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sexta-feira, 12 de julho de 2019

Presbifonia – Texto: Késia Reis Fonoaudióloga – CRFª 114128

Durante o período de vida, o individuo amadurece, evolui, cai, adquiri experiências, aprende, e a jornada continua, apesar das curvas na estrada. Todo nosso organismo passa pelo mesmo ciclo de crescer e envelhecer. Porem é comum vermos pessoas jovens, com características de mais idade, enquanto outras escondem a idade, pois aparentam jovialidade por mais tempo. O fato é: manter-se jovem, preservar-se, requer cuidados. É necessário viver com qualidade.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2000 a população idosa com mais de 60 anos era de 14,5 milhões de pessoas, um aumento de 35,5% ante aos 10,7 milhões em 1991. Hoje, este número ultrapassa 29 milhões e a expectativa é que, até 2060, este número suba para 73 milhões com 60 anos ou mais, o que representa um aumento de 160%.

Uma das coisas que normalmente enfrentamos com o passar dos anos é a perda de massa e tônus muscular, isto ocorre em todo o corpo e não é diferente na musculatura laríngea, A voz envelhece, com perda de força, velocidade, estabilidade e precisão articulatória. A qualidade vocal é extremamente modificada com o passar dos anos, sendo fácil reconhecer pela fonação um indivíduo após a sexta ou sétima década de vida.

Behlau lembra no livro a voz do especialista que ainda ocorrem atrofia e arqueamento das pregas vocais e a musculatura da laringe fica mais flácida, o que torna a voz trêmula, rouca, soprosa, com pouca projeção. Este processo tem início a partir dos 50 ou 55 anos de idade, acentuando-se de forma dependente do estilo de vida e histórico de doenças do indivíduo. Deve-se compreender a presbifonia como parte do processo de envelhecimento e não como um distúrbio vocal, embora a situação possa ser agravada, caso haja uma patologia preexistente. Mas pra que servem as academias, não é? 
Thais, Késia, Isabel e Franciani da Fênix Pilates
Graças a Deus que deu inteligência ao homem para retardar efeitos do tempo em nosso corpo, a perda de massa e tônus muscular bem como um melhor condicionamento físico geral durante a vida podem e devem ser buscados através de tratamentos e prevenções. O fonoaudiólogo é capaz de trabalhar em fonoterapias com estratégias e exercícios personalizados melhorando a produção vocal em todo seu processo desde a respiração, trato vocal, até a ressonância e articulação das palavras, melhorando toda a comunicação em si, permitindo que o individuo tenha uma voz clara, fala inteligível, boa comunicação, e um envelhecimento ativo e social.

É importante buscar uma rotina de atividades que mantenha a voz ativa! Desde uma simples conversa entre familiares até cantar, podem ser opções divertidas para deixar a voz clara e potente por muito mais tempo.

Não deixe de se comunicar e busque uma boa dicção para ser sempre bem compreendido. E procure ajuda antes que essa dificuldade atrapalhe seu convívio social.

Fontes:


5.Allodi PM, Ferreira LP. A voz no envelhecer. In:Ferreira LP, Costa HO. Voz ativa: falando sobrea clínica fonoaudiológica. São Paulo: Roca;2001. p. 219-36.

6.Behlau MS, Pontes P. O desenvolvimento ontogenético da voz: do nascimento à senescência. In: Behlau MS, Pontes P. Avaliação e trata-mento das disfonias. São Paulo: Lovise; 1995.p. 39-52.

7.Behlau MS. Presbifonia: envelhecimento vocal inerente à idade. In: Russo IP. Intervenção fonoaudiológica na terceira idade. Rio de Janeiro: Revinter; 1999. p. 25-50.
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