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sábado, 11 de maio de 2019

Mensagem de Laurinda, de Clayton, na Califórnia, EUA, para sua Mãezinha Ermelinda, em Itaocara, RJ, Brasil

Laurinda, com a tia Alzira (já falecida) e a Mãe Ermelinda (Foto 2011)
Quando mudamos de uma vida para outra muito distinta daquela que vivíamos, aprendemos a amar de um novo jeito. Para mim, que tive minha mãe, Ermelinda Carrilho Ferreira, ao meu lado o tempo todo, parecia tão simples tê-la sempre ali, até que um dia, “perdi” a sua companhia física.

Passei a sonhar com o dia em que novamente, estaria vendo o seu rosto e conversando pessoalmente como se ela fosse a celebridade que eu mais desejei conhecer e ter a chance de estar perto.

No dia em que parti, sem prever que estaria ausente por alguns anos, deixei-a sentada nas raízes da velha árvore em nosso quintal. Jamais esquecerei aquela cena em que a vi soluçando, tentando segurar o seu choro preso no momento da despedida.

Eu, com o meu coração nas mãos, não tive forças para dizer adeus e apenas disse:
- Mãe, eu vou e já volto. Por alguns segundos, vi seus olhos brilharem, deixando transparecer um fio de esperança de que eu realmente estaria ali novamente.

Eu parti, e gravei para sempre na memória, aqueles últimos momentos como se isso fosse há muitos anos, pois cada dia longe de ti, mãe, parece uma eternidade. E sigo contando os dias até revê-la e ter a chance de ser para ti, a melhor pessoa do mundo.

Lembro-me do nó na garganta que suportei de Itaocara até o Aeroporto Tom Jobim, pois depois que minha vida passou a ser paralela a dois mundos diferentes, tive que aprender a conviver com a saudade constante.

Sim, a distância pode ser comparada a uma espécie de morte: morrem aqueles sentimentos que te fazem “take for granted” – não dar o devido valor ao que temos. Eu tive que deixar de existir fisicamente para que aprendesse a amar melhor. A distância tem me ensinado a valorizar a minha família de uma forma que, por tantas vezes, fui incapaz de exprimir e dizer palavras doces a minha mãe em momentos que tive esta chance.

Agora, que estou tão distante e só tenho o telefone ou uma tela fria de um computador para vê-la, tudo passou a fazer mais sentido para mim. Não passa um dia em que eu não pense em ti, Mãe, como a pessoa mais importante deste mundo. E é por ti que a chama de esperança dentro de mim está sempre acesa: ter a felicidade de retornar ao meu velho mundo e estar sentada na cozinha, vendo uma verdadeira celebridade... Tomar um chá com a minha celebridade ...

Estou voando de volta como uma pessoa melhor, que tem aprendido que Mãe é o amor mais perfeito que há. E eu não existo por inteira sem a sua presença.

Até breve, Mãe. Segure as pontinhas que estou embarcando.

Seu dia é todo dia e mereces todo o respeito e amor que há, assim como todas as mães deste planeta.

Feliz dia das Mães. Amor maior não há.

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