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| A escritora e advogada, Valéria Leão, numa foto com seu saudoso Pai, o ex-vereador paduano e ex-prefeito de Aperibé, Ataíde Faria Leite, um dos mais importantes homens da história de toda região Noroeste do Estado do Rio de Janeiro |
Meu saudoso pai, quando queria a
atenção de alguém para um certo assunto, começava a sua fala dizendo: "bota
sentido". Essa era uma das suas expressões favoritas.
Da mesma forma, quando queria nos
tranquilizar sobre a natureza de alguma situação, ele dizia: "isso não tem
muita ciência não".
A vida tem me mostrado que nas
palavras simples de meu pai havia, muito mais do que seu jeitinho interiorano
de se expressar, havia, muita sabedoria.
Com a maturidade, venho "botando
sentido" em algumas coisas que passavam desapercebidas pelo meu olhar.
Ando botando sentido nas palavras, nas
atitudes e nas omissões das pessoas que cruzam meu caminho.
Ando botando sentido no comportamento
de uns e outros. Curioso perceber que as ações, por vezes, não estão em
consonância com as palavras proferidas. Que as omissões incomodam porque saltam
aos olhos de qualquer observador mais atento e chegam de onde menos se espera.
Ando botando sentido no carinho dos
afetos garantidos desde o berço e, naqueles que fui desenvolvendo com o passar
do tempo. O saldo, felizmente, é positivo.
Ando botando sentido na delicadeza dos
novos amigos que estão chegando nesses últimos meses. Graças a eles, renovo a
minha crença na humanidade e a minha convicção de que os do bem formam a
maioria.
Ando botando sentido em algumas
situações que muito me incomodam, mas que, diante da minha impossibilidade de
mudá-las, busco aprender alguma lição com elas. E, buscando o aprendizado,
amadureço.
De tanto "botar sentido",
percebi que algumas coisas realmente não demandam "muita ciência".
Melhor mesmo é deixá-las como estão, que a simplicidade de sua natureza as
acomodem no espaço e no tempo que elas merecerem.
De tanto botar sentido fico com a
certeza de que para ser lembrança na vida de alguém, eu preciso ser presença.
Com as palavras de meu pai, trago
comigo na lembrança a segurança do chão de terra batida, o céu estrelado sob a
minha cabeça, a cordialidade daqueles com quem compartilhei os primeiros anos
dessa jornada e a certeza de que os afetos que nos afetam, esses sim,
enriquecem a nossa caminhada.
MAIS UMA VEZ, MINHA AMIGA ESCRITORA APERITAOCARENSE OU ITAPERIBEENSE, ADVOGADA VALÉRIA LEÃO, COMPARTILHANDO SENTIMENTOS QUE TÊM MUITO A VER COM MINHA TRAJETÓRIA NESTE PLANO... COM O "BOTA SENTIDO" A GENTE LEMBRA DO "TOME TENTO" DO NORDESTINO E ME LEMBRO DE UMA EXPRESSÃO DE MEU SAUDOSO PAI, AMIGO DE ATAÍDE, QUE DIZIA "DE QUANDO EM VEZ" PARA FALAR DE ALGO QUE NÃO SERIA SEMPRE. OU AQUELA DE NÃO IR NAQUELA HORA, PORQUE IA "DILATAR UM POUCO", EXPRESSANDO POUCA PRESSA....KKK ABRAÇÃO AO MEU CONFRADE THOMPSON POR PUBLICAR E À MINHA AMIGA VALÉRIA PELO TEXTO SOBRE ESSA FIGURA QUE AINDA TEM QUE RECEBER UMA HOMENAGEM EM APERIBÉ, DANDO UM NOME À MAIOR "AVENIDA" DA CIDADE: O TRECHO DA RJ-116, NO PERÍMETRO DENTRO DO MUNICÍPIO, DE QUEM É A COMPETÊNCIA, JÁ QUE A RODOVIA UTILIZA ESPAÇO MUNICIPAL COMO "LEITO" DA RJ....SERIA DO PORTO DAS BARCAS À PONTE DA EPEBÓIA"... AVENIDA PREFEITO ATAÍDE FARIA LEITE.... está aí a minha sugestão. Beijos e abraços...
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