O Titular do Cartório do 2º Ofício em
Itaocara, Dr. Jaques Rubinsztajn, que é brasileiro e judeu, comemorou o
encontro entre o Presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro e o Primeiro
Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Para ele, é sinal que o Brasil vai
vivenciar, a partir de agora, novos e virtuosos tempos na política externa.
Nova
Voz On Line
– Como Judeu e Brasileiro, qual avaliação é possível fazer, do encontro entre o
Primeiro Ministro Israelense, Benjamin Netanyahu e o Presidente eleito, Jair Bolsonaro?
Dr.
Jaques Rubinsztajn
- Nos últimos anos o Brasil teve como ponto alto de sua política externa, se
aliar a Nações retrógradas, como a Venezuela, o Irã e etc., o que nos colocou na
contra mão do Desenvolvimento Humano, Tecnológico e Social. Agora vamos
vivenciar uma Nova Era. Como Judeu, sobretudo como Brasileiro, acredito que
construiremos uma parceria sólida, que trará num primeiro momento avanços
significativos na área de Segurança, Tecnologia e Agricultura.
Nova
Voz On Line
- Acredita num novo momento nas relações diplomática entre Brasil e Israel, a
partir da posse de Bolsonaro?
Dr.
Jaques Rubinsztajn
- Com certeza! E os frutos dessa parceria virão de imediato. De uma coisa
podemos ter certeza, do jeito que a política externa foi conduzida até agora,
os resultados foram pífios. Israel é um país moderno. Há um grande número de
pessoas capacitadas, cientistas, pessoas que vão vir fomentar novos projetos no
Brasil. É tempo de estar otimista.
Nova
Voz On Line
– Você esteve em Israel. O que diria que o Brasil tem a ganhar com a melhoria
das relações entre os países?
Dr.
Jaques Rubinsztajn
– A Sociedade Israelense é muito dinâmica. Em minha visita a Tel Aviv, fiquei
impressionado quão cosmopolita é essa cidade. Não deixa nada a dever, a grandes
capitais europeias. Eu acredito num intercâmbio que além do conhecimento técnico, vai trazer ao povo
brasileiro, toda essa modernidade cultural israelense.
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Dr. Jaques Rubinsztajn rezando no Muro das Lamentação em Jerusalém |
Nova
Voz On Line
– Não acha que a diplomacia brasileira deveria preocupar-se também, sobre os efeitos que essa aproximação vai ter, junto aos países Árabes, tradicionais parceiros
comerciais de nosso país?
Dr.
Jaques Rubinsztajn
- Fala-se muito da questão envolvendo o comércio com os países árabes. Acho
bobagem. Assim como precisamos exportar a nossa carne (principalmente frango),
eles precisam comprar de alguém. E se compram do Brasil, não é porque o brasileiro
é bonitinho. É porque os nossos produtos (especialmente no setor agropecuário)
têm qualidade mundial. Quero dar o exemplo dos EUA, grandes opositores do
regime Venezuelano, mas que continuam comprando Petróleo da Venezuela. O
mercado tem sua própria dinâmica. Simples assim.
Nova
Voz On Line
– Netanyahu enfrenta um momento político conturbado em Israel, devido a sua
aproximação com os judeus ortodoxos. A vinda dele nesse momento,
estreitando o relacionamento com o Brasil, conseguindo de Bolsonaro a garantia
sobre a transferência da Embaixada do nosso país, para Jerusalém, ajuda
internamente a Netanyahu?
Dr.
Jaques Rubinsztajn
- Com certeza. O Brasil, apesar das suas mazelas, é a quinta economia mundial.
Esse mercado interno, evidentemente, seduz qualquer País, mais ainda Israel,
que precisa escoar seus produtos, a maioria de alto valor tecnológico. Não foi
à toa que Netanyahu disse que Israel é a Terra Prometida e o Brasil a Terra da Promessa.
A mudança da nossa Embaixada para Jerusalém, sem dúvidas, ato de alinhamento
político com Israel, é visto pelos Israelenses com bons olhos. Uma vitória para
o Primeiro Ministro.
Nova
Voz On Line
- Israel possuí tecnologias na área de produtividade agrícola muito
interessante. Bem além da questão da dessalinização, que o Brasil, por sinal,
já domina. Acredita que a parceria vai beneficiar o setor agrícola do nosso
país?
Dr.
Jaques Rubinsztajn
– Só quero fazer um adendo, antes de responder a questão, propriamente dita. O
processo de dessalinização que possuímos é caro e ineficiente. Só para ter uma
ideia, li que atende 50 famílias de forma precária. O projeto de dessalinização
que existe em Israel é tecnologicamente muito mais avançado e atende milhares
de pessoas. Além disso, ao longo do tempo, por Israel ser um pequeno país, com dificuldades
relacionadas a águas doce, foi preciso desenvolver um conhecimento, que hoje
nos faz ter uma produtividade por área agrícola, talvez a maior do planeta. Sem
dúvidas o Brasil tem muito a se beneficiar desse conhecimento.
Nova
Voz On Line
– O Ano Novo está chegando. Que mensagem deixaria aos leitores do nosso site?
Dr.
Jaques Rubinsztajn
- Acredito que iniciaremos um novo ciclo virtuoso, após quase duas décadas
perdidas. Espero seja de muita prosperidade. Somos uma Nação continental. O
mais importante nesse momento é nos afastarmos da escória mundial e nos alinharmos
a nações civilizadas, o que vai mostrar à comunidade internacional o futuro que
queremos trilhar. Tenho fé que viveremos novos tempos. Um grande abraço aos
amigos e amigas. Feliz Ano Novo!
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