São 30 anos de comunicação completados em 2021, trabalhando como jornalista. Inicialmente em O Centro Norte, do meu amigo José Geraldo Cardoso. Depois representei o jornal O Tempo, do saudoso Renato Mercante. Então surgiu o meu jornal: A Voz da Região, que depois se transformou em Nova Voz e por último, Nova Voz ONLINE (meu Blog atual).
Eu, com minha irmã Cristiane e meu Mentor, Geraldo Cardoso |
Tive o privilégio também de trabalhar
na Rádio Embalo FM, na Rádio 87 FM, na TVT do saudoso Sr. David, fui Assessor
de Comunicação na primeira etapa do Projeto de UHE Itaocara (então
empreendimento da LIGHT), fiz diversos serviços de Ghost Writer (escrevendo
discursos para políticos e empresários). Trabalhei em campanhas políticas no
Rio.
Também ocupei uma função de confiança no segundo Governo do Dr. Robério Ferreira da Silva, fui chefe de Gabinete na Câmara Municipal de Aperibé, prestei uma Assessoria Informal ao meu querido amigo, agora também saudoso, Hélio Sales, na CDL Itaocara, e agora sou Assessor Parlamentar do Vereador Jaderson Aleixo, na Câmara Municipal de Itaocara.
Abaixo, amigos enviaram perguntas ao longo do tempo, que fui guardando e agora respondo, para eles e para todos os leitores.
Erilzinha Faria (Psicóloga) - O que te motivou a escolher essa carreira?
Ronald Thompson – Eu sempre gostei muito de ler. Mas não tinha o hábito de escrever. Na verdade, não sabia bem o que fazer da vida. Foi então que conheci uma dessas pessoas chaves, que encontramos no caminhar da existência humana. Meu amigo, José Geraldo Cardoso. Pedi para me contratar, para trabalhar em O Centro Norte. Ele não pensou duas vezes. Deu-me a tarefa de ir fazer uma matéria com a primeira mulher da região, a se eleger Presidente de uma Câmara: Rita Brandão, Vereadora em Cambuci. E escrevi a matéria RITA BRANDÃO, A DAMA DE FERRO DE CAMBUCI, numa alusão a Margareth Thatcher, Primeira Ministra Inglesa. Desde então, nunca mais parei.
Ana Luíza Policani Freitas - Qual foi seu maior desafio na carreira de jornalista?
Ronald Thompson – Por incrível que pareça, foi aprender a escrever. Eu não era bom aluno em Português. Apesar de ler muito. Sempre detestei a parte gramatical. E novamente o Cardoso me ajudou bastante, neste aspecto. E ÓBVIO preciso AGRADECER MUITO aos anunciantes e apoiadores. Ser jornalista é uma profissão. Então, preciso ganhar meu sustento dessa atividade. Felizmente, fui fazendo amigos ao longo do tempo, que compreendem quão necessários a generosidade deles, para que a Nova Voz ONLINE, meus programas de rádio, os textos que escrevo como Ghost Writer, continuem. Em troca ofereço meu trabalho realizado com máxima ética, responsabilidade e respeito.
Klebinho Cantor – O que você acha que poderia ser feito, não só em nossa cidade, mas em todo o país, para que os artistas, que ainda não alcançaram o sucesso nacional, pudessem ter a chance, a oportunidade de serem mais reconhecidos?
Ronald Thompson – Falta uma política de Estado voltada a cultura. Veja: “política de Estado, não de governo”. Ou seja, que os governos passem, mas as iniciativas de apoio à cultura fiquem. Em nossa Itaocara, o que gostaria de ver construído, e acho plenamente possível, são escolas de música, de artes plásticas, de dança, teatro e interpretação. Deveriam ser incluídas aulas no currículo mínimo escolar. Nos falta um espaço para cultura. Não temos mais um teatro. Na terra de Faria Souto, de Rock Hudson, de Henrique Resende, de Kleber Batista, de Patápio Silva, de William Rimes, e tantos outros gênios, não há um espaço adequado para a cultura. Inadmissível.
ADENDO A RESPOSTA: Faz dois anos, o Dr. Almir Pinto de Azevedo, organizou um concurso de poesia e trovas na rede pública de Itaocara. Os versos escritos por nossos alunos, crianças e adolescentes, foram simplesmente SENSACIONAIS. Uma pena que não se estimule o jovem itaocarense para a cultura. Podemos ser a Capital Cultural do Interior do RJ, se houver uma política pública tocada sem vaidades pessoais, juntando os grandes nomes das diversas áreas da cultura, no município.
Em 30 anos de Profissão, o Privilégio de conhecer pessoas fora de série, como o saudoso Dr. Sebastião Kleber da Rocha Leite, Presidente da Acadêmia Itaocarense de Letras |
Drª Maria Luíza Obino Niederauer (ex-juíza titular da comarca de Itaocara) – Quais os livros que te influenciaram na carreira de jornalista? E o porquê dos livros escolhidos?
Ronald Thompson – A Odisseia, escrita por Homero, que li no início da adolescência, teve um profundo impacto sobre minha vida. O personagem central da história, Odisseu (ou Ulysses) era um herói completamente diferente de tudo o que havia visto. Não tinha super poder algum. E quando uma deusa grega se apaixonou por ele, quis torna-lo imortal, ele recusou. Afirmou que a vida só é interessante, pela certeza que justamente vamos morrer um dia. É ou não é formidável? Completamente diferente do pensamento cartesiano, do desejo de eternidade. A morte não é ruim. É doloroso para quem fica. Sinto gigantesca saudade da minha mãe. Mas a morte é fundamental. Sem ela, provavelmente, haveria o caos. E quem tem uma fé espiritualizada, como é o budismo que eu pratico, vê a morte com uma face da própria vida. A moeda, hora está cara, hora está coroa. E é assim, hora vivemos, hora morremos.
ADENDO A RESPOSTA: Respondendo especificamente sobre quem li e me estimulou a ser jornalista, sem dúvidas, o Jornalista Paulo Francis e sua coluna Nova Iorque por ai são diretamente responsáveis pelo meu desejo de escrever. Ele escrevia textos absolutamente diferentes de tudo que havia lido então. O que escrevia sempre me incomodava. E esse incomodo, essa inquietação, é o melhor que quem escreve, pode esperar: fazer pensar.
Renato Gomes de Lima (Renato da Corretil) - Quantas horas de LEITURA diária para ser um bom jornalista?
Ronald Thompson – Sem nenhuma sombra de dúvida, se aprende a escrever, lendo. Isso é fato. Eu lamento bastante este momento de mensagens instantâneas, neste aspecto. Quem sonha seguir profissões como jornalismo, direito e outras ciências humanas, tem por obrigação, ser um ávido leitor. Outra coisa: a leitura, diferente das mídias que usam vídeos, estimula a imaginação. Uma coisa é ver uma cena de amor num filme, e outra é você ler sobre ela e imaginar acontecendo. Para quem trabalha com a escrita, desenvolver a imaginação, equivale ao atleta, que precisa desenvolver a musculatura, para ter o melhor desempenho.
José Geraldo Cardoso – Se não tivesse se tornado jornalista, qual profissão teria seguido?
Ronald Thompson – Influenciado pela série de TV Cosmos, a primeira coisa que quis ser na vida, foi astrônomo. Até hoje tenho fascínio pelo Universo. A noção que um planeta onde habita Sete Bilhões de seres humanos e outros bilhões de seres vivos, na verdade é um mero grão de areia no Cosmos impressiona. Vir para Itaocara, me distanciou desse objetivo. Justamente quando estava me perguntando: o que fazer? Surgiu você, amigo Cardoso e me deu a oportunidade de ser jornalista. Imensa gratidão. Muito obrigado, do fundo do coração.
Em 2019, eu e minha amorzinha, Giovanna Thompson |
Giovanna Thompson – O que te motiva a seguir na profissão?
Ronald Thompson – Ótima pergunta. Acho que minha paixão por escrever. Especialmente contar histórias. Aproveitando sua pergunta, vou contar aos leitores que em 2022, planejo lançar um livro, reunindo todas as entrevistas que já fiz. Foi ideia do meu amigo, Cássio da Silva Fernandes, Doutor em História da Arte, pela Universidade de PISA e professor da Universidade Federal do Estado de São Paulo. Então, Giovanna, quando houver passado muitos anos e todos que hoje estão vivos, não mais estiverem, eles vão continuar imortais, pelas histórias que estaremos contando. Neste instante, imagino o seu neto, lendo a sua pergunta e a minha reposta, neste ano de 2021.
Adalberto Caveari Albino (amigo querido que faleceu no dia 21/08/2021) – Qual a maior emoção que você já sentiu nestes trinta anos de profissão, quer seja como jornalista, entrevistando alguém (ou apurando alguma notícia); quer como protagonista da própria notícia ou reportagem?
Ronald Thompson – Duas. Uma ruim e outra boa. A ruim, foi quando houve o atropelamento de cinco crianças que iam para escola, por um caminhoneiro bêbado, na subida da ponte de Itaocara, de quem vem de Aperibé. Ver aquelas crianças mortas e depois encontrar com o motorista, ileso e totalmente alcoolizado no Hospital, me marcaram. Por isto, não faço, nem divulgo este tipo de notícia (respeito quem divulga). E boa, na verdade, boas, são muitas. Nestes meus trinta anos de profissão, sinto que tenho o reconhecimento em Itaocara e outros municípios da região. Recebi Títulos de Cidadania, em Itaocara, Aperibé e Cambuci. Recebi Moções de Aplauso. Especialmente o carinho de pessoas que confiam e gostam do meu trabalho.
ADENDO A RESPOSTA: Faz muitos anos, eu publiquei no meu jornal que determinada rua estava sem iluminação pública. E senti que o Prefeito da época, estava aborrecido. Fui conversar com ele, que me disse que não ficou chateado pelo o que escrevi. Ficou chateado, pois a esposa dele havia lhe dito, que se fui eu quem escrevi, então era verdade e ele tinha que mandar iluminar a rua. É essa credibilidade que me deixa feliz.
Na 87 FM, com meus amigos Jaderson Aleixo e Anselmo Biasse |
Vereador Jaderson Aleixo - Além da comunicação, sempre foi um ator da política de Itaocara, ocupou cargos em partidos e etc. Alguma vez pensou em ser candidato?
Ronald Thompson - Já pensei. Tanto candidato a Vereador, quanto a Prefeito também. Mas nunca tive esse projeto. Sempre gostei de participar da vida do município. Hoje, estou plenamente satisfeito, trabalhando como seu Assessor Parlamentar. Sem modéstia, mas vejo nosso trabalho fazer a diferença. Fizemos e estamos fazendo legislações importantes para os munícipes. Temos ações como a que envolve o Instituto Benjamim Constant, que beneficia pessoas cegas e de baixa visão, temos parcerias importantes como instituições tais quais a UENF e o SESC. Trabalhamos muito. Fico feliz em você sempre dizer a nós, que o apoiamos, que essas são NOSSAS REALIZAÇÕES. Isto deixa este sentimento de quem estamos fazendo a diferença. Sou muito grato a ti pela oportunidade. Espero poder continuar trabalhando de verdade ao seu lado.
KI Madeira e Nova Voz ONLINE, Décadas de Parceria |
Professora Rachel Audízio - Como jornalista, qual a sua opinião sobre o impacto na educação de nossas crianças e jovens, com a gama de informações que eles recebem no cotidiano através das mídias sociais?
Ronald Thompson – Minha grande preocupação está no reducionismo de tudo. Até das palavras (vc, pq, kkk). Músicas como A Deusa da Minha Rua, jamais teriam os versos escritos na época atual. A pobreza do vocabulário é enorme. Formam conhecimento a partir de frase. Quantos leem um livro por ano? Talvez venhamos desenvolver biotecnologias que permitam “baixar” conhecimento direto na mente humana. Será como chegar ao orgasmo sem preliminares. Satisfatório, porém sem graça. Quem educada precisa ter coragem de impor algumas coisas. Lógico que impor sem violência. Mas eu ouço Billie Eilish com a minha sobrinha Giovanna, se ela ouvir uma opera na voz da magnífica Anna Netrebko comigo.
Bené Bebidas – Você, como jornalista, com a sua visão de 30 anos de profissão, qual a sua visão para que as cidades do interior consigam desenvolver economicamente para gerar emprego e segurar os nossos jovens para garantir o nosso crescimento?
Ronald Thompson – Investir em gente. Investir em Educação. Ofertar cursos diversos a população, desde informática, até manicure e garçom. Partir para educação escolar bilíngue, desde a alfabetização. O principal “ativo” da atualidade são as pessoas. Onde houver gente capacitada, haverá progresso. Em Itaocara, especificamente, acho que temos uma vocação natural para a cultura e o turismo. Escola de música, de artes plásticas, de dança, a criação de um coral municipal, eventos mensais como foi o Festival Gastronômico, em 2019 (quando passar a pandemia é claro). Abrir no Projeto Piabanha um Aquário com peixes nativos e atividades voltadas ao meio ambiente. Desenvolver com seriedade um projeto de Agricultura orgânica, inclusive participarmos de feiras em todo país, para expor os produtos orgânicos fabricados em Itaocara. Há o que fazer, que vai além do arroz com feijão, que temos visto, costumeiramente na região.
Botelho – Que conselho daria a quem deseja seguir essa profissão?
Ronald Thompson – O jornalismo exige curiosidade. O desejo de saber. E saber a respeito de tudo. Desde como se processa e qual é a importância dos investimentos em genética na agricultura e pecuária, até como se forma um bom policial, capaz de bem servir e proteger a comunidade. Não precisamos ser especialistas. Mas precisamos ter o conhecimento básico. Eu também APELARIA pela ética. Quem quiser ser jornalista, não esqueça que não é necessário ter coragem para divulga notícias que criticam A, B ou C. Pelo contrário. Isto é o comum. Coragem precisa ter para buscar quem está fazendo algo bom, que serve de exemplo e inspiração. Isto é o raro. Ao escrever sobre outro alguém, lembre que este alguém tem pai, mãe, filhos, pessoas que o amam e vão ficar magoados, muitas vezes, por críticas precipitadas e injustas. Ética sempre!
A ECC Casa Nova é outra empresa sempre ao nosso lado |
Suely Vicente - Qual o somatório desses 30 anos em ação sendo confrontado com certeza com demais colegas de profissão?
Ronald Thompson – Eu diria que a minha relação com meus colegas jornalista sempre foi boa. Houve momentos de atrito. Também fui vítima de artigos e noticias maliciosas. O tempo provou sempre que eram mentiras. Não tenho nenhuma animosidade com nenhum colega. Nem mesmo rivalidade. Acho que o tipo de comunicação que faço é diferente. Não tenho concorrência. Pelo contrário. Meu amigo Seylor Ornellas, do Blog Folha Itaocarense, foi quem teve total paciência, vindo a minha casa diversas vezes, me ajudar a desenvolver a Nova Voz ONLINE. Nisto demonstrou o ser humano grandioso que é. Dividiu seu conhecimento. Pessoa a quem também sou muito grato.
Renato Corretil - Quem inspirou você para ser um jornalista?
Ronald Thompson – O Cardoso desenvolveu a capacidade de escrever que eu tinha. Mas eu diria que lendo as colunas do falecido Paulo Francis, em O Globo, pela primeira vez, eu desejei ser jornalista. Lembro-me que eu morava ainda no Rio, no subúrbio pobre de Vigário Geral. Meu grande luxo de domingo, era ler O Globo. Guardava cada moedinha e ia cedo buscar o jornal, voltava correndo para casa, para ler Nova Iorque Por Aí. Eu lia devagarzinho, pois levaria sete dias, até ter outra coluna para ler. O estilo dele é inigualável. Conseguia ser feérico em suas palavras, mas com elegância. Insubstituível.
Professora Claudia Melo (Diretora do CIEP Itaocara) - Sabemos que o jornalista trabalha com a imparcialidade e a busca constante da objetividade. Ainda assim, nestes 30 anos de carreira, qual foi a notícia que você veiculou que mexeu com suas emoções, por quê?
Ronald Thompson – Minhas reportagens marcantes, todas são como a dos nossos alunos do CIEP, que conquistaram e conquistam medalhas em Olimpíadas Estudantis. Emociona profundamente, saber que em Itaocara, com todas as nossas dificuldades, temos adolescentes e jovens campeões na Educação. Isso me dá profunda esperança. Gente como todos os personagens que vão estar no meu livro, GIGANTES ITAOCARENSES. São sucessores do Monsenhor Saraiva, do Faria Souto, do Dr. Alaor e tantos outros.
A Q-PÃO nunca deixou de anunciar na Nova Voz |
Professora Mariana Christo - Como você entende o “ser jornalista” na contribuição da formação da memória local?
Ronald Thompson – O meu livro, GIGANTES ITAOCARENSES, vai ser o depositório da história de dezenas de personalidades que fizeram ou estão fazendo a história atual. Acho que é hora de criarmos um espaço cultural capaz de guardar nossas memórias. Espaço real e virtual. O Projeto de Lei criando a cátedra de História de Itaocara na rede municipal, de autoria do Vereador Jaderson Aleixo, vai ter muita importância, neste aspecto. Tenho certeza que o atual governo vai implementá-lo e até 2024, teremos aulas de história de Itaocara, tendo como uma das fontes, as entrevistas que fiz, ao longo da vida.
Jornalista Célio Figueiredo - Qual sua avaliação sobre os jornais do interior? Fale um pouco da importância dos jornais nas pequenas cidades do interior, com sua experiência de 30 anos atuando na área?
Ronald Thompson – Nosso amigo Cardoso certa vez me disse que nós somos mais importantes em nossas cidades, do que jornais como O Globo, O Dia e outros. Na época duvidei. Atualmente tenho certeza que realmente, somos mais importantes. Especialmente imprensa como O Jornal da Região, editado por você, que tem o compromisso com a informação, sem picuinhas e sem chapa branca. Por sinal, parabéns a você pelos 35 anos ensinando a todos nós, seus colegas, que é possível fazer um jornal de alta qualidade e com profissionais cuja integridade é nítida em cada palavra publicada pelo jornal da Região. Grato por me enviar sua pergunta.
Artista Plástica Márcia Malhano - Qual foi a influência de sua mãe na escolha de sua profissão como jornalista?
Ronald Thompson – Tinha que ser alguém com sensibilidade artística para fazer uma pergunta que remete e lembranças tão memoráveis. Minha Mãe é o modelo da minha vida. Ela trabalhou comigo, lado a lado, no jornal. Ia comigo para distribuir nas ruas dos municípios onde circulávamos, vendia anúncios, me dava conselhos sobre o que publicar, levava o jornal na rodoviária de Pádua, para despachar para gráfica, quando a edição ainda era de papel. Tenho clientes anunciantes de décadas, como a Ki Madeira e a ECC Casa Nova, que se tornaram parceiros, por causa da minha mãe. Minha mãe Irenice foi minha melhor amiga da vida. E sua pergunta me permite expressar aqui, meu amor, minha gratidão e minha saudade. Obrigado Márcia!
Professor, Dr. Anselmo Biasse - Em todos esses anos trabalhando como jornalista, qual das entrevistas que você fez foi a mais marcante?
Ronald Thompson – Amei entrevistar a todos Não é para fazer média. Mas já que foi você quem perguntou (risos). Por exemplo, eu entrevistei uma pessoa, que veio lá de Belém do Pará, chegando a Itaocara menino. De família humilde, com muita força de vontade, ele foi estudando. Cada formatura era o resultado de um árduo trabalho. O Fundamental, o Ensino Médio, a Graduação, depois veio o Mestrado e depois ainda o Doutorado. Sem dúvidas, essa pessoa é exemplo de que não é fácil realizar sonhos. Pelo contrário. É MUITO DIFÍCIL. Mas que é possível. E por ser difícil, justamente torna quem conquista Um Gigante. E esse personagem, caros leitores, é justamente o autor da pergunta, Anselmo Biasse. Hoje é ele é Diretor do Polo CEDERJ Itaocara, tem projetos pessoais que desenvolve, é Mestre (faixa preta) de Karatê. Tudo fruto do esforço, de trabalho e de dedicação. Quem seguir esse modelo e tiver o mesmo coração de Leão, certamente, também pode realizar os sonhos.
Os amigos Sônia e Pimenta, nos 30 anos de minha profissão |
Professor Pimenta - Qual foi a pior notícia que você teve que publicar? E a melhor?
Ronald Thompson – Acho que tragédia ocorreu com a mortalidade de peixes no rio Paraíba, faz alguns anos, foi algo muito triste. Além da mortandade dos peixes, a constatação do desleixo dos seres humanos, com o meio que vivem e autoridade que deixam cair no esquecimento. As Melhores, felizmente, são muitas. Matérias com itaocarenses que brilham em seus setores. Ou mesmo pessoas de fora de Itaocara, mas que são generosas e atendem nossos pedidos para entrevista, como foi o caso de alguns blogueiros. Eu tenho prazer em divulgar coisas boas, como a história da Praça da Matemática, que você tão bem contou.
Professor Jorge Henrique - O que mais te fascina na sua profissão?
Ronald Thompson – O acesso que ela me dá a gente extraordinária. Como todos os meus entrevistados. Pessoas com histórias de vida simplesmente sensacionais. Que vão desde o mundo acadêmico, passando pelas artes, pela música, por gente que nasceu em cantos de roça, quando na roça nem energia elétrica existia e se tornaram Mestres em eletrônica (Nélio da TV) ou que viajaram pelo Mundo e hoje dão palestras e estudantes de Doutorado em Nova Iorque (Dr. André Nassif). Ter contato com essas pessoas é fascinante. Enriquece-me profundamente.
Ângelo José Mendes (Gerente da Caixa Itaocara) - você atua há 30 anos como jornalista. Olhando sua história, qual foi no seu íntimo, a notícia mais difícil de ser dada a população?
Ronald Thompson – No dia 10 Agosto de 2020, as lágrimas escorriam pelo meu rosto, enquanto eu escrevia o panegírico (elogio fúnebre) do meu querido amigo e médico, Dr. Cristiano. Justamente em 2020, ele salvou minha vida. Ainda em março, tive uma fortíssima crise de hipertensão, num Domingo. Conversei com ele pelo Facebook, próximo ao meio dia, e ele simplesmente me pediu para ir para Casa de Saúde e veio de Pádua, só para me atender. A Cardiologia estava trancada a chaves e ele abriu. Durante quatro meses cuidou de mim. Toda semana, eram duas consultas. Ele ligava para eu e para a Cristiane, para saber da minha saúde. Detalhe: não tenho plano de saúde e ele nunca me cobrou uma única consulta. Quando se internou, me deixou uma mensagem de voz, dizendo que tinha sido diagnosticado com COVID e não poderia me atender. E no dia 10 de Agosto, um domingo à noite, a notícia sobre seu falecimento chegou. Senti-me destruído. Fui para o computador escrever, enquanto as lágrimas caiam.
Meus amigos Doutores Carlos Magno (saudoso) e o filho, Dr. João Paulo Lima Daher, vão ter nossos bate papos, incluídos no livro Gigantes Itaocarenses, a ser lançado em 2022 |
ADENDO A RESPOSTA: O mês de Junho de 2021 foi outra provação para o emocional. Nós vivemos num município muito pequeno. Somos pessoas próximas. E de repente, gente que todos conhecemos e convivíamos, foram falecendo. Na minha última postagem, informando um falecimento, cheguei a ter dúvida, se devia fazê-lo ou não. Mas é uma forma de homenagear. Então escrevi, desabafando com os leitores que estava cansado de escrever sobre tantas tragédias.
Cleyves Maia Vieira - Tenho grandes lembranças suas como líder estudantil. Eu nas séries mais iniciantes e você nas mais à frente. Como a educação, e em especial a das escolas itaocarenses, ajudou a construir o cidadão e em especial o jornalista Ronald Thompson?
Ronald Thompson – Que lembrança maravilhosa. Eu me lembro da luta que fizemos pelo passe livre escolar para os alunos que moravam nos Distritos e estudavam no Frei Thomas (Ensino Médio), em Itaocara, que ficava onde hoje é o Teotônio. Ouvi alguns xingamentos, como agitador e comunista (risos). Mas valeu a pena. Foram dois anos de luta, mas nós conseguimos. Fundamos então a Federação dos Estudantes do Município de Itaocara (FEMI) e fui eleito Presidente. Justamente nesse momento é que encontrei o Jornalista José Geraldo Cardoso, que inicialmente me deu destaque em seu jornal e posteriormente me levou para trabalhar em O Centro Norte.
ADENDO A RESPOSTA: Sobre as escolas de Itaocara, eu tive o privilégio de ser aluno de Professores como William Rimes, Benígno Bairral, Teresinha Dias, Paulo Careca, Adilza, Evaldo Salim, Ricardo Schneider (de Nova Friburgo). Ser dirigido por um ser humano ímpar, a professora Lea Boa Morte, a quem tanto dei trabalho, e hoje sinto até vergonha, pelas minhas rebeldias. E Cleyves, uma das pessoas mais queridas da escola, naquela época, era a Tia Clara, a sua mãe.
Num Natal, com minha família: querida e saudosa Mãe Irenice Fernandes de Azevedo, irmã Cristiane e amorzinha Giovanna |
Cristiane Thompson (irmã) – Quando começou a trabalhar o jornalismo era uma atividade única. Hoje há os blogueiros, os influenciadores digitais e praticamente todos se tornaram órgãos de notícia, bastando ter uma conta em rede social. Como isso impacta a sua profissão e qual é a diferença entre jornalistas e estes novos profissionais?
Ronald Thompson – Excelente pergunta! A democratização da comunicação, com todos se transformando em comunicador, gera um impacto social e político muito grande na sociedade atual. O problema é que tenho dúvidas se os leitores param e pensam se o que estão lendo foi escrito por alguém que tem realmente conhecimento do que está falando, ou apenas é quem tem uma agenda pessoal e quer transformar suas ideias em fato. O jornalista precisa ter ética profissional. Os outros não. Óbvio que há jornalista sem ética, mas nós podemos cobrar deles. Contudo, como cobra ética de quem quer promover o que pensa ser a verdade absoluta? Neste caso, o leitor deve fazer uma seleção. Não buscar informação apenas de quem concorda, para validar o próprio pensamento. Nem demonizar quem escreve o que não gosta de ler. Eu sugiro sempre que leiam livros. São neles que há base sólida para desenvolver convicções e não frases curtinhas escritas no Facebook ou no Instagram.
Paula Mussumeci - Para você quais sãos os pontos positivos de produzir um jornalismo independente?
Ronald Thompson – Eu acredito que devemos sempre buscar ser os mais objetivos possíveis. Não sei se é o mesmo que independente. Muitas vezes questiono: quando exercemos nossas opiniões ou trabalhamos com comunicação, conseguimos ser realmente independentes? Por exemplo, infelizmente, neste momento da história, há lideres que se destacam pela burrice, pela agressividade, pelo discurso hipócrita. Diante destas figuras, não consigo ser independente. Quando vejo algo positivo, busco destacar e dar os parabéns. Mas é preciso me segurar, para ficar distante. A natureza humana é sanguínea. No ano passado, quando passei a participar muito intensamente de debates, terminei tendo problemas de saúde. E isto que me fez distanciar, no presente momento.
Idemar Figueiredo vai estar no livro Gigantes Itaocarenses |
Dr. Almir Pinto de Azevedo - Qual a importância do jornalismo para você?
Ronald Thompson – A Comunicação hoje se tornou o centro de quase tudo. Empresas e pessoas (famosas ou anônimas), cada vez mais buscam participar do que se chama de Comunicação Social. Surgiu até um novo tipo de comunicador: “o influenciador digital”. Não são jornalistas, no sentido ortodoxo da palavra. Mas nossa profissão é comunicar. Vem desde os tempos do Império Romano, quando os césares pagavam pessoas para saírem pelas ruas, gritando as boas novas de seus governos. Eu levo muito a sério meu trabalho. Sou contra o sensacionalismo e abomino aquele tipo de comunicação panfletária, feita com objetivos que nada tem relação com o que deve ser o Jornalismo escrito com J maiúsculo.
Dr. Cássio da Silva Fernandes - Caro amigo Thompson, eu que acompanhei de perto seus primeiros anos em Itaocara, gostaria sinceramente de parabenizá-lo pelos 30 anos de jornalismo de qualidade, com foco na vida social e política do Noroeste Fluminense. Aproveito para perguntá-lo como observa, no transcorrer dessas três décadas, o desenvolvimento dessa micro-região do Estado do Rio? Houve, nesse espaço de tempo, progresso no sentido de integração regional, visando o desenvolvimento econômico e social do Noroeste Fluminense?
Ronald Thompson – Infelizmente não houve. Nossos problemas de desemprego e baixa atividade econômica são antigos. E terminamos piorando noutros setores, como Saúde. O Hospital São José do Avaí já foi centro de excelência. Atualmente está sobrecarregado. E isto é fruto de concentrar muitos investimentos, através do consórcio de Saúde, neste nosocômio. Passou da hora dos municípios buscarem a criação de outro Hospital de grande porte, que possa dividir com o São José do Avaí, suas tarefas. E na área do desenvolvimento econômico, o que vemos são pessoas com boa vontade, em regra, governando. Mas falta profissionalismo. A maioria dos governantes se tornam síndicos. Servem para resolver problemas como passar a máquina nas estradas da zona rural, prover remédios para saúde pública, cuidar da iluminação da cidade. Coisas IMPORTANTES E FUNDAMENTAIS. Mas, acredito que quando a população elege um Prefeito, não é para ele ser síndico. É para ele ter visão, pensar grande, delegar tarefas do dia a dia, para poder trabalhar em projetos de maior envergadura, capazes de transformar a vida das nossas cidades. Contudo, sou muito cético. Acho que pela forma como vamos as urnas, décadas ainda vão passar, até que, talvez, algum dia, votemos com a cabeça e não com o coração.
Professora Valéria Tardivo - O que o incentiva a fazer da leitura uma aliada e o impulsiona a oferecer ao leitor significativas lições de vida?
Ronald Thompson – Uma vez vi um vídeo que perguntava: “quem incentiva os incentivadores?”. Não é fácil ter fé. Acreditar que algo de melhor pode surgir. Por isto busco divulgar gente absolutamente comum, como eu e você, que simplesmente foi teimosa e conseguiu conquistar objetivos na vida. Pense bem. Sua família é de origem humilde. No entanto, tanto você, quanto suas irmãs são pessoas de destaque no que fazem. Respeitadas. Como conseguiram? Quando ninguém estava vendo, vocês se dedicavam, se aprimoravam, construíam dentro de suas mentes e corações, palácios monumentais de sabedoria. Se conseguiram, todos podem conseguir. Fico imaginando, ao longo de tanto tempo lecionando, quantos alunos conheceu criança e adolescente e atualmente são grandes homens e mulheres, fazendo a diferença em suas áreas de trabalho. Por que eles conseguiram? Igualmente: quando ninguém estava vendo, se dedicavam, se aprimoravam, construíam dentro de suas mentes e corações, palácios monumentais de sabedoria. Se eu puder colaborar, mesmo que seja com uma pequena gota, como a história do beija flor, para construção dessa ideia, eu farei, enquanto vivo estiver.
Com meu grande amigo Hélio, que precocemente nos deixou |
Professora Maria de Fátima Rosalino Gomes - Considerando a credibilidade refletida no crescente número de leitores, conte-nos sobre o sentimento que prevalece ao comemorar o trigésimo aniversário como Jornalista.
Ronald Thompson – Colher os frutos de uma existência buscando ser o melhor, aprendendo o que minha mãe tanto me ensinou e pediu, o que minha religião budista me ensinou, é muito bom. Minha mãe acreditava que mesmo o mal, deve ser pago com o bem. O budismo pensa da mesma forma. O mal vence quando a resposta a ele é mais mal. Como a famosa frase do Nietzsche: “quem combate monstros, precisa ter cuidado para não se transformar num monstro também”. Percebo que meus leitores são pessoas de bom coração. Pessoas que estão cansadas de xingamentos, de ofensas vãs. Que querem ler, querem saber, querem conhecer, histórias de gente do bem. De gente como a Professora Maria de Fátima Rosalino Gomes, que sem nunca fazer estardalhaço algum, foi à sala de aula, ajudar na educação de uma quantidade enorme de crianças. Boa parte delas, de famílias humildes, da zona rural. E, ao mesmo tempo, constituía com o marido Waltair um lar exemplar, com filhos que se transformaram em adultos educados. E educados no melhor dos sentidos da palavra EDUCAÇÃO. E é daí, que acredito, vem a credibilidade do meu trabalho.
Professora Laurinda - Como jornalista, você sempre lida com multiplicidade de informações na internet. Qual o maior desafio hoje em extrair informações confiáveis e que efetivamente têm valor como informação?
Ronald Thompson – Ótima questão. O que é e o que não é FAKE NEWS? Um dos mais importantes jornalistas e intelectuais da história brasileira, Nelson Rodrigues, escreveu:
- Os idiotas perderam a modéstia, a humildade de vários milênios. Eles estão por toda parte. São os que mais berram. O sujeito que passa numa esquina, numa retreta ou num velório é logo cercado de idiotas (...). E, de mais a mais, são numericamente esmagadores. Antigamente, o silêncio era dos imbecis; hoje, são os melhores que emudecem. O grito, a ênfase, o gesto, o punho cerrado, estão com os idiotas de ambos os sexos.
Consegue pensar em algo mais atual? E olha que essa frase deve ter uns sessenta anos. Se Nelson Rodrigues vivesse neste Mundo atual, pediria para parar o Planeta, para que pudesse descer. Pessoalmente, eu trabalho dando destaque a pessoas que conheço. Sei da credibilidade. Detesto sensacionalismo (embora reconheça a demanda por notícias escrotas). Quem lê o que escrevo, são pessoas inteligentes. Quem continua lendo, lendo sempre, são pessoas inteligentes e de bom coração. Aquele tipo de ser humano que vibra lendo sobre o sucesso dos outros.
Advogada, Escritora e Professora Valéria Faria Leão – Eu, como sua amiga e leitora, admiro a sua imparcialidade. Especialmente nesse momento de muita polarização, é de suma importância que as notícias cheguem ao leitor da forma mais verdadeira possível. Eu, como mulher de fé que sou, gostaria de saber: O Budismo é o segredo do seu equilíbrio?
Ronald Thompson – O Budismo é quem eu busco ser. Praticar uma religião é como praticar um esporte. A chave está na palavra PRATICAR. O budismo ensina o máximo respeito aos demais seres humanos, que cada vida é digna e o mais valioso dos tesouros do Universo. Ensina que a mudança precisa começar conosco. Nada de apontar o dedo para os outros. Eu mudo. E quando eu mudo, me tornando um ser humano melhor, então as pessoas a minha volta mudam também. Nada de dar desculpas, nem apontar o dedo. Praticar diariamente significa todos os dias buscar ser melhor. Meu Mestre, o Dr. Daisaku Ikeda, tem este verso, que adoto como base em minha vida:
Não faz mal que seja pouco,
O que importa é que o avanço de hoje
Seja maior que o de ontem
Que nossos passos de amanhã
Sejam mais largos que os de hoje
Atuem agora e vivam o presente
Com a certeza de que neste exato instante
Está se erguendo o futuro
Deixem seus méritos gravados
Na história de suas contínuas vitórias!
A dificuldade no momento presente
Será a glória em seu futuro!
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Bethânia Core Contabilidade - Nesses 30 anos de atuação como jornalista, cobrindo a vida política e social da região, qual período você destaca como o mais positivo da cidade de Itaocara? Por quê?
Ronald Thompson – Sem dúvidas o primeiro Governo do Dr. Robério. Até hoje me pergunto, como, em quatro anos, com apenas recursos municipais, ele conseguiu calçar e fazer saneamento básico, em todas as ruas do Eucalipto, São Benedito, Cruzeiro, Bela Vista, Bairro Florestal, BNH, Bairro Sardinha, metade da Cidade Nova, as primeiras ruas do bairro Jardim da Aldeia, Construiu o Centro de Saúde, fez o Calçadão do Centenário, colocou água nas Duas Porteiras, no Papagaio, na Vista Alegre, na Conceição, todos os Postos de Saúde funcionava com atendimento médico e odontológico, em Estrada Nova, ele mesmo ia clinicar, nas sextas-feiras, colocou torre de TV em Laranjais, Portela, Jaguarembé, Estrada Nova e Batatal, criou o plano de cargos e salário do funcionalismo público, com Itaocara tendo como piso, em seu governo, 1.7 salários mínimos, o maior da região, então. Fez a I Exposição Agropecuária. Fez quatro carnavais maravilhosos, quatro exposições agrícolas fantásticas, realizou campeonatos rurais em todos os anos dos seus dois mandatos. Calçou as ruas paralelas do bairro Caxias. Fez a maior obra de saneamento básico de Itaocara, que saí da Cidade Seca, passa pelo Eucalipto, Cidade Nova, Florestal e a água vai desaguar no rio Paraíba, após passar por um sistema de separação de esgoto e água.
ADENDO A RESPOSTA: Além disto, atendia todo mundo, na Prefeitura, no Hospital, na Casa de Saúde, e, muitas vezes, nos botequins da cidade, onde praticamente todos os dias, entre 18 horas e 20 horas, ia tomar uma cachacinha com os amigos. Eu mudei para Itaocara em 1985. De lá, para os dias de hoje, foi o melhor Prefeito que nós tivemos. É a minha opinião.
Meu amigo, parabéns pelo seus trinta anos como jornalista e como você próprio disse pelo seu "TEXTAO" sensacional.
ResponderExcluirLi todas as perguntas e respostas gostei muito e a pergunta que eu queria fazer foi feita pela artista Marcia Malhano. Meus parabéns e aguardo o lançamento do seu livro
ResponderExcluirParabéns Thompson! É uma missão importante ser jornalista, bloguista, enfim, comunicador! Ainda mais numa cultura que não valoriza muito a escrita, a leitura... É uma vitória 30 anos no ar. Coragem e meta sempre. Deus abençoe!
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