Sob
as bênçãos de São José, o verão se despediu, abrindo passagem para o outono. O
mês de março, dedicado às mulheres, começa com seus dias quentes de verão, para
ao final, anunciar as temperaturas mais amenas do outono.
Valéria ao lado da aniversariante de hoje, Dona Nely |
A vida, como
os anos do calendário, tem suas estações. Entre verões, outonos, invernos e
primaveras, entre vitórias, conquistas e algumas derrotas, amores vêm e vão.
Alguns poucos ficam; esses vencem preconceitos, maledicências, obstáculos, os
meses, as estações, os anos e as décadas.
A primavera
da vida é, geralmente, a fase em que mulheres e homens estão mais indefesos em
relação à flechada do cupido. Com minha mãe, no topo dos seus vinte anos, foi
assim que aconteceu.
Em uma noite
fria de inverno, em uma Festa de São João, o belo rapaz alto, magro, moreno e
sedutor, apareceu em sua vida. Ela não poderia prever tudo o que estava por
vir: as alegrias e as provações que esse amor traria para a vida de ambos.
Dona Nely com os filhos Ataíde, Valéria e Viviane |
A cada dia
que passa nos acostumamos, cada vez mais, com as novas configurações da família
"moderna". Ex-cônjuges convivem com os atuais parceiros dos seus
antigos companheiros, na maioria das vezes, sem grandes traumas. Os filhos
dessa "nova" família crescem convivendo, naturalmente, com os novos
irmãos que chegam a suas vidas.
No início
dos anos sessenta a coisa era bem diferente, principalmente, longe dos grandes
centros urbanos. Uma jovem mulher se unir a um homem mais velho, separado e com
filhos nascidos de relacionamentos anteriores, não era comum, tão pouco, visto
com bons olhos pela maioria.
Imaginar a
vida de uma jovem sonhadora, da década de sessenta, rompendo tabus e barreiras
para viver o seu amor não é tarefa fácil. Como fácil não foi a vida de minha
mãe, uma linda jovem â época, ao lado do meu pai, nos primeiros anos de união.
A aniversariante, Nely, ao lado do saudoso marido, ex-Vereador de Santo Antônio de Pádua, ex-Prefeito de Aperibé, um dos homens mais importantes da história do noroeste fluminense, Ataíde Faria |
Especialmente
em março falamos, escrevemos, debatemos sobre os avanços alcançados na árdua
batalha pela igualdade de gêneros. Nos orgulhamos das nossas conquistas
pessoais e aplaudimos as vitórias de outras mulheres em suas áreas de atuação.
Nas
trincheiras da vida são inúmeras as batalhas. Cotidianamente, vestidas ou não
para a guerra, vamos à luta. Lutamos pelo pão nosso de cada dia, pela educação
e saúde dos filhos. E, de quebra, os pobres conceitos da sociedade atual
esperam que sejamos eternamente jovens e lindas.
Se por
acaso, somado a todos esses encargos, alguma de nós for flechada por um cupido
travesso, terá que ter super poderes para não surtar diante das pressões que
poderão surgir.
Valéria Leão com a mãe, dona NELY e o Pai, Ataíde Faria, em sua formatura como Professora no antigo Colégio João Brazil, em Itaocara |
Sabemos que
para nós, mulheres do século XXI, cumprir todas as tarefas, atender a todas as
exigências e expectativas do nosso tempo não está sendo fácil. Para as que
vieram antes de nós, à realidade não era muito diferente.
Vencer as
barreiras dos inúmeros preconceitos que sempre existiram em nossa sociedade,
tanto no passado, quanto no presente, exige força, coragem e uma boa dose de
atrevimento. Mas, para viver um grande amor, esse misto de coragem e ousadia,
faz com que tudo passe a valer a pena.
Minha mãe é
uma dessas mulheres que pagou um alto preço para viver o seu grande e amor. Se
o conceito de família mudou muito nos últimos anos, lá atrás, quando essa
história começou, a coisa era bem diferente.
Meus pais
viveram uma união estável por quase cinquenta anos. Somente a morte conseguiu
separá-los. Juntos tiveram três filhos, eu, Ataíde Júnior e Viviane Faria
Vieira.
Minha mãe,
no dia de hoje (27/03), faz aniversário. Após a partida de meu pai para a
eternidade a comemoração ficou menos alegre. Naquela mesa sempre teremos uma
cadeira vazia, mesmo assim, agradecemos por todos os anos de convívio familiar.
Dona Nely com Ataíde Faria no Gabinete da PMA em Aperibé |
Minha mãe é
uma mulher de aparência frágil, mas não se iludam, por dentro, ela é uma
fortaleza. Dela herdei a capacidade de resistir às tempestades da vida, e,
também, certa teimosia.
Felizmente,
na atualidade, mulheres e homens não precisam enfrentar algumas barreiras
"medievais" para viverem seus relacionamentos amorosos.
Felizmente,
ainda que lentamente, os filhos nascidos ou adotados nos nossos dias não
precisam sofrer com muitos dos preconceitos de outrora.
Dona Nely
será eternamente a Primeira Dama de Aperibé. Muito além de ser a viúva do Ex-Prefeito
Ataíde Faria Leite, ela será sempre um exemplo de bondade, persistência e
coragem a ser seguido.
Como eu
costumo dizer sempre: NELYZINHA EU TE AMO!
NELYZINHA,
NÓS, SEUS FILHOS, ENTEADOS, NORA, GENROS, NETAS, NETO E BISNETOS, TE AMAMOS.
Que todas
nós tenhamos força, coragem e valentia para derrubarmos as barreiras, sejam
elas nas nossas relações afetivas ou profissionais.
PARABÉNS
PARA TODAS NÓS POR TODAS AS NOSSAS CONQUISTAS.
PARABÉNS
PARA DONA NELY NESSA DATA QUERIDA!!!
Parabéns,Prima, te desejo muitas felicidades,muitos anos de vida, com muita saúde,muita paz e muitas alegrias ! Saudades de quando eu e mamãe íamos aí saborear aquele frango caipira com laranja, inesquecíveis momentos! Saudades e um grande abraço! Bjs, muito carinho !
ResponderExcluirObrigada pelo carinho com a nossa Nelyzinha. Transmitirei à ela a sua mensagem. Abraço.
ExcluirMeus desejos para nossa Nelyzinha hoje são os mesmos de uma vida inteira... vida que sou grata por ter sido presença sempre constante uma na vida da outra. Fomos e sempre seremos como uma só família.
ResponderExcluirParabéns, Nely!
Que Deus nos conceda o privilégio de ter você em nossaa vidas por muitos anos...
Receba o meu abraço, em particular, e de todos de minha família.
Verdade. Somos mais que amigos por gerações. Somos família. Beijos.
ResponderExcluir