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terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

APRENDER COM A MÃO NA MASSA - Texto Chapeuzinho Vermelho UICMA


Criar, consertar, testar e construir: atividades práticas desenvolvem habilidades importantes e auxiliam no aprendizado.
O Chapeuzinho Vermelho UICMA, enviou o texto abaixo, extraído
da Revista Positivo / 2019, que faz parte da sua filosofia de ensino
Você sabia que apenas 15% do conhecimento é retido por meio de aulas teóricas e leitura? De acordo com a Pirâmide de Aprendizagem do NTL Institute, essa porcentagem sobe para 75% quando os estudantes aprendem colocando a mão na massa, com base na cultura Maker. Esse movimento, também chamado de Faça- -Você-Mesmo ou DIY (Do-It-Yourself, em Inglês), vem chamando a atenção das novas e futuras gerações, especialmente naquelas que mostram uma paixão pela aprendizagem prática.

A cultura Maker tem como base a ideia que pessoas comuns podem construir, consertar, modificar e fabricar os mais diversos tipos de objetos e projetos com suas próprias mãos. O movimento ganhou força com o YouTube, que exibe mais de 30 milhões de vídeos que ensinam desde como fazer maionese, consertar um chuveiro, até como fabricar produtos mais complexos, como um drone. Educadores e pesquisadores tentam compreender como a cultura Maker pode melhorar a educação. "Além de estimular a criatividade e a autonomia, as características deste movimento, quando aliadas aos conteúdos e habilidades curriculares, podem transformar a sala de aula, proporcionando uma experiência interdisciplinar e engajadora", garante Luiz Lucena, coordenador editorial de área de Arte, Educação Física e Educação Infantil da Editora Positivo.

A cultura que valoriza a experimentação tem potencial para tornar o aprendizado mais significativo e desenvolver competências como criatividade, pensamento crítico, empatia e autonomia. A prática valoriza mais o processo pelo qual o estudante passa do que o produto que entrega. "Os alunos não são receptores passivos de conhecimento, mas assumem um papel ativo e prático na aprendizagem", ressalta Lucena. Além disso, faz toda a diferença mostrar ao estudante que ele pode ter a solução para alguns problemas na palma da mão. "Quando o aluno precisa encontrar uma saída, quando tem que botar a mão na massa, descobre que pode mudar as coisas por si mesmo. Ele se torna mais autônomo, isto é, ainda mais responsável pelas suas ações", destaca Lucena. "Isso potencializa o desenvolvimento de habilidades e competências importantes para sua vida e até mesmo para seu futuro profissional, na idade adulta", completa. 
Transformador e sustentável

A cultura Maker ajuda a evitar desperdícios e faz com que você repense seus gastos. Afinal, em vez de jogar fora tudo o que está com algum problema, você vai manter o item por mais tempo, após o conserto. Sua roupa velha, por exemplo, pode ficar nova em folha depois de ser customizada. O desenvolvimento de itens personalizados também aumenta o vínculo entre o maker e o produto, o que possivelmente amplia a vida útil dos objetos, evitando descartes prematuros. Dessa forma, a cultura Maker tem potencial de ser uma propulsora da prática do ecodesign e uma forte adversária da redução progressiva da vida útil dos produtos estimulada pelos próprios fabricantes.


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