Criar, consertar, testar e construir: atividades
práticas desenvolvem habilidades importantes e auxiliam no aprendizado.
O Chapeuzinho Vermelho UICMA, enviou o texto abaixo, extraído da Revista Positivo / 2019, que faz parte da sua filosofia de ensino |
Você sabia que apenas 15% do
conhecimento é retido por meio de aulas teóricas e leitura? De acordo com a
Pirâmide de Aprendizagem do NTL Institute, essa porcentagem sobe para 75%
quando os estudantes aprendem colocando a mão na massa, com base na cultura Maker.
Esse movimento, também chamado de Faça-
-Você-Mesmo ou DIY (Do-It-Yourself,
em Inglês), vem chamando a atenção das novas e futuras gerações,
especialmente naquelas que mostram uma paixão pela aprendizagem prática.
A cultura Maker tem como base a ideia
que pessoas comuns podem construir, consertar, modificar e fabricar os mais
diversos tipos de objetos e projetos com suas próprias mãos. O movimento ganhou
força com o YouTube, que exibe mais de 30 milhões de vídeos que ensinam desde
como fazer maionese, consertar um chuveiro, até como fabricar produtos mais
complexos, como um drone. Educadores e pesquisadores tentam compreender como a
cultura Maker pode melhorar a educação. "Além de estimular a criatividade
e a autonomia, as características deste movimento, quando aliadas aos conteúdos
e habilidades curriculares, podem transformar a sala de aula, proporcionando
uma experiência interdisciplinar e engajadora", garante Luiz Lucena,
coordenador editorial de área de Arte, Educação Física e Educação Infantil da
Editora Positivo.
A cultura que valoriza a
experimentação tem potencial para tornar o aprendizado mais significativo e
desenvolver competências como criatividade, pensamento crítico, empatia e
autonomia. A prática valoriza mais o processo pelo qual o estudante passa do
que o produto que entrega. "Os alunos não são receptores passivos de
conhecimento, mas assumem um papel ativo e prático na aprendizagem",
ressalta Lucena. Além disso, faz toda a diferença mostrar ao estudante que ele
pode ter a solução para alguns problemas na palma da mão. "Quando o aluno
precisa encontrar uma saída, quando tem que botar a mão na massa, descobre que
pode mudar as coisas por si mesmo. Ele se torna mais autônomo, isto é, ainda
mais responsável pelas suas ações", destaca Lucena. "Isso
potencializa o desenvolvimento de habilidades e competências importantes para
sua vida e até mesmo para seu futuro profissional, na idade adulta",
completa.
Transformador e sustentável
A cultura Maker ajuda a evitar
desperdícios e faz com que você repense seus gastos. Afinal, em vez de jogar
fora tudo o que está com algum problema, você vai manter o item por mais tempo,
após o conserto. Sua roupa velha, por exemplo, pode ficar nova em folha depois
de ser customizada. O desenvolvimento de itens personalizados também aumenta o
vínculo entre o maker e o produto, o que possivelmente amplia a vida útil dos
objetos, evitando descartes prematuros. Dessa forma, a cultura Maker tem
potencial de ser uma propulsora da prática do ecodesign e uma forte adversária
da redução progressiva da vida útil dos produtos estimulada pelos próprios
fabricantes.
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