dr. Jarbas Ollivier Rodrigues
(meu pai), Dr. Geomar Alves da Cunha, Dr. Álvaro Pinheiro, Dr. Carlos Magno
Daher e eu próprio. Durante cinco anos, de muito esforço, com verba totalmente
particular, sem nenhum fundo público, construímos um prédio com 1.500
metros quadrados em dois
pavimentos. Lembro que certa vez uma pessoa, não por maldade, mas quando viu a
extensão da fundação, virou-se para nós (sócios) e nos disse: “meus amigos
vocês estão loucos, não vão conseguir levar isso até o fim”. Mas graças a Deus
e o firme propósito que tínhamos, conseguimos concluir nosso empreendimento. No
dia da fundação, este amigo estava lá, nos dando os parabéns e recebendo nosso
carinho.
Dona Maria José
Nova Voz ONLINE – Sua mãe é uma das pessoas
mais reconhecidas na região, por suas obras de caridade. Que lembranças o
senhor traz da Dona Maria José?
Dr. Nelson – Minha mãe nasceu na
Conceição, em
Itaocara. O pai dela (meu avô) era
português de nascimento. Chamava-se João Gonçalves de Freitas. Minha avó
chamava-se Maria e era da família Souza Coelho, que em Itaocara todos conhecem
como Cabuqueiro. Meu tio, Pedro de Souza Coelho, fez muito por Itaocara. Minha
mãe falava sempre dele com orgulho.
Nova Voz ONLINE – Trabalhar em prol dos outros
está no DNA da família?
Dr. Nelson – Pois é. Além de ter vivido
aqueles anos, com a formação que os meus avôs lhe deram, minha mãe, professora
primária lecionando em Itaocara, casou-se, em fevereiro de 1939, com o médico
paduano, Jarbas Ollivier Rodrigues, meu pai. Este sempre atendia a todos e
nunca cobrava das pessoas carentes. Lembro-me dela recebendo os doentes que iam
até minha casa buscar socorro e muitas vezes ajudando ao meu pai.
Nova Voz ONLINE – Mesmo hoje, ela é lembrada
com carinho pelos paduanos.
Dr. Nelson – Em função de ter essa
característica de se comover com os problemas alheios, sem jamais discriminar
situação financeira ou cor da pele, fez uma grande legião de amigos. Adotou
Pádua como sua terra, da mesma forma que Pádua a elegeu cidadã paduana.
Nova Voz ONLINE – E o senhor só ia dormir em
Pádua ... risos.
Dr. Nelson - Eu sempre residi em Pádua.
Mas, em virtude das características do meu trabalho, vivia mais dentro do
Hospital de Itaocara e da Casa de Saúde, do que em minha própria residência.
Tornei-me itaocarense por profissão (risos). Falando sério, minha mulher morava
em Pádua, junto aos seus pais, irmã e filhos. Os paduanos sempre me
distinguiram com máxima gentileza e carinho. Credito isso ao trabalho realizado
por meu pai, que foi inclusive Prefeito de Pádua, de 1954 até 1958, e por minha
mãe, pela vida de serviços prestados naquela comunidade.
Nova Voz ONLINE – Na época que seu pai era
Prefeito, sua mãe teve participação na gestão?
Dr. Nelson – Os recursos públicos que o
município recebia do Tesouro Estadual e Federal eram ínfimos. Lembro-me de
minha mãe ir procurar a Embaixada dos Estados Unidos no Rio, que era a Capital
do Brasil, para pedir ajuda para os necessitados. Ajuda que conseguiu sob a
forma de bolsas de alimentação, inexistentes na época. Iniciativa absolutamente
inédita, que creio jamais mais se repetiu. A construção do Asilo Nossa Senhora
do Carmo, em Pádua, começou na gestão do meu pai, tendo minha mãe como
precursora. Pessoa que colocou em funcionamento aquela importante obra social,
que existe até hoje.
Nova Voz ONLINE – Mesmo após seu pai deixar o
Governo, sua mãe continuou a obra do Asilo, não é mesmo?
Dr. Nelson – Exatamente. Dona Maria José
gozava de um prestígio enorme entre todos da cidade. Com afinco e dedicação ela
pediu apoio aos paduanos, que sempre confiaram nela, doando muitas coisas.
Assim conseguiu dobrar o tamanho do asilo, construindo uma segunda ala, quando
meu pai já não era Prefeito. Tenho orgulho da luta de minha mãe. Por isso o
carinho dos paduanos para com ela, que começou esse trabalho em 1954 e ficou na
direção do Asilo Nossa Senhora do Carmo até o ano de 2002, quando se afastou,
por motivos de saúde. Foram 48 anos de dedicação a nobre causa do idoso.
Saída de
Itaocara
Nova Voz ONLINE – Muita gente sente saudades do
senhor em Itaocara.
Dr. Nelson – Tenho grandes amigos neste
município. Afinal de contas, como já disse, comecei a trabalhar aqui em 1967 e
fiquei até 2005. Ou seja, foram 38 anos prestando serviços com carinho.
Nova Voz ONLINE – O que levou o senhor a sair?
Dr. Nelson – O sentimento de um dever
cumprido. Do fim de uma missão. As lembranças boas de um tempo em que não havia
saúde pública. Quando 20% dos pacientes pagavam por seus atendimentos e 80% dos
carentes, que não tinham condição de pagar nada, recebiam a caridade dos
médicos e de outras pessoas de sentimentos humanitários, que se dedicavam a
nobre causa da manutenção das Santas Casas de Misericórdia.
Nova Voz ONLINE – Era um país muito diferente
do atual.
Dr. Nelson – Sem dúvidas. Somente no início
da década de 1970, começou a surgir o INPS, que no começo somente prestava
atendimento médico hospitalar aos seus segurados contribuintes. Depois,
timidamente, o FUNRURAL passou a atender ao pessoal da lavoura. Tudo muito precário e assim os indigentes,
sem cobertura da Previdência, continuavam a existir dependentes da caridade.
Nova Voz ONLINE – Quando houve a
universalização dos atendimentos?
Dr. Nelson - Somente no início da
redemocratização houve uma universalização dos serviços de saúde, para todos os
brasileiros, o que se constituiu em um grande avanço no atendimento médico
hospitalar à população. No entanto, ainda hoje a fragilidade desse sistema pode
ser vista na mídia diariamente.
Nova Voz ONLINE – O senhor criou um forte
vínculo emocional com o Hospital de Itaocara, não é mesmo?
Dr. Nelson – Com certeza! Os problemas
financeiros envolvendo o Hospital de Itaocara me entristeceram bastante. Ali
fui Médico, Diretor-Médico e Provedor durante anos. Sempre buscando oferecer o
melhor atendimento. Criei um vinculo emocional com a Instituição. Infelizmente,
a deterioração dos valores da tabela de pagamentos, da Previdência Social,
pelos serviços médicos e hospitalares prestados, fez que os recursos
necessários e indispensáveis para manter o Hospital aberto e atendendo, se
tornassem insuficientes. Então o Hospital passou a precisar da Prefeitura para
suprir as necessidades financeiras.
Nova Voz ONLINE – Isso começou mais ou menos
quando?
Dr. Nelson – As dificuldades do
Hospital começaram principalmente na década de 90. Fomos então levando com
muito esforço, com a maioria dos médicos ficando meses sem receber, para que
pudéssemos custear as despesas básicas.
Nova Voz ONLINE – No segundo Governo do Dr.
Robério, é que o município passou a destinar uma verba mensal para o
funcionamento daquela unidade, não é mesmo?
Dr. Nelson – Exatamente. Em 1997, eleito
Dr. Robério Prefeito de Itaocara, por ele ser médico e entender a importância
do funcionamento do Hospital, encaminhou ao Legislativo, matéria propondo que a
municipalidade passasse a ajudar no custeio do atendimento, vez que a população
mais pobre se socorre é ali.
Nova Voz ONLINE – Como procedeu a Câmara?
Dr. Nelson - A Câmara então nos convocou.
Fomos explicar sobre nossas necessidades. Os Vereadores de então aprovaram, por
unanimidade, permitindo que o povo da cidade pudesse ser socorrido. Não posso
deixar de relatar, que em tempo algum, o Dr. Robério interferiu politicamente
no Hospital. Pelo contrário. Como médico, era o cirurgião disponível 24 horas,
dias de semana, sábados, domingos e feriados. Isso sem remuneração nenhuma.
Alias, não é à toa que o povo da cidade o elegeu duas vezes e continua gostando
dele, mesmo tantos anos depois de ter deixado o poder. É um grande homem, um
grande ser humano e um grande médico.
Nova Voz ONLINE – E depois?
Dr. Nelson – De 2001 até 2004, o
Hospital funcionou. Lógico que dentro das limitações financeiras que tínhamos,
mesmo com o convenio municipal. Em 2005, houve a desapropriação feita pela
Prefeitura.
Nova Voz ONLINE – O que o senhor acha que levou
ao pedido de desapropriação?
Dr. Nelson – Infelizmente foi uma questão
política, já que não apoiei o candidato vencedor da época. Importante ressaltar
que esse meu apoio foi como cidadão, pois o Hospital atendia todo mundo, sem
discriminação de raça, de opinião ou de religião.
Nova Voz ONLINE – Esse episódio foi muito
desgastante, não é verdade?
Dr. Nelson - No processo de desapropriação
e em outro que tentou extinguir a Associação Beneficente, que era a mantenedora
do Hospital, diversas calunias e injurias foram levantadas contra mim. Mas o
Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro aprovou todas as minhas
prestações de contas. O próprio Ministério Público, nos processos que
tramitavam em
nossa Comarca , deu parecer favorável à
minha conduta como Provedor.
Nova Voz ONLINE – Qual foi a decisão da Justiça?
Dr. Nelson - O meritíssimo Dr. Juiz de
Direito da Comarca, mandou extinguir o Processo que propunha a dissolução da
Associação, dizendo que a Prefeitura não tinha conseguido provar NADA do que
alegara (injuriosamente) contra mim. Manteve apenas o direito legal da
Prefeitura desapropriar e o dever de pagar a indenização. Fiquei de alma
lavada. Esses dias, quando perdemos o Vice-Presidente da República, José de
Alencar foram muito badalados na mídia uma sua frase magnífica: “NÃO TENHO MEDO
DA MORTE. TENHO MEDO DA DESONRA”. Essa é minha filosofia, dentro dos valores
transmitidos pela minha família.
Nova Voz ONLINE – As pessoas sentem falta do
senhor.
Dr. Nelson – Também sinto falta dos amigos
que fiz e vou levar até a eternidade. De qualquer forma, estou sempre à
disposição. Não posso deixar de manifestar o meu carinho e profunda
amizade pelo Ronald Thompson, sua mãe dona Irenice, sua irmã Cristiane e linda
sobrinha Giovanna.
Nova Voz ONLINE – O senhor agora está em
Aperibé?
Dr. Nelson - Felizmente o Prefeito de
Aperibé, Dr. Flávio, me abriu um espaço e estou muito feliz, trabalhando neste
município jovem e progressista. Da mesma maneira, retornei à minha cidade natal
e recebi o carinho do povo paduano. Em Itaocara, tenho meu filho, Dr.
Cristiano, e meu genro, Dr. Alexandre, continuando o trabalho que iniciei.
Falando em Aperibé (hoje município) tive no passado o prazer de atender também
a sua população, com a colaboração dos ilustres farmacêuticos, Agostinho
Gesualdi Blanc, o Dengo, e do Neder Antônio, com seu filho, Nedimar, também
inesquecíveis grandes amigos. São tantos os amigos que seria impossível
relembrá-los todos aqui, mas sempre caberão em meu coração e nunca cairão no
esquecimento.
0 comentários:
Postar um comentário