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terça-feira, 14 de maio de 2019

Sensibilidade e competência na gestão escolar: o caso do Colégio Nildo Nara - Texto: Professora Jennifer Silva Melo

Professora Jennifer Melo destaca o trabalho do Nildo Nara
Nunca se discutiu tanto acerca do que precisa ser feito para que uma escola seja de qualidade, como nas últimas décadas. Diversos profissionais atuantes na área da Educação ou até mesmo parcelas da sociedade que compreendem a importância desta primeira para o desenvolvimento do país, constantemente debatem sobre algumas questões que muitos consideram cruciais.

Ora, há quem diga que uma escola de qualidade depende quase que prioritariamente de bons professores, mestres que ensinam com dinamismo, tenham “controle de turma” e que sejam capazes de romper com os paradigmas do tradicionalismo. Por outro lado, há debates que giram em torno de temas como infraestrutura escolar: “Uma escola bem estruturada, com salas amplas e arejadas, tecnologia disponível para alunos e professores, pátio gramado para a realização de aulas ao ar livre e ambiente adaptado para alunos com necessidades especiais, sem dúvidas é fundamental para a qualidade da instituição”, já diria algum dos debatedores. Em contrapartida, uma grande parcela de professores afirmaria que uma boa escola depende de um bom ensino, e este só acontece quando a clientela demonstra interesse pelas aulas e a família participa da vida escolar do aluno.

Por certo, as pontuações apresentadas acima não deixam de ser pertinentes. Na verdade é importante não desconectá-las, mas compreender que a qualidade de uma escola depende da correlação entre os fatores citados. Contudo, não menos importante do que infraestrutura, bons professores, família presente e aluno interessado é uma gestão representada por profissionais sensíveis e competentes. Para isso, me disponho a trazer à tona a realidade da escola em que trabalho, o Colégio Municipal “Professor Nildo Caruso Nara”, situado no interior do Estado do Rio de Janeiro, na sede do Município de Itaocara. A partir daqui, buscarei apenas relatar o que percebi como funcionária, professora e uma apaixonada pela Educação, embora refém de alguns reveses comuns à profissão em nosso país, como a desmotivação. “Lamúrias” a parte, eis meu relato...

Em 2017 dei início ao meu trabalho como professora na turma de Alfabetização no Nildo Nara, a escola onde estudei desde a antiga pré-escola até a oitava série, hoje, nono ano. A primeira percepção que tive foi acerca do acolhimento por parte dos funcionários, partindo dos segmentos “maiores”, se é que poderia assim definir. Com poucos meses desfiz de mim qualquer estigma com relação à escola pública, porque já não se tratava mais do que eu ouvia de outrem, mas da minha própria experiência que estava sendo construída ali.

O que mais me chamava à atenção (e até hoje é assim) era o caráter sensível por parte da gestão incluindo a orientação pedagógica. Os alunos têm “livre-aceso” à direção, assim como seus responsáveis, sendo atendidos, eu diria, “de forma humana”. O zelo quanto à merenda escolar, creio que seja também uma particularidade da nossa escola. É possível ver como a direção busca garantir da melhor forma que as crianças (e demais alunos) tenham uma merenda de qualidade, saborosa e saudável. Talvez alguém comente que tais atribuições precisam ser obrigatoriamente cumpridas, mas infelizmente, sabemos que não são todas as escolas que assim funcionam...

Continuando, além da sensibilidade eu destacaria outra característica presente, não apenas nos gestores, mas por parte da orientação pedagógica, a competência. É interessante como toda comunidade escolar pode se beneficiar de uma orientação competente e claro, “humana” também! Como professora e creio que meus colegas podem afirmar o mesmo, fomos orientados e ouvidos, o que é muito importante para nós professores.

Sempre fomos motivados e reconhecidos por nosso trabalho, chamados a atenção quando necessário, mas constantemente “abraçados” e isso é um diferencial, pelo menos é essa forma como observo. Destaco ainda os projetos que nos são repassados, os “incentivos” aos alunos por meio da distribuição de tablets aos que obtiveram bom desempenho durante o ano letivo, as reuniões dos professores iniciadas por falas eloquentes e, ao mesmo tempo, preocupadas com o futuro do aluno. Enfim, não sei se eu conseguiria pontuar as qualidades de uma gestão que “veste a camisa” da instituição e que se mostra completamente amante do Nildo.

Compreendo, sim, que não existe uma escola perfeita, contudo haveria no Nildo Nara, ou porque não dizer, há neste colégio uma busca enorme pelo bem do aluno, por oferecer a ele uma qualidade de ensino e de educação humanizada.  Todos ali, realmente se importam e se doam e juntos almejam que nossos alunos tenham um futuro brilhante. Logo, encerro aqui o olhar de alguém que tem uma longa caminhada nessa estrada suntuosa e cheia de flores também, chamada Educação.
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