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terça-feira, 23 de março de 2021

Bianca fala sobre sua Mãe Felismina, uma GIGANTE da nossa Itaocara

Primeiramente, quero dar parabéns a todas as mulheres. Cada uma com sua história. Cheias de sonhos, amor e da fortaleza imposta pelas lutas diárias. Derrubaram barreiras e se mantém intransponíveis.

Bianca no dia de sua formatura, pela Universidade Estácio de Sá, dando a Mãe, Felismina, uma indescritível felicidade

Venho falar um pouco da história dessa mulher incrível. À frente do seu tempo. De personalidade forte, à qual tenho IMENSO orgulho. Minha MÃE FELISMINA.

Ela nasceu em 07 de maio de 1944. Neste ano completa 77 anos. Ela é católica. Filha de Maria Rosa Miranda e Antônio Cristino.

Nasceu em uma família muito pobre. Ainda criança, assumiu a responsabilidade de ajudar no sustento da casa e na criação de seus irmãos.

Felismina com a filha Bianca e os netos

Começou a trabalhar quando criança vendendo cocada na porta do cinema. Em meio a isso, conseguiu emprego como empregada doméstica. E o mais fantástico. Apesar de toda luta, de tantas responsabilidades, nunca abandonou seus estudos.

A minha Mãe tem uma determinação impressionante. Luta até hoje para alcançar o que almejava. Mulher forte. Nada de abaixar a cabeça para ninguém.

Digo isto, porque hoje é relativamente fácil, a nossa luta, como mulher. Mas na época que as mulheres sofriam diversos preconceitos e poucas eram independentes. Minha mãe sempre foi altiva. Suas atitudes demonstravam a coragem que possui até hoje.

Felismina e Bianca: Mãe e filha. As melhores amigas da vida

Ela trabalhou como recepcionista no estúdio de fotografia do José Jorge, mais conhecido como ”Zé Bichara”. Os anos foram passando e suas responsabilidades aumentando cada vez mais. Em 1971, começou a trabalhar no Hospital de Itaocara. Um desafio grande. Haviam poucos funcionários, então era necessário assumir vários setores. Várias tarefas. E ela sempre desempenhou seu papel com carinho e dedicação. E isto durante 14 anos.

Nesse período, começou a atuar também em outro emprego, através de um contrato, para ser professora, em Estrada Nova. Estamos falando do no ano de 1976.

Minha mãe realizou um sonho, ao tornar-se professora com duas matrículas no Estado. Atuou como professora no Engenho Central. Depois transferiu sua matrícula para o Colégio Estadual Frei Tomás.

No decorrer desse tempo, cursou faculdade de Estudos Sociais e História, em Além Paraíba. Especializou-se em Educação Especial, Comunicação e Expressão e fez duas Pós-Graduações.

Com mais esse diploma no currículo, começou a dar aula para a Classe especial, em que se dedicou a ensinar àqueles que não tiveram oportunidade de estudar quando crianças – e classes com dificuldades de aprendizagem.

Desde jovem Felismina lutou pelo o que queria

Quando ela tinha 39 anos eu nasci. Foi mãe que me criou sozinha. Minha Mãe é uma verdadeira leoa. Sempre com muitas preocupações com meu futuro. Com toda luta, me proporcionou o Ensino Superior e até hoje, é minha maior apoiadora.

Felismina, passou por inúmeros problemas que poderiam ter a feito desistir, mas a sua garra, seu amor à filha e sua fé em Deus a fizeram forte. Ao completar 70 anos, encerrou a carreira de professora, vendo a se aposentar por idade. Não lhe faltaram lágrimas nos olhos neste momento. Foi uma das poucas vezes que vi minha mãe chorar em toda a vida.

Hoje ela tem dois netos que são a sua paixão.

Gostaria de enaltecer essa mulher, exemplo de determinação, coragem, com um jeito peculiar de ser e um coração enorme, sempre dedicado a ajudar às pessoas.

Encerro agradecendo a Deus por ter me dado de presente, a felicidade de ser filha da Felismina. Peço a ele, que me dê forças para ser igual a ela. E que meus filhos tenham por mim, algum dia, o orgulho que eu tenho por ela.



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