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segunda-feira, 28 de março de 2022

Ronald Thompson: “o tapa na cara de Will Smith em Chris Rock na entrega do Oscar”

Mais de um bilhão de telespectadores assistiram ontem (27/03/2022) a um momento absolutamente inédito na história do Oscar, a principal premiação do cinema mundial. O comediante Chris Rock, que foi o anfitrião da festa, fez uma piada sobre a doença que Jada Smith (esposa do ator Will Smith) está enfrentando.

De repente Will subiu ao palco e surpreendeu a todos, esbofeteando a face de Chris, que ficou atônito. O comediante ainda tentou continuar fazendo piadas, dizendo que aquele era o maior momento da história do Oscar, mas Will mandou que calasse a boca e parasse de falar o nome de sua esposa.

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Tenho escrito que vivemos um período medíocre da história humana, com boa parte das pessoas dividindo o mundo entre “o bem” e “o mal” ou “o bom” e o “mau”. Como se fosse tudo tão simples.

Will Smith agiu corretamente ou não? Eu diria que ele agiu humanamente. É bem provável que ele seja um defensor da paz e fraternidade. Mas isto não quer dizer que ele é “bom” por isto. Apenas quer dizer que o princípio que defende é correto.

Contudo Will é humano. Só ele sabe o que está enfrentando com a Alopecia, doença de sua amada esposa, Jada. Todos os dias assiste a mulher perder o cabelo, sentir angustia, depressão e dor. E de repente alguém faz uma piada desta circunstância na frente de todos. Qual seria a sua reação?

A minha, bem provavelmente, seria a de Will. Eu poderia até me arrepender, por ter criado constrangimento numa festa que não era só minha. E foi o que o marido de Jada disse em seu discurso, ao receber o Oscar de Melhor Ator no filme que conta a vida do Sr. Williams, pai das tenistas Vênus e Serena. Porém ele faria novamente, se tudo se repetisse.

Ninguém é bom ou ruim (simplesmente). Devemos nos esforçar para ser o melhor que pudermos ser. Contudo isto não vai nos tornar “bons” ou alguém “do bem”. Nada disto! Significa sim, que temos a consciência que é preciso lutar contra os demônios que nos habitam. Mas até estes demônios são importantes, pois há momentos que eles são mais justos do que os anjos, numa situação.

Rainer Maria Rilke, considerado um dos mais importantes poetas alemães da história, escreveu: “se meus demônios me abandonarem, temo que meus anjos desapareçam também”. E o escritor Indiano, radicado nos Estados Unidos, Deepak Chopra, acrescenta: “soltar os demônios pode ser muito educativo em certas ocasiões”.

Agir cotidianamente com agressividade não é a mesma coisa do que tomar uma atitude agressiva contra uma injustiça. E isso é algo tão subjetivo que só nós mesmos podemos dizer o que fizemos. Caberá à vida nos julgar. E aqueles que acreditam que há algo além da nossa “vã filosofia”, algum dia vamos assumir o que fizemos. 

Até lá, vamos nos esforçar para ser o melhor que pudermos, e renovar, no dia seguinte, essa decisão, pois nós vamos falhar, em algum momento. Não por sermos ruins. Mas por sermos humanos.



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