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terça-feira, 16 de março de 2021

Hilanna Lessa, Bióloga, Prof. de Ciências Naturais e Pós-graduanda em Educação Ambiental: a Luta das Mulheres

Neste mês de março o mundo celebra o “Dia Internacional da Mulher”, uma data sem dúvida respeitável! Ela crava e rememora todas as lutas femininas por direitos igualitários.

A linda Hilanna Lessa conta a história dos direitos das mulheres

É necessário destacarmos que o feminismo é um movimento social que busca, em sua origem, a igualdade política, jurídica e social entre homens e mulheres, e que o fruto desta intensa luta em movimento, que se iniciou no século XVIII em movimentos sociais baseados nos ideias iluministas (Revolução Francesa – 1789/1799 e Revolução Americana -1776), ainda está sendo colhido através de muita luta e resistência.

Eu Hilanna Lessa, orgulhosamente mulher e mãe da Lívia, tive a feliz oportunidade de escrever esse texto e compartilhar com vocês uma pequena viagem no tempo relembrando importantes conquistas femininas no Brasil.

Com a filha Lívia na árvore centenária

Datas e momentos inspiradores para você mulher não esquecer que resistência, força e coragem sempre fizeram parte da nossa natureza:

1827 – O grande marco desse ano foi a permissão para as mulheres ingressarem nos colégios, antes acessado apenas por homens;

1832 – Publicação da obra “Direito das Mulheres Injustiça dos Homens” por Nísia Floresta. Primeira brasileira a denunciar em uma publicação a superioridade masculina e defender as mulheres como merecedoras de direito igualitário;

1879 – Mais de 50 anos depois de poderem frequentar as escolas, as mulheres conquistam o direito ao acessarem também as faculdades;

1910 – Primeiro partido político feminino é criado como estratégia de defesa de direito ao voto e emancipação das mulheres na sociedade;

Márcia, Berenice, Hilanna e Lívia Lessa: três gerações unidas

1932 – Finalmente a conquista de direito ao voto! Isso foi possível através dos de movimentos feministas que empreenderam intenso movimento sufragista no país;

1962 – É criado o “Estatuto da Mulher Casada”, permitindo as mulheres a trabalhar sem a autorização dos maridos;

1977 – A “Lei do Divórcio” é aprovada, assim as mulheres não ficavam mais legalmente presas as seus casamentos quando indesejados;

1979 – As mulheres garantem o direito à prática do futebol! E também a vários outros esportes antes proibidos para o gênero por serem considerados “incompatíveis com sua natureza”. Uma ironia do destino quando falamos de Marta, futebolista brasileira escolhida seis vezes a melhor do mundo! Um recorde não apenas entre mulheres mais também entre homens.

1985 – É criada a primeira “Delegacia da Mulher”. Mais uma conquista dos movimentos feminista brasileiro em diálogo com o Estado de São Paulo e tendo. como intermediador o Conselho Estadual da Condição Feminina. A iniciativa deu tão certo que espalhou se por todo o país acolhendo milhares de mulheres em situações vulneráveis;

Camila Brandão, Beatriz Feres, Glaucia Carreiro, Hilanna Lessa e Raphaela Rosa. Mulheres Itaocarenses reunidas

2002 – “Falta da virgindade” deixa de ser crime. Imagine só, apenas no início do século XXI é que o Código Civil brasileiro extinguiu o artigo que permitia que um homem solicitasse a anulação do seu casamento caso descobrisse que a esposa não era virgem antes do matrimônio.

2006 – É sancionada a Lei Maria da Penha para combater a violência contra a mulher. Maria da Penha, a farmacêutica que deu nome à lei, precisou ser vítima de duas tentativas de homicídio e lutar por quase 20 anos para colocar seu ex-marido na cadeia. Há quem diga que é uma das conquistas femininas mais importantes para as mulheres brasileiras.

2015 – É aprovada a Lei do Feminicídio. No dia 9 de março de 2015, a Constituição Federal reconheceu o feminicídio como um crime de homicídio.

2018 – A “importunação sexual” feminina passou a ser considerado crime! Ser mulher ainda – infelizmente – é motivo para vivenciar situações de assédio e violência no dia a dia, no ônibus, nas ruas, no trabalho. O assédio continua presente, mas agora as mulheres tem um mecanismo legal para defender seu direito de ir e vir!

Hoje em dia é necessário que esta a data seja cada vez mais lembrada como sinônimo da luta pela igualdade de gênero e também, não menos importante, para rememorar o que de fato significa o que é o movimento feminista, através do conhecimento da nossa própria história.

Cito Edmund Burke, filósofo, pensador que marca o pensamento, tanto Conservador, quanto Liberal. Ele escreveu: “um povo que não conhece sua História está fadado a repeti-la.”

No mais, desejo muitas felicidades as mulheres. Que março seja fantástico. E os outros onze meses também. E as mulheres especiais da minha vida, MUITO OBRIGADO POR TUDO!!!

Hilanna Lessa é MÃE da Lívia,  Bióloga, Professora de Ciências Naturais, Pós-graduanda em Educação Ambiental.

Fontes:

· Declaração dos direitos da mulher e da cidadã – 1791. Olympe de Gouges. Biblioteca Virtual de Direitos Humanos – USP. Disponível em: http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Documentos-anteriores-%C3%A0-cria%C3%A7%C3%A3o-da-Sociedade-das-Na%C3%A7%C3%B5es-at%C3%A9-1919/declaracao-dos-direitos-da-mulher-e-da-cidada-1791.html

· Conquistas do feminismo no Brasil. Site Nossa Causa. Disponível em: https://nossacausa.com/conquistas-do-feminismo-no-brasil/

· Desigualdade de gênero: a constante luta feminina no espaço social. Cláudia Pedrosa. Disponível em: https://www.nesp.unb.br/index.php/noticias/397-desigualdade-de-genero-a-constante-luta-feminina-no-espaco-social


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