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domingo, 12 de outubro de 2025

Na série em homenagem aos 135 anos de Itaocara, um bate-papo com a artesã Cida Reis. Simplesmente Sensacional

Quem conhece Cida Reis sabe o quanto ela é sensível e talentosa. Uma daquelas almas que, com sua presença e atuação, fazem a diferença em nossa comunidade. Por isso, ler este bate-papo é um convite a enxergar Itaocara com outros olhos: a cidade cheia de beleza e história, mas que também precisa de mudanças para se tornar um lugar ainda melhor para todos.

Nova Voz ONLINE – Neste mês de outubro, Itaocara completa 135 anos. Se pudesse dar um presente à nossa cidade, qual seria?

Cida Reis – Seria uma Casa de Cultura. Um espaço vivo, onde o povo pudesse se encontrar por meio da arte, da dança, das oficinas, do teatro, da música, do lazer. Um lugar de partilhas, de sonhos e de celebrações. Um lar simbólico onde a cidade se reconhece em cada exposição, em cada aplauso, em cada gesto de criação.

Nova Voz ONLINE – O que mais encanta você em Itaocara?

Cida Reis – O que mais me encanta em nossa cidade é o conjunto. É difícil escolher um só aspecto, porque sou inteira apaixonada por Itaocara. Ela é bonita na chegada e na partida, abraçada pelo Rio Paraíba. Suas praças floridas, a natureza exuberante, uma cidade encantadoramente verde. E a arquitetura... ainda guarda tantas histórias!

Nova Voz ONLINE – Você tem alguma lembrança marcante vivida em Itaocara que gostaria de compartilhar com nossos leitores?

Cida Reis – Tenho 54 anos e um coração repleto de memórias vividas aqui. Para mim, as melhores lembranças giram sempre em torno da cultura: os carnavais inesquecíveis, as festas de maio que enchiam as ruas de alegria, a alvorada às 4 da manhã com a Banda Patápio Silva – na época regida pelo meu pai, Roberto Reis.

Nova Voz ONLINE - Que bacana!

Cida Reis - Lembro também dos festivais de música, quando a Praça do Moisés se transformava num grande camping. E das tradições folclóricas, como a cavalhada, que também contava com um “Reis” em cena – meu tio, Willian Reis. Eu era muito pequena e assistia àquele espetáculo com um misto de medo e fascínio, sem entender bem o que se passava naquela arena iluminada (o campo de futebol). No fim, sentia um alívio enorme... porque meu tio, o "príncipe", salvava a "princesa".

Nova Voz ONLINE – Em sua opinião, o que ainda falta para que Itaocara seja uma cidade ainda melhor para todos?

Cida Reis – Em uma palavra: incentivo. E junto com ele, oportunidades. Sempre digo que nossa cidade corre o risco de envelhecer cedo demais. Como acontece com muitas cidades do interior, temos inúmeras carências — e eu poderia listar várias —, mas, sob meu olhar, faltam polos universitários fortes, eventos culturais que movimentem a economia, festivais que tragam vida e renovem a energia do município. Sem isso, nossos jovens partem em busca de oportunidades, de melhores salários, e dificilmente voltam. Lá fora, o futuro pulsa. Precisamos de uma Itaocara que se renove, que ofereça espaços para sonhar, criar e empreender. Nossa cidade passou um tempo adormecida — e não podemos deixá-la virar uma cidade aposentada.

Nova Voz ONLINE – Deixe uma mensagem especial para os itaocarenses neste aniversário de 135 anos da nossa querida cidade.

Cida Reis – 135 anos... e ela ainda é uma garota, a princesinha do Paraíba. Que continuemos cuidando dela com amor, para que nunca perca essa juventude que a faz tão única. Parabéns, Itaocara querida! Que você siga sempre viva, esperançosa e cheia de possibilidades.

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