O Professor de História Ruan Carlos Nogueira |
Na escola não é diferente. Não é incomum
meus alunos chegarem nas aulas de História trazendo contribuições daquilo que
viram fora da escola. Frases como “Professor, vi uma cena dessas de guerra no
filme da Mulher Maravilha” ou “Tio, eu bem construí uma vila assim no
Minecraft”, se tornaram comuns quando abordo conteúdos relacionados à 1ª Grande
Guerra ou à sedentarização dos povos na Pré-História - conteúdos vistos pelas
minhas turmas de Ensino Fundamental.
É assim a todo instante! A tendência é
que cada vez mais nossos alunos tragam para a sala de aula coisas que foram
vistas em jogos, redes sociais, aplicativos, séries, filmes … A lógica de que o
professor é o “dono” do conhecimento e que seus alunos são como depósitos
vazios não pode e nem deve existir mais. Precisamos pensar em nossos alunos
como seres pensantes, que formulam ideias, possuem opiniões e sentimentos e que,
acima de tudo, estão em contato direto com essa nova onda de informação proveniente
das tecnologias digitais.
Cabe a nós, professores, aprender a
mediar esses saberes que os mais jovens trazem com os conteúdos vistos em sala
de aula, entendendo que essas contribuições podem se tornar nossas aliadas na
construção do conhecimento.
Mas então, como agimos diante dessas
demandas? Nos capacitando! É Necessário entendermos a importância de
uma formação continuada que aborde esses temas e que nos auxilie na compreensão
de como essa nova geração - e até nós mesmos - tem contato direto com inúmeras
fontes de informação através das novas tecnologias.
Para além das competências pedagógicas
que esses novos recursos estimulam, devemos nos arriscar a experimentá-los no
cotidiano, na prática de sala de aula, promovendo um uso crítico e
contextualizado das tecnologias digitais, pois elas podem ser sim ótimos recursos
didáticos!
E por que não aprender em conjunto com
nossos alunos? Trocar ideias sobre o que está em alta, buscar aplicativos que
possam atuar como facilitadores no processo de ensino - aprendizagem, usar as
redes sociais como um canal de informação.
Os recursos são ilimitados, estão
disponíveis e inúmeras vezes de forma gratuita. Vamos pensar numa educação
inovadora e que tenha como base as demandas atuais?
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