Quem você pensa que é? Minha
experiência se resume nessa frase, mas calma que não fui afrontado por ninguém.
Aliás, por ninguém externo, mas apenas por mim mesmo.
Já trabalhei inúmeras vezes em campanhas eleitorais, já fui cabo eleitoral, já pedi votos, vendi ideias e apresentei propostas. Mas o que me chamou a atenção nessa campanha especificamente foi que eu estava vendendo o “eu”.
Para que entendam melhor essa experiência, peguem um pedaço de papel e escrevam de um lado tudo que é bom em você, tudo aquilo que você acredita que faria bem aos outros, à nossa cidade, tudo com que você pode colaborar e agregar para que as coisas fluam bem e o crescimento aconteça.
De outro lado escreva tudo aquilo que você entenda que não é tão legal, que prejudica sua imagem, que deprecia sua carreira, seus erros, escolhas ruins.
Agora, se olhe no espelho, mantenha em mente firme, vivo, tudo que você escreveu que não é bom e não deixe que essas informações se percam no vago da mente.
Diga para você mesmo aí no espelho o motivo de você, diferente dos demais, merecer sua confiança e seu voto. Ei, psiu, se empenhe nisso e não ria, afinal, você está falando do futuro da nossa cidade, da saúde, segurança, transporte e tudo aquilo que direta ou indiretamente faz diferença na sua vida e da sua família.
Ao longo da caminhada, experimentando os olhares, as reações, as trocas, superando meus limites e timidez, pude notar o quanto é difícil olhar para dentro e falar de nós mesmos. Em especial sem que isso de alguma forma reflita algum orgulho, soberba ou vaidade. Olhar para dentro e reconhecer nossos méritos não é fácil, falar de nós mesmos não é fácil.
Em meio a um cenário tão tumultuado e descrente na política, chegar ao lar de alguém e falar de valores e princípios parece historinha pra boi dormir.
Mas eu retomo aqui uma frase que me acompanhou durante toda a campanha: se os bons não se envolverem na política, os maus decidirão pelos bons.
Não estou aqui dizendo que sou bom ou mau, que sou melhor que nenhum outro, mas que o desejo em meu coração é o de acertar. E foi assim, querendo acertar que conduzi minha caminhada. Sempre pelas ruas, caminhando ao lado de poucos, mas honrados e féis amigos que experimentaram cada experiência comigo. Aliás, alguns desses amigos são tão desprovidos de vaidade que jamais apareceram em nenhuma foto, nenhuma publicação, mas de igual forma trabalharam pra me ajudar a construir esse sonho.
Tenho certeza que ainda não compreendi todo o crescimento que essa experiência me trouxe, mas estou certo que toda grande obra tem uma pedra fundamental, então hoje declaro aqui que a pedra fundamental está posta e a partir dela daremos início à obra.
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