Junto com Adílio e Zico, Andrade formou o melhor meio de campo da história rubro negra |
Como é bom conhecer um ídolo da
adolescência. Lembro-me de uma tarde de domingo, no início dos anos 80, que se
tornou perfeita, graças a ele. Nove anos antes deste dia, em 1972, o Botafogo
impingiu ao Flamengo, uma derrota histórica: 6 a 0. Depois, tudo fizemos para
dar o troco. Por duas vezes, o Flamengo chegou a estar ganhando de 4 a 0, mas
não conseguiu fazer os dois restantes. Goleávamos e saíamos calados.
Isto até o domingo da história, dia 8 de Novembro de
1981. No primeiro tempo, o Fla deu um baile: 4 a 0. Mas começa o segundo tempo
e a aflição toma conta. O time toca a bola, o tempo passa e não sai o Gol.
Cinco minutos. Dez minutos. De repente vinte minutos. "PQP, não vai dar de
novo", pensa boa parte da galera.
A torcida do Botafogo perdia de quatro, e estava mais
tranquila do que nós. Aos 30 minutos, pênalti. Zico cobra e faz 5 a 0. Começa
então o fim de jogo mais longo da história rubro negra. O coração a mil por
hora. Só dá Flamengo. Maracanã enlouquecido. Porém o relógio corre. 35 minutos.
40 minutos. "Não é possível. Só falta um. Será que não vamos
conseguir?".
Aos 43, Zico carrega na meia e toca pro Júnior. Esse
levanta pro Adílio, que atrasa para o Lico. A bola é devolvida ao Adílio, que
cruza na área. A bola é rebatida e de repente correu procurando o pé do ídolo
que conheci hoje (8 de Fevereiro de 2016). ANDRADE chuta de primeira e faz um
golaaaççoooooooooo.
É SEIS, É SEIS, É SEIS.
Eu, minha amorzinha Giovanna Thompson, meu ídolo Andrade, Lucas Fuly e o também ex-jogador do Flamengo, Nélio. |
Mengão 6 a 0 no Botafogo. Maracanã explode. Uns riem,
outros choram, alguns cantam, tudo é Felicidade. Andrade fez o sexto gol no
Botafogo. Logo ele, que depois da partida, numa entrevista no vestiário, contou
que era torcedor do Botafogo, quando criança.
Andrade que tornou um domingo da minha adolescência
especial. Faz deste domingo de carnaval, quando tive o privilégio de
conhecê-lo, inesquecível.
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