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sábado, 21 de março de 2020

O Olhar da Enfermagem e o Processo Educativo no Contexto do Coronavírus (Covid-19) – Texto dos Enfermeiros Arandir, Anderson e Matheus

A enfermagem é uma profissão que nos possibilita pensar o cuidado de maneira humanizada, vinculado ao saber técnico-científico os quais, são essenciais à formação acadêmica e profissional. O cuidar de um cliente/paciente é um processo complexo. E o “ser enfermeiro” é uma busca interna, em contínua transformação, permeado por intensa dedicação, perseverança, doação, amor e fé.
No momento, nós profissionais de saúde, enquanto nação, estamos atravessando uma situação epidemiológica delicada, pois a pandemia do Coronavírus (COVID-19) nos faz pensar que não se trata apenas de um agravo à saúde, de contágio rápido, que ultrapassa as barreiras geográficas; mais também de um momento de oportuna construção coletiva da informação, para que esta seja descentralizada e possa contribuir, abrangentemente, para a saúde coletiva de todo o nosso povo.

Sabemos que há algumas medidas de controle e prevenção consideradas simples e que, contribuem massivamente na redução dos números de casos da doença, tais como a lavagem correta das mãos por todos e todas antes e após as suas principais atividades e procedimentos; o cobrir o nariz e a boca ao tossir e/ou espirrar; o evitar lugares pouco ventilados, fechados e com muitas pessoas ao mesmo tempo e, não fazer o uso de objetos pessoais de forma compartilhada, sem nos esquecermos de que, o uso do álcool gel com concentração a partir de 70%, na ausência da oportunidade da lavagem das mãos, ajuda a eliminar a capa de gordura que envolve o vírus e assim, suspender a cadeia de transmissão.
O Enfermeiro Arandir de Souza Carvalho, um dos autores deste texto, é Professor Universitário e Mestre em Saúde da Família
Estas orientações podem nos soar como algo simplório, corriqueiro ou até ineficiente por não estarem atreladas à prescrição medicamentosa ou à realização de procedimentos invasivos em um primeiro momento; mas, são atitudes imprescindíveis para a prevenção primária da doença, aqui representadas por (promoção e por proteção específicas), frente à relevância e à profundidade da situação epidemiológica mundial.

Precisamos, empaticamente, como profissionais de saúde, nos percebermos como atores sociais importantes ao processo de construção fidedigno do conhecimento acerca do coronavírus e suas mazelas sociais, pois como agentes multiplicadores e sensibilizadores de opiniões que somos, podemos contribuir, sob a perspectiva de uma visão coletiva de mundo e de vida, para que a educação em saúde seja um instrumento eficiente e eficaz no distanciamento da virulência deste micro-organismo, uma vez que o vírus pode causar danos e, como estamos estarrecidamente presenciando, casos graves e/ou fatais.
O Enfermeiro Anderson Alves Ribeiro é um dos profissionais que estão ao lado dos pacientes nessa hora tão difícil pela qual passamos
O Sistema Único de Saúde, resultante da luta dos movimentos sociais a favor de uma saúde universal, igualitária, equânime e, independente de quaisquer características sociais e/ou pessoais no atendimento aos seus usuários, desempenha papel preponderante no acolhimento à população residente em nossos municípios; seja por meio de estratégias nacionais concebidas, como a Estratégia Saúde da Família (ESF), representada por suas Equipes de Saúde da Família (eSF), seja por equipes de atenção básica tradicionais, em Centros de Saúde.

É urgente percebermos a atenção básica como a porta aberta e preferencial da Rede de Atenção à Saúde (RAS), espaço no qual, também realizamos os nossos atendimentos, sejam nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e/ou nos procedimentos de visita e atendimentos domiciliares. Desta forma, conseguimos ofertar ações e serviços de saúde nos âmbitos individual, familiar e coletivos, pautados por um prévio diagnóstico epidemiológico e situacional, oportunos, à realização do planejamento estratégico à nossa população adscrita (residente), em nossas áreas de atuação a fim de que possamos ofertar procedimentos e atividades de cunho privativas, correspondentes apenas ao enfermeiro, como a consulta de enfermagem ou, atividades também nossas, mas promovidas enquanto membros de equipe, tais como, o processo de educação em saúde. Esta, digamos oportuna ao momento atual; presencialmente ou à distância, nos mais diversos meios de comunicação.
Na linha de frente da guerra contra o coronavírus estão profissionais como o Enfermeiro Matheus Alves Ribeiro
Portanto, convém ressaltar que, além do isolamento social e da conscientização coletiva neste período de Pandemia do Coronavírus (COVID-19) e da importância das medidas de prevenção e controle que continuamente são dirimidas e neutralizadas pelo Ministério da Saúde, por fontes nacionais de noticiários e redes sociais, a educação em saúde neste processo, precisa ganhar forma e ser percebida no contexto de uma ótica emancipadora ao nosso usuário, uma vez que este se tornará coparticipe do processo educativo do seu próprio cuidado.

Nós, enfermeiros, deixamos a nossa contribuição ao ratificar a importância que todos os profissionais de saúde, das mais diversas formações e áreas do conhecimento, sejam de quaisquer pontos e níveis de atenção à saúde, possuem neste momento e, sinalizamos, que é mister nos unirmos enquanto nação, para que não nos esqueçamos da importância e da segurança que transmitimos às vidas das pessoas que as nossas mãos tocam diariamente.

Dados e contatos dos Autores do texto:

Anderson Alves Ribeiro.
Instagram: ribeiroandersonalves
E-mail: andersonsjb@hotmail.com

Arandir de Souza Carvalho.
Instagram: arandir_carvalho
E-mail: arandir80@yahoo.com.br

Matheus Alves Ribeiro.
Instagram: matheusalvesribeiro
Instagram Profissional: enfermeironaemergencia
E-mail: matheus.enfermeiro@gmail.com

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